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Gaúcho da Fronteira
Churrasco lá em Casa
Tom: D
Intro: D A7 D A7 D
                          A7
Os meus amigos outro dia desses
                                D
Me convidaram prá comer um churrasco
                              A7
Botei as garras no meu pingo baio
                              D
Saí pelo atalho num bater de cascos

                               A7
  Tinha churrasco de ovelha e gado
                              D
  Tudo encordoado como faz a rima
                              A7
  E também tinha um tal de galeto
                                 D
  Deitado no espeto de pata prá cima

Bm F#m G    A7
Muito  obrigado
                              D
Vou bem contente arrastando a asa
                                    G
Mas não se assustem, viu, meus amiguinhos
                                     D
Que qualquer dia eu vou matar um bichinho
                                A7
Se não der um eu mato dois ou três
                                   D
E vou levar vocês prá comer lá em casa

  "Eu sou um cara de muito bom coração 
   e vou levar a indiada toda prá comer lá em casa.
   Churrasco gordo! Os apresentadores de rádio e de
   televisão. Vamos lá indiada."

                              A7
Tomei uns tragos de canha da pura
                                D
E um vinho bueno que jamais esqueço
                                  A7
Churrasco destes não há quem não morda
                                D
Uma costela gorda de lamber os beiços

                              A7
  Passei a mão na minha oito soco
                                   D
  Toquei um pouco prá indiada escutar
                               A7
  E aproveitando aquela festa linda
                                 D
  Me lembrei ainda de lhes convidar

Bm F#m G    A7
Muito  obrigado
                              D
Vou bem contente arrastando a asa
                                    G
Mas não se assustem, viu, meus amiguinhos
                                     D
Que qualquer dia eu vou matar um bichinho
                                A7
Se não der um eu mato dois ou três
                                   D
E vou levar vocês prá comer lá em casa

  "De fato, quero convidar os meus colegas, meus
   parentes, meus amigos, vizinhos, empresários,
   todo mundo. Juntos reunidos na mesma bolada. De verdade!"

                           A7
Sou índio pobre como você sabe
                          D
Só como carne na casa dos outros
                           A7
E além disso sou meio acanhado
                               D
E mais desconfiado que cavalo torto

                                A7
  Por isso mesmo que hoje lhes digo
                                D
  Meus bons amigos ainda vou poder
                                  A7
  Levar vocês que a amizade me apraga
                                     D
  Prá comer lá em casa com muito prazer

Bm F#m G    A7
Muito  obrigado
                              D
Vou bem contente arrastando a asa
                                    G
Mas não se assustem, viu, meus amiguinhos
                                     D
Que qualquer dia eu vou matar um bichinho
                                A7
Se não der um eu mato dois ou três
                                   D
E vou levar vocês prá comer lá em casa

  "É isso mesmo, aproveitando a bolada, o churrasco já tá
   servido. É esse que tá do lado de fora da capa do disco.
   Vai te servindo que eu já venho.

 

 

Mário Barbará
Mala de Garupa
Tom: C
 
 C               G
Nesta mala de garupa
                     C     Am
Fumo em rama e um baralho
              Dm    G
Uma faca na bainha
                        C
Com a qual eu dou meus talhos
                    G
Vai num canto escondida
                 C   Am
Uma ponta de saudade
                 Dm
Rapadura e erva mate
         G          C
E um bilhete prá cidade

         Am              Dm
  Lá no fundo guardo um sonho
           G            C
  Desses que jamais vingou
       Am         Dm
  Uma funda e uma isca
         G              C
  Da pandorga o que sobrou
         F         C
  Um punhado de caminhos
            F            C
  E outras tantas geografias
        F      G    C   Am
  Um pedaço de esperança
           Dm      G    C   G,C
  Mais um tanto de alegria

 C               G
Nesta mala de garupa
                     C     Am
Fumo em rama e um baralho
              Dm    G
Uma faca na bainha
                        C
Com a qual eu dou meus talhos
                    G
Vai num canto escondida
                 C   Am
Uma ponta de saudade
                 Dm
Rapadura e erva mate
         G          C
E um bilhete prá cidade

          Am          Dm
  Vai um sol já meio gasto
         G         C
  E uma rosa esquecida
        Am         Dm
  Um lugar onde refaço
           G         C
  Meus estragos e feridas
          F           C
  Dentro dela meus retalhos
         F             C
  Meus amores, minhas lidas
         F    G    C   Am
  Nesta mala de garupa
         Dm    G     C     G,C
  Vai a vida, vai a vida


 C               G
Nesta mala de garupa
                     C     Am
Fumo em rama e um baralho
              Dm    G
Uma faca na bainha
                        C
Com a qual eu dou meus talhos
                    G
Vai num canto escondida
                 C   Am
Uma ponta de saudade
                 Dm
Rapadura e erva mate
         G          C
E um bilhete prá cidade

 

Mário Barbará
Desgarrados
Tom: G

 

G                            Bm              Em
Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas
Am                                       D
Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas
          D7              B7              Em
Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas
           Am           D            G
E são pingentes nas avenidas da capital

                            Bm                 Em
  Eles se escondem pelos botecos entre os cortiços
             Am                                D
  E prá esquecerem contam bravatas, velhas histórias
              D7              B7               Em   
  Então são tragos, muitos estragos, por toda noite
           Am               D                       G
  Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho

         C        D             G          Em
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
        C            D
Viram copos, viram mundos, 
           G               C
Mas o que foi nunca mais será
 D         G               C
Mas o que foi nunca mais será
 D         G               C             D7
Mas o que foi nunca mais será ... ah.

           G                               Em
  Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso
            Am                              D
  Viravam brasas, contavam causos polindo esporas
         D7             B7             Em
  Geada fria,café bem quente, muito alvoroço
            Am            D                 G
  Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos

         C              D                G
Jogo do osso, cana-de-espera e o pão de forno
          Am             B7               Dm
O milho assado, a carne gorda e a cancha reta
        C             D               G     Em
Faziam planos e nem sabiam que eram felizes
        Am                D7                     G
Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.

                                Bm            Em
  Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas
           Am                               D
  Viravam brasas, contavam causos polindo esporas
             D7            B7              Em
  Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas
             Am           D                 G
  Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos

                        Bm               Em
Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso
          Am                              D
Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas
       D7             B7             Em
Geada fria, café bem quente, muito alvoroço
         Am            D       G
E são pingentes nas avenidas da capital

           C              D                G
  Jogo do osso, cana-de-espera e o pão de forno
            Am             B7               Dm
  O milho assado, a carne gorda e a cancha reta
          C             D               G     Em
  Faziam planos e nem sabiam que eram felizes
          Am                D7                     G
  Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho. 

                          Bm                 Em
Eles se escondem pelos botecos entre os cortiços
           Am                                D
E prá esquecerem contam bravatas, velhas histórias
            D7              B7               Em   
Então são tragos, muitos estragos, por toda noite
         Am               D                       G
Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho

           C        D             G          Em
  Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
          C            D
  Viram copos, viram mundos,
             G               C 
  Mas o que foi nunca mais será
   D         G               C
  Mas o que foi nunca mais será
   D         G               C             D7
  Mas o que foi nunca mais será ... ah
  G  F  G  C  D7
  ah ah ah ah ah.
Canto Livre
Baile de Candeeiro
Tom: G
G                         D7
Camisa branca, lenço colorado
                                G
Umas botas novas, calças de riscado
                              D7
E pelos cabelos muita brilhantina
                                  G
Que tem bate-coxa no salão da esquina
                           D7
E vou chegando meio ressabiado
                            G
Pelo lusco-fusco desse candeeiro
                               D7
E no entreveiro busco a tal morena
                                 G
Por quem me deixei assim enfeitiçado

                                D7
  E já nos tocamos pro meio do baile
                                    G
  E mais uma volta e outra volta e meia
                                D7
  Toca mais um xote, mais uma vanera
                         G
  Que eu mostro o meu valor
                             D7
  E eu me apeio pelo seu cangote
                               G
  E o seu perfume me deixando tonto
                                     D7
  Mais uma volteada que eu não abro mão
                    G
  De quem é o meu amor.

     G7      C
Ah! Meu candeeiro
     D7              G
Se apagas teu lume agora
               G7       C
Eu pego essa flor de morena
             D7
Encilho meu pingo
                 G 
E me vou mundo afora.

 

Os Serranos
Baita Macho
Tom: A

 

A                     E
Amarrei o cavalo no tronco
                              A
Entrei no baile chutando o capacho
      A7                 D                    E
E já senti no olhar das velhas e suspiro das moças
                A
Mas que baita macho
               E
Mas que baita macho
               A
Mas que baita macho

                                E
E fui dançar com a mulher mais linda
                           A
Nos apertamos de cima prá baixo
              A7      D                  E
Ela parou no meio da sala e me puxou no pala
               A
Mas que baita macho

               E
Mas que baita macho
               A
Mas que baita macho


                            E
Tirei a gaita da mão do gaiteiro
                              A
Toquei um xote de atolar nos baixos
                     A7        D              E
Os mais valentes se desmunhecaram e então cantaram
               A
Mas que baita macho

               E
Mas que baita macho
               A
Mas que baita macho

                                 E
Larguei a gaita e peguei minha prenda
                      A
E o salão que veio a baixo
              A7     D                  E
O mulherio se escabelou, todo salão cantou
               A
Mas que baita macho

               E
Mas que baita macho
               A
Mas que baita macho

                         E
Peguei a mão da minha morena
                        A
Ela de mão no meu barbicacho
            A7               D                  E
E lá na estrada a gente escutava o povo que cantava
               A
Mas que baita macho

               E
Mas que baita macho
               A
Mas que baita macho

 

Boi Barroso
Tom: A

 

A           D
Meu boi barroso ai
           A
Meu boi pitanga
         E
O teu lugar ai
         A
É lá na canga


Eu mandei fazer um laço
                 E
Do couro do jacaré
       
Prá laçar meu boi barroso
                 A
Num cavalo pangaré


Eu mandei fazer um laço
                 E
Do couro da jacutinga
       
Prá laçar meu boi barroso
                   A
Lá na costa da restinga


A           D
Meu boi barroso ai
           A
Meu boi pitanga
         E
O teu lugar ai
         A
É lá na canga


Meu cavalo malacara
                  E
Tem andar de saracura
       
Não tropeça e nem se espanta
                     A
Viajando em noite escura


Hoje é dia de rodeio
                      E
De churrasco e chimarrão
       
Venho ver a gauchada
               A
Reunida no galpão

 

Bombacha Preta
Tom: D

 

D                  A7
A velha bombacha preta que eu uso
                   D
Está russa e desbotada
                  A7
Ninguém vai acreditar se eu contar
                     D
Quantas vezes foi lavada
                  A7
Se é noite de fandango vou com ela
                D
Se é dia de carreira vou também
                  A7
Levaria um ano inteiro prá contar
                     D
Os remendos que ela tem

   G               A7
  Cada favo da bombacha
                    D
  Representa uma vitória
                       A7
  Os remendos são resquiços de saudade
                    D
  Que carrego na memória
  
  
  
                   A7 
A velha bombacha preta que eu uso
                    D
Nos fundilhos desbotou
                  A7
Das esfregas do suor da potrada
                     D
Que este quera já domou
                  A7
A velha bombacha preta que eu uso
                  D
No joelho está furada
                  A7
De servir de cavalinho pros piás
                  D
E alguma china mimada


   G               A7
  Cada favo da bombacha
                    D
  Representa uma vitória
                       A7
  Os remendos são resquiços de saudade
                    D
  Que carrego na memória
  
  
  
  
                   A7
A velha bombacha preta eu comparo
                     D
Com a minha própria vida
                   A7
Estropeado pelos anos vou seguindo
                     D
Sempre de cabeça erguida
                 A7
A bombacha desbotou e tem remendos
                    D
Estou velho e enrugado pela idade
                   A7
De lutar pelos mesmos ideais
                  D
Paz, amor e liberdade.


   G               A7
  Cada favo da bombacha
                    D
  Representa uma vitória
                       A7
  Os remendos são resquiços de saudade
                    D
  Que carrego na memória

 

Os Serranos
Bugio da Fronteira
Tom: A
A 
Ronca o bugio de Lagoa
   D              E
Vacaria e serra abaixo

Mas esse veio da fronteira
                    A
Com chapéu de barbicacho
       D            A
De bombacha e alpargata
      E             A
E gaiteiro de oito baixo
       D            A
De bombacha e alpargata
      E             A
E gaiteiro de oito baixo



         A7               D
  Se te pego bugio eu te toso
                           A
  Te tosando te tiro o cartaz
                         E
  E te largo de cola erguida
                       A
  E a cachorrada de atrás




O bugio, bicho atrevido
     D                  E
Se chegou com manha de sancho

Com olhar de sorro manso
                        A
E as garras de baita carancho
         D            A
Se escondeu da cachorrada
       E               A
E foi bater lá no meu rancho
         D            A
Se escondeu da cachorrada
       E               A
E foi bater lá no meu rancho



         A7               D
  Se te pego bugio eu te toso
                           A
  Te tosando te tiro o cartaz
                         E
  E te largo de cola erguida
                       A
  E a cachorrada de atrás



O bugio fez reviria
    D                   E
No meu galpão de campanha

Desde o varal de morcilha
                   A
Ao velho tacho de banha
         D               A
Se empanturrou com meu charque
         E            A
E se afogou na minha canha
         D               A
Se empanturrou com meu charque
         E            A
E se afogou na minha canha


         A7               D
  Se te pego bugio eu te toso
                           A
  Te tosando te tiro o cartaz
                         E
  E te largo de cola erguida
                       A
  E a cachorrada de atrás



E depois se foi ala cria
      D                  E
Satisfeito e batendo no bucho

E gritando se alguém achou ruim
                             A
Pode vim que eu aguento o repuxo 
        D             A
E quem visse via o capeta
       E        A
Disfarçado de gaúcho
        D             A
E quem visse via o capeta
       E        A
Disfarçado de gaúcho


         A7               D
  Se te pego bugio eu te toso
                           A
  Te tosando te tiro o cartaz
                         E
  E te largo de cola erguida
                       A
  E a cachorrada de atrás

 

Neto Fagundes
Canto Alegretense
Tom: C

 

C                                 G
Não me perguntes onde fica o Alegrete
                                 C  C7        
Segue o rumo do seu próprio coração
      F           G            C   Am        
Cruzarás pela estrada algum ginete
       Dm           G          C  
E ouvirás toque de gaita e violão
                                       G
  Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
                                   C  C7
  Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
         F             G              C   Am 
  Tem o sol como uma brasa que ainda arde
        Dm       G           C 
  Mergulhado no Rio Ibirapuitã
        G                     C
Ouve o canto gaucheso e brasileiro
        G                      C    C7 
Desta terra que eu amei desde guri
         F          G             C     Am   
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
        Dm           G             C 
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
                                 G
  E na hora derradeira que eu mereça
                               C   C7
  Ver o sol alegretense entardecer
           F            G           C   Am
  Como os potros vou virar minha cabeça 
           Dm         G           C
  Para os pagos no momento de morrer
                                G
E nos olhos vou levar o encantamento
                                 C  C7
Desta terra que eu amei com devoção
      F               G              C    Am
Cada verso que eu componho é um pagamento
          Dm       G          C
De uma dívida de amor e gratidão

 

Cenair Maicá
Canto dos Livres
Tom: C

 

C                   G
Se meu destino é cantar, eu canto
                         C             Am
Meu mundo é mais que chorar, não choro
                          Dm
A vida é mais do que um pranto, é um sonho
G                C
Como marquise sonoro
                      G
Hay os que cantam destinos de amores
                      C                Am
Por conveniência agradando os senhores
                       Dm
Mas os que vivem a cantar sem patrão
G                    C
Tocam nas cordas do seu coração

  C7                    F
  Quem canta refresca a alma
   G                C
  Cantar adoça o viver
  Am                Dm
  Assim eu vivo cantando
  G                  C
  Prá aliviar meu padecer

                   G
Quisera um dia cantar com o povo
                      C            Am
Um canto simples de amor e verdade
                      Dm
Que não falasse em misérias nem guerras
G                C
Nem precisasse clamar liberdade


  C7                   F
  No cantar de quem é livre
   G               C
  Hay melodias de paz
   Am               Dm
  Horizontes de ternura
   G                 C
  Nesta poesia de andar

                   G
Quisera ter a alegria dos pássaros
                  C      Am
Na sinfonia do alvorecer
                 Dm     
De cantar para anunciar quando vem chuva
G                C
E avisar que já vai anoitecer
                    G
E ao chegar a primavera com as flores,
                   C           Am
Cantar um hino de paz e beleza
                       Dm
Longe da prisão dos homens, da fome
G                     C
Prá nunca cantar tristeza

  C7                    F
  Quem canta refresca a alma
   G                C
  Cantar adoça o viver
  Am                Dm
  Assim eu vivo cantando
  G                  C
  Prá aliviar meu padecer

 

Os Serranos
Capão de Mato
Tom: A

 

A                                 E
Capão de mato com linda e verde grama
                                      A
Lugar que o angico e o cedro fazem morada
                                       E
E olha a mutuca tira o rabo em tempo quente
                                        A
E onde o vivente sempre encontra boa aguada
          A7                        D
Capão de mato tráz abrigo contra o tempo
          E                        A
Dos temporais e dos dias de sol a pino
         D                     A
É verde mina de goiaba e de pitanga
          E                        A
Berço da canga que eu fiz para o brasino
         D                     A
É verde mina de goiaba e de pitanga
          E                        A
Berço da canga que eu fiz para o brasino

                                      E
  Capão de mato onde o pinheiro se levanta
                             A
  E a sua taça oferece ao criador
                                    E
  O brinde pleno de ternura e de pureza
                                       A
  Frente à grandeza de tão raro explendor
            A7                      D
  Capão de mato que me deu cabo de relho
            E                           A
  Me deu palanque, porteira, casa e galpão
           D                       A
  Deu alegria de fazer por vez primeira
           E                     A
  Numa clareira, sapecada de pinhão
           D                       A
  Deu alegria de fazer por vez primeira
           E                     A
  Numa clareira, sapecada de pinhão

A                              E
Capão de mato segurança da peonada
                                A
De no inverno encontrar a proteção
                                 E
Queimando lenha, grimpa e nó-de-pinho
                               A
Devagarinho no velho fogo de chão
          A7                      D
Capão de mato onde o molito se esconde
          E                      A
Onde o sabiá canta versos com entono
         D                      A
Eu só espero que jamais haja ganância
            E                        A
De lá na estância perturbarem o teu sono
         D                      A
Eu só espero que jamais haja ganância
            E                        A
De lá na estância perturbarem o teu sono

 

Leonardo
Céu, Sol, Sul
Tom: G
     G
Eu quero andar nas coxilhas
                C                    G
Sentindo as flexilhas das ervas do chão
        B7                Em
Ter os pés roseteados de campo
                A7                   D7
Ficar mais trigueiro que o sol de verão
       G                    C            
Fazer versos cantando as belezas
           B7       Em
Desta natureza sem par
       C                    G
E mostrar para quem quiser ver
                D7         G
Um lugar prá viver sem chorar
       C                    G
E mostrar para quem quiser ver
                D7         G
Um lugar prá viver sem chorar


É o meu Rio Grande do Sul
           C            G
Céu, sol, sul, terra e cor
      C                   G
Onde tudo que se planta cresce
                 D7         G
E o que mais floresce é o amor


Eu quero me banhar nas fontes
               C         G
E olhar o horizonte com Deus
      B7                    Em
E sentir que as cantigas nativas
           A7                   D7
Continuam vivas para os filhos meus
        G                   C            
Ver os campos florindo e crianças
            B7         Em
Sorrindo felizes a cantar
       C                    G
E mostrar para quem quiser ver
                D7         G
Um lugar prá viver sem chorar
       C                    G
E mostrar para quem quiser ver
                D7         G
Um lugar prá viver sem chorar


É o meu Rio Grande do Sul
           C            G
Céu, sol, sul, terra e cor
      C                   G
Onde tudo que se planta cresce
                 D7         G
E o que mais floresce é o amor

 

Chamamento
Tom: A

 

A                  E
Sou petiço da esperança
       D           A
Na carreira da verdade
       D              A
Sou a fé do homem do campo
        E    
Que se foi lá prá cidade
     A             E
Sou velhas recordações
       D          A 
De um taura assanhado
    D          A
Chamado pé de valsa
    E              A
Riscando nesse bailado

                          E
  Sou história do faz de conta
       D            A
  Que fala de realidade
         D          A
  Sou a boca do minuano
      E    
  Soprando muita saudade
       A                   E
  Sou fogo de chão pro gaiteiro
           D                  A 
  Que se agarra sempre ao passado
       D               A
  Lembrando de muitos bailes
     E               A
  Batendo nesse ponteado

                     E
Sou canto do quero-quero
      D        A
Chamamento campeiro
        D        A
Prá manter o atavismo
    E    
Deste garrão brasileiro
      A             E
Sou grito do meu reponte
       D             A 
Se perdendo pela estrada
     D              A
Sou pedido de um retorno
    E              A       D A D A
Sou eco de uma chamada

 

Os Mirins
Doce Amargo do Amor
Tom: A
 A                          E
Me dê um chimarrão de erva boa
                                A
Que o doce desse amargo me faz bem
               A7           D
O amargo representa uma saudade
     A          E               A    E A
E o doce o coração que ela não tem

                 
                                 E
  Cevei meu mate no romper da aurora
                               A
  Chamei a china prá matear comigo
                           A7     D
  Nem desconfiava que ela fora embora
             A           E      A
  E esta saudade hoje é meu castigo


 A                          E
Me dê um chimarrão de erva boa
                                A
Que o doce desse amargo me faz bem
               A7           D
O amargo representa uma saudade
     A          E               A    E A
E o doce o coração que ela não tem


                              E
  No fim da tarde nada me consola
                                A
  Tomo um amargo disfarçando a dor
                          A7  D
  Largo o porongo e pego na viola
            A             E      A
  Canto saudade pro meu grande amor

 

Berenice Azambuja
É disso que o velho gosta
Tom: A
    A                E7
Eu sou um peão de estância
                  A
Nascido lá no galpão
                   E7
E aprendi desde criança
                 A
A honrar a tradição
     D                
Meu pai era um gaúcho
Que nunca conheceu luxo
       Bb            E7
Mas viveu folgado enfim
E quando alguém perguntava
O que ele mais gostava
                 A
O velho dizia assim


                       E7
Churrasco e bom chimarrão
                      A
Fandango, trago e mulher
                     E7
É disso que o velho gosta
                     A
É isso que o velho quer



                      E7
E foi assim que aprendi
                   A
A gostar do que é bom
                   E7
A tocar minha cordeona
                    A
Cantar sem sair do tom
      D                
Ser amigo dos amigos
Nunca fugir do perigo
     Bb               E7
Meu velho pai me ensinou
Eu que vivo a cantar
Sempre aprendi a gostar
                     A
Do que meu velho gostou


                       E7
Churrasco e bom chimarrão
                      A
Fandango, trago e mulher
                     E7
É disso que o velho gosta
                     A
É isso que o velho quer

 

 

Dante Ledesma
Grito dos Livres
Tom: Am

 

Am                                       E7
Quando os campos deste sul eram mais verdes
                                   Am
Índios pampeanos que habitavam o lugar
           G7                         Am
Foram mesclando com a raça do homem branco
          Dm                      E7
Recém chegado de querências além mar
          Am                       E7
E o novo ser que se formou miscigenado
                                  Am
Virou semente, germinou e se fez povo
            G7                 Am
E um grito novo ecoou no continente
             Dm                         E7    A
Lembrando a todos que esta terra tinha dono

                                  E7
  Enquanto o gaúcho for visto no pampa
                 D                A
  Enquanto essa raça teimar em viver
               C#7                  F#m
  O grito dos livres ecoará nesses montes
                B7                 E7
  Buscando horizontes libertos na paz
               A                  E7
  No grito do índio, o grito inicial
                 D                  A
  Com cheiro de terra no próprio ideal
               C#7                  F#m
  De amor à querência liberta nos pampas
               D          E7           Am
  Gerada em estampas do próprio ancestral

                                E7
A nova raça cresceu e traçou limites
                                   Am
Que bem demarcam a extensão dos ideais
           G7                  Am
E o mesmo povo hoje repete o grito
       Dm                    E7
Alicerçado nas raízes culturais
        Am                         E7
A liberdade não tem tempo nem fronteiras
                                         Am
O homem livre não verga e não perde o entono
         G7                       Am
Vai repetindo a todos num velho grito
           Dm                           E7    A
Passam os tempos mas a terra ainda tem dono

                                   E7
  Do grito do índio, aos gritos atuais
                D                    A
  Há cheiro de terra nos próprios ideais
                C#7                F#m
  De um povo sofrido, ereto em vontade
                    B7                 E7
  De escrever liberdade nos seus memoriais
                A                 E7
  Enquanto o gaúcho for visto no pampa
                 D                A
  Enquanto essa raça teimar em viver
               C#7                  F#m
  O grito dos livres ecoará nesses montes
                B7                 E7
  Buscando horizontes libertos na paz
                A                 E7
  Enquanto o gaúcho for visto no pampa
                 D                A
  Enquanto essa raça teimar em viver
               C#7                  F#m
  O grito dos livres ecoará nesses montes
                D        E7        A  D  A
  Buscando horizontes libertos na paz

 

Grupo Raiz Nativa
Limpa Banco
Tom: Am
Intro: Am E7 Am
                    E7
Fui num baile no planalto
                      Am
Que anunciava ser do bom
     D         Am
Anarquia se fazia
         E7            Am
Desde a porta até o balcão
        G        C
Fui de bota cano alto
       G           C
Que a cobra não é mansa
        Dm           Am
Nestes bailes no planalto
          E7          Am    Dm  Am  E7  Am
Quem não toca sempre dança

                        E7
  Mal e mal cheguei na porta
                      Am
  Encontrei um ex-cunhado
              D         Am
  Que entre prosas e notícias
        E7            Am
  Me assuntou num cochichado
         G          C
  Não entendo esse mundo
      G           C
  Eu nunca pedi fiado
       Dm            Am
  E dizem que lá no fundo 
      E7            Am
  Eu devo prá todo lado
       Dm            Am
  E dizem que lá no fundo 
      E7            Am    G  C
  Eu devo prá todo lado

                     G
Abre a gaita seu gaiteiro
                  C
Me despacha um Vanerão
          F             C
Que é preciso um limpa-banco
         G          C
Prá ajeitar a situação
          F             C
Que é preciso um limpa-banco
         G          C   G  C  G  C  E7  Am
Prá ajeitar a situação

                    E7
  O porteiro do fandango
                  Am
  Rugia como um leão
        Dm           Am
  Anunciando para o povo
     E7         Am
  A nova resolução
     G              C
  Devido às dificuldades
         G           C
  Da vintenária direção
         Dm         Am
  Foi imposto para todos
       E7         Am   Dm Am E7 Am
  Uma tal consumação

                  E7
Como a crise anda osca
                    Am
Só entrei porque furei
       Dm       Am
Pelas vias indiretas
       E7             Am
Foi o jeito que eu achei
        G            C
Mas no peso da consciência
   G                C
Repensei e fui prá rua
       Dm            Am
Me juntei com a maioria
       E7         Am
Mas o baile continua
       Dm            Am
Me juntei com a maioria
       E7         Am   G  C
Mas o baile continua

                       G
  Abre a gaita seu gaiteiro
                    C
  Me despacha um Vanerão
            F             C
  Que é preciso um limpa-banco
           G          C
  Prá ajeitar a situação
            F             C
  Que é preciso um limpa-banco
           G          C   G  C  G  C  E7  Am
  Prá ajeitar a situação

 

Menino Potro
Tom: G
G               D7
Dorme menino à luz do luar
   C                             G
A luz dos teus olhos tão cedo apagou
                   D7
Dorme menino, quem há de velar
     C           G       D7       G
Teu corpo, teu sonho que não se fará?

        C             G        D7       G
  Te encontras na estrela que vejo brilhar?

C       G      B7        Em
Menino potro, dorme, descansa
D            Am        D7
não há mais campos prá ti
C       G      B7        Em
Menino potro, dorme, descansa
D            D7         G
não há mais campos prá ti

                        D7
  Sol vem depressa prá lhe aquecer
        C                          G
  Pois nele agora o que mora é o frio
                   D7
  Mar ele foi procurar teus segredos
       C            G       D7            G
  E chega em teus braços, assim feito um rio

 C           G        D7     G
Irá nessa nuvem que vejo passar?

C       G      B7        Em
Menino potro, dorme, descansa
D            Am        D7
não há mais campos prá ti
C       G      B7        Em
Menino potro, dorme, descansa
D            D7         G
não há mais campos prá ti


                     D7
Vento Aragano, quebrou-se o encanto
     C                           G
Não pode o menino escutar o teu canto
                    D7
Chuva maneira que lava os caminhos
  C           G       D7      G
Será que o menino passeia sozinho

      C         G          D7       G
  ou busca seu baio nas trilhas do céu?

C       G      B7        Em
Menino potro, dorme, descansa
D            Am        D7
não há mais campos prá ti
C       G      B7        Em
Menino potro, dorme, descansa
D            D7         G
não há mais campos prá ti

 

Mercedita
Tom: Am
 Am                Dm
QUE DULCE ENCANTO TIENEN
       G7           C
TUS RECUERDOS MERCEDITA
   Am         E7
AROMADA, FLORECIDA
                 Am
AMOR MIO DE UNA VEZ
  A7               Dm
  LA CONOCI EN EL CAMPO
                       Am
  ALLA MUY LLEJOS UNA TARDE
                       E7
  DONDE CRECEN LOS TRIGALES
                      Am
  PROVINCIA DE SANTA FÉ
                        E7
Y ASI NACIÓ NUESTRO QUERER
                        Am
CON ILUSION, CON MUCHA FÉ
                       E7
PERO NO SE PORQUE LA FLOR
                        Am
SE MARCHITÓ Y MORIENDO FUÉ
        Am              E7
  Y AMANDOLA CON LOCO AMOR
                       Am
  ASI LLEGUE A COMPRENDER
                                 E7
  LO QUE ES QUERER, LO QUE ES SUFRIR
                       Am
  PORQUE LE DI MI CORAZON
                  Dm
COMO UNA QUEJA ERRANTE
          G7         C
EN LA CAMPINA VA FLOTANDO
        Am         E7
EL ECO VAGO DE MI CANTO
                   Am
RECORDANDO AQUEL ADIOS
  A7                Dm
  PERO APESAR DEL TIEMPO
                        Am
  TRANSCURRIDO ES MERCEDITA
                         E7
  LA LEYENDA QUE HOY PALPITA
                        Am
  EN MI NOSTALGICA CANCION
                        E7
Y ASI NACIÓ NUESTRO QUERER
                        Am
CON ILUSION, CON MUCHA FÉ
                       E7
PERO NO SE PORQUE LA FLOR
                        Am
SE MARCHITÓ Y MORIENDO FUÉ
        Am              E7
  Y AMANDOLA CON LOCO AMOR
                       Am
  ASI LLEGUE A COMPRENDER
                                 E7
  LO QUE ES QUERER, LO QUE ES SUFRIR
                       Am
  PORQUE LE DI MI CORAZON

 



Os Mirins
Morena Rosa
Tom:E
Obs: cada verso deve ser cantado duas vezes.

 

E                        B7
Olha o tranco da morena Rosa
                       E
Rebocada de rouge e baton

  E               A             B7
  Machucando a vanera, à sua maneira
                  E
  Bombeando pro chão

                         B7
Na penumbra do rancho costeiro
                      E
Polvadeira à meia costela

  E               A                  B7
  O gaiteiro entonado, floreava o teclado
                 E
  E bombeava prá ela

E                        B7
Olha o tranco da morena Rosa
                       E
Rebocada de rouge e baton

  E               A             B7
  Machucando a vanera, à sua maneira
                  E
  Bombeando pro chão

                     B7
O perfume da morena rosa
                       E
Dá vontade da gente pegar

  E             A                  B7
  Apesar de gaviona, escuta a cordeona
                    E
  E começa a se espiar

E                        B7
Olha o tranco da morena Rosa
                       E
Rebocada de rouge e baton

  E               A             B7
  Machucando a vanera, à sua maneira
                  E
  Bombeando pro chão

                       B7
O semblante da morena rosa
                    E
Lua cheia de felicidade

  E                 A                 B7
  Quanto mais sarandeia o corpo incendeia
               E
  De tanta vontade

E                        B7
Olha o tranco da morena Rosa
                       E
Rebocada de rouge e baton

  E               A             B7
  Machucando a vanera, à sua maneira
                  E
  Bombeando pro chão

 

Leonardo
Morocha Não
Tom: Am 
Intro: Am E7  A  G  D  E7  A  G  D  E7  A
A
Bugio que grita no mato
                    E7
Quer chumbo diz o ditado
Ouvi um qüera largado
                    A
Gritando em uma canção
                            F
Que as regras prá.um ser humano
                      A
São as mesmas dos animais
                      E7
Que trata que nem baguais
                  A
Maneando patas e mãos


         50  64  62   E7
Decerto e um destes qüeras
                 A
Criado pelas barrancas
                   E7
Manunciador de potrancas
                    A
Sem freio no linguajar
       A7             D
Não aprendeu que um gaúcho
                        A
Não faz da prenda um capacho
                        E7
E que os deveres de um macho
               A
É proteger e amar.


         A             E7
Morocha não, respeito sim
                        A
Mulher é tudo, vida e amor
             A7               D
Quem não gostar, que fique assim
           A                  E7        A
Grosso, machista e barranqueador



Em vez de usar um pelego
                 E7
Use o arreio ternura
Enlace pela cintura
                   A
Jogue fora o maneador
                      F
Só mesmo um bicho do mato
                A
Criado pelas macegas
                 E7
Pode tratar como égua
                     A
Quem nos dá vida e amor.


        50  64  62   E7
Decerto e um destes qüeras
                 A
Criado pelas barrancas
                   E7
Manunciador de potrancas
                    A
Sem freio no linguajar
          A7          D
Não aprendeu que um gaúcho
                        A
Não faz da prenda um capacho
                        E7
E que os deveres de um macho
               A
É proteger e amar.


         A             E7
Morocha não, respeito sim
                        A
Mulher é tudo, vida e amor
             A7               D
Quem não gostar, que fique assim
            A                 E7
Grosso, machista e barranqueador
         A             E7
Morocha não, respeito sim
                        A
Mulher é tudo, vida e amor
             A7               D
Quem não gostar, que fique assim
            A                 E7
Grosso, machista e barranqueador
Negrinho do pastoreio
Tom: A
A
Negrinho do pastoreio
                      E
Acendo essa vela prá ti
E peço que me devolvas
                      A
A querência que eu perdi
Negrinho do pastoreio
        A7           D
Traz a mim o meu rincão
       Dm               A
Eu te acendo essa velinha
       E           A
Nela está meu coração

                     E
  Quero rever o meu pago
   D    A    E     A
  Coloreado de pitanga
                   E
  Quero ver a gauchinha
    D   A        E      A
  Brincando na água da sanga
            A7            D
  Quero trotear nas coxilhas
        Dm           A
  Respirando a liberdade
                        E
  Que eu perdi naquele dia
   D         A     E    A
  Que me embretei na cidade

Negrinho do pastoreio
        A7           D
Traz a mim o meu rincão
    Dm              A
A velinha está queimando
     E          A
Aquecendo a tradição.

 

 

O Bugio
Tom: A
A                                     E
Aqui é o Rio Grande onde o Brasil termina
                                   A
E o sol se enclina prá dizer-lhe adeus
                             E
Onde a butuca tira o boi do mato
                             A
E neste fato muito ensina a Deus
                                 E
Onde o Uruguai com sua voz mais pura
                              A
Doce murmura canta o chão de paz
                           E
Trocando ondas pelo pampa rubro
                                A
Flores e frutos vai deixando atrás


         E             A
É do Brasil essa paisagem
          C#7          F#m
Tropel imposta pela coragem
        D            A
É brasileiro este bugio
             E            A
Que vem pro palco em desafio



                               E
Onde os pilinchos sempre zombeteiros
                            A
Cantam brejeiros dos maracujás
                                E
E a garça branca de um açude à beira
                               A
Pousa faceira entre os caraguatás
                                    E
Onde os carapichos sobre as barranqueiras
                           A
Horas inteiras fingem meditar
                             E
Quando anoitece e a perdiz afoita
                              A
Procura a moita prá se agasalhar


         E           A
É do Brasil essa paisagem
          C#7          F#m
Tropel imposta pela coragem
        D            A
É brasileiro este bugio
             E            A
Que vem pro palco em desafio


                              E
Aqui onde o homem olha o horizonte
                                  A
Sem que reponte e mesmo nem se olhar
                        E
Campereando pela imensidade
                            A
A liberdade leva em seu sonhar
                                 E
Onde o chimarrão vai correndo a roda
                           A
Como é a moda ainda no galpão
                             E
E o índio vago de avançada idade
                          A
Canta saudade do seu coração


         E           A
É do Brasil essa paisagem
          C#7          F#m
Tropel imposta pela coragem
        D            A
É brasileiro este bugio
             E            A
Que vem pro palco em desafio

 

 

Prenda Minha
Tom: A
 A                       E7
Vou-me embora, vou-me embora prenda minha
                   A
Tenho muito que fazer
                  E7
Tenho de parar rodeio prenda minha
                    A
No campo do bem querer
                  E7
Tenho de parar rodeio prenda minha
                    A
No campo do bem querer



                       E7
Noite escura, noite escura prenda minha
                   A
Toda noite me atentou
                    E7
Quando foi de madrugada prenda minha
                       A
Foi-se embora e me deixou
                    E7
Quando foi de madrugada prenda minha
                       A
Foi-se embora e me deixou


                      E7
Troncos secos deram frutos prenda minha
                A
Coração reverdeceu
                      E7
Riu-se a própria natureza prenda minha
                         A
No dia em que o amor nasceu
                      E7
Riu-se a própria natureza prenda minha
                         A
No dia em que o amor nasceu

 

 

Leonardo
Tertúlia
Tom: C

 

C
Uma chamarra
        G 
Uma fogueira
        E 
Uma chinoca
        Am 
Uma chaleira
        F
Uma saudade
          C 
Um mate amargo
        G                  C
E a peonada repassando o trago
10 21  23  20   21 32 20 30  
Noite cheirando à querência 
32  43 30  42 43 40   C  
Nas tertúlias do meu pago

                        G 
  Tertúlia é o eco das vozes
                      C
  Perdidas no campo afora
                    G   
  Cantiga brotando livre
                       C
  Novo prenúncio de aurora
     E              Am 
  É rima sem compromisso
      F                C
  Julgamento ou castração
                      G
  Onde se marca o compasso 
                   C
  No bater do coração

C
Uma chamarra
        G 
Uma fogueira
        E 
Uma chinoca
        Am 
Uma chaleira
        F
Uma saudade
          C 
Um mate amargo
        G                  C
E a peonada repassando o trago
10 21  23  20   21 32 20 30  
Noite cheirando à querência 
32  43 30  42 43 40   C  
Nas tertúlias do meu pago

                       G
  É o batismo dos sem nome
                    C
  Rodeio dos desgarrados
                      G 
  Grito de alerta do pampa
                     C
  Tribuna de injustiçados
        E                Am
  Tertúlia é o canto sonoro
        F              C  
  Sem fronteira ou aramado
                      G
  Onde o violão e o poeta
                    C
  Podem chorar abraçados

 

Trem da Fronteira
Tom: C

 

C                  G
Depois de todo ritual
                     C
Que empeçou na madrugada
                G
Solavancos e paradas
                    C
Bufando que nem bagual
    C7        F
O apito dá sinal
          G          C
Como um grito de largada

           G                   C
  Tilem tileco trotezito balançado
                        G
  Esse trem vem da fronteira
                      C
  Ninguém viaja sossegado

                   G
Vindo lá de Uruguaiana
              C
Alegrete Quaraí
                    G
Com Livramento e Rosário
                     C
Se encontra no Cacequi
        C7          F
Prá formar um só rodeio
       G             C
Cá na terra da Imembuí
        C7          F
Prá formar um só rodeio
       G             C
Cá na terra da Imembuí

           G                   C
  Tilem tileco trotezito balançado
                        G
  Esse trem vem da fronteira
                      C
  Ninguém viaja sossegado

           G
Tem um gaudério
                      C
Que prepara o seu palheiro
                     G
O pessoal seca o gaiteiro
                 C
Que toca bem animado
        C7         F
Não reclama da distância
          G           C
Só quem viaja acompanhado
        C7         F
Não reclama da distância
          G           C
Só quem viaja acompanhado

           G                   C
  Tilem tileco trotezito balançado
                        G
  Esse trem vem da fronteira
                      C
  Ninguém viaja sossegado

                   G
Já te pego, já te largo
                    C
Vem tomar um mate amargo
                 G
Lá no meio do caminho
                   C
tem galinha enfarofada
       C7              F
Que a velha fez com carinho
     G                  C
Prá cada estação da estrada
       C7              F
Que a velha fez com carinho
     G                  C
Prá cada estação da estrada

           G                   C
  Tilem tileco trotezito balançado
                        G
  Esse trem vem da fronteira
                      C
  Ninguém viaja sossegado

                   G
Depois da boca do monte
                   C
Finalmente vem chegando
                      G
Já cruzou toda a fronteira
                       C
Pegou leite em Guilhermando
        C7            F
E o pessoal vai comentando
        G           C
Como é longe Uruguaiana
        C7            F
E o pessoal vai comentando
        G           C
Como é longe Uruguaiana

           G                C
Vagões de gente, vagões de gado
                 G
É o trem da fronteira
              C
Chegando atrasado
           G                C
Vagões de gente, vagões de gado
                 G
É o trem da fronteira
              C
Chegando atrasado
           G                C
Vagões de gente, vagões de gado
      C7         F
É o trem da fronteira
    G         C
Chegando atrasado

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