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CIFRAS DO ÁLBUM DOIS
Daniel na Cova dos Leões Tom: Am Intro: (Am G)
Am G Am G
Aquele gosto amargo do teu corpo
Am G Am G
Ficou na minha boca por mais tempo:
Am G Am G
De amargo e então salgado ficou doce,
Am G Am G
Assim que o teu cheiro forte e lento
Dm F C
Fez casa nos meus braços e ainda leve
Bb Dm F
E forte e cego e tenso fez saber
C Bb (Intr.)
Que ainda era pouco e muito pouco.
Am G Am G
Faço nosso o meu segredo mais sincero
Am G Am G
E desafio o instinto dissonante
Am G Am G
A insegurança não me ataca quando erro
Am G Am G
E o teu momento passa a ser o meu instante.
Dm F
E o teu medo de ter medo de ter medo
C Bb
Não faz da minha força confusão:
Dm F
Teu corpo é o meu espelho e em ti navego
C Bb (Solo)
E sei que a tua correnteza não tem direção.
Dm F
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
C Bb
A motor e insistir em usar os remos,
Dm F
é o mal que a água faz, quando se afoga
C Bb
E o salva-vidas não está lá porque não vemos.
Quase Sem Querer Tom: G Intro: (G C D)
G Am C D
Tenho andado distraído,
G Am C D
Impaciente e indeciso,
G Am
E ainda estou confuso.
C D
Só que agora é diferente:
G Am
Estou tão tranquilo
C D
E tão contente.
C D C D G
Quantas chances disperdicei
Em Bm Am
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo
D
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.
G Am
Me fiz em mil pedaços
C D
Pra você juntar
G Am
E queria sempre achar
C Am
Explicação pro que sentia.
G Am
Como um anjo caído
C D
Fiz questão de esquecer
G Am
Que mentir pra si mesmo
C D
é sempre a pior mentira.
C D C D G
Mas não sou mais
Em Bm Am D
Tão criança a ponto de saber tudo
F
Já não me preocupo
G
Se eu não sei porquê
F G
ás vezes o que eu vejo quase ninguém vê
F
E eu sei que você sabe
G
Quase sem querer
F G
Que eu vejo o mesmo que você.
G Am C D
Tão correto e tão bonito:
G Am
O infinito é realmente
C D
Um dos deuses mais lindos.
G Am
Sei que às vezes uso
C D
Palavras repetidas
G Am
Mas quais são as palavras
C D
Que nunca são ditas?
C D C D G Em Bm Am
Me disseram que você estava chorando
D
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.
F
Já não me preocupo
G
Se eu não sei porquê
F G
ás vezes o que eu vejo quase ninguém vê
F
E eu sei que você sabe
G
Quase sem querer
F G
Que eu vejo o mesmo que você.
Acrilic on Canvas Tom: Dm Intro: (Dm Bb)
(Dm Bb)
- É saudade então
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez:
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi entre as tintas que inventei
Misturei com a promessa que nós nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei com você em luz e sombra
Dm G Bb
Era sempre:
Eb
-Não foi por mal.
Cm
Eu juro que nunca
F
quis deixar você tão triste
Dm G
Sempre as mesmas desculpas
Bb Eb
E desculpas nem sempre
Cm
são sinceras
F
Quase nunca são
(Dm Bb)
Preparei a minha tela
Com pedaços de lençóis
Que não chegamos a sujar
A armação fiz com madeira
Da janela do seu quarto
Do portão da sua casa
Fiz paleta e cavalete
E com lágrimas que não brincaram com você
Destilei óleo de linhaça
E da sua cama arranquei pedaços
Que talhei em estiletes
E fiz então
Pincéis com seus cabelos
Fiz carvão do batom
Que roubei de você
E com ele marquei
Dois pontos de fuga
E rabisquei no horizonte
Dm G Bb
Era sempre:
Eb
- Não foi por mal.
Cm
Eu juro que não foi por mal.
F
Eu não queria machucar você:
Prometo que isso nunca vai acontecer
Dm G
Mais uma vez
Bb
E era sempre, sempre o
Eb Cm
mesmo novamente
F
A mesma traição
(Dm Bb)
Às vezes é difícil esquecer:
- Sinto muito, ela não mora mais aqui.
Mas então porque eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
- Não foi desse jeito
Ninguém sofreu:
É só você que provoca
Essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"
Eduardo e Monica Tom: G Intro : G C F G
G C F G
Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração
C F
E quem irá dizer que não existe razão
D G
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
C G
Ficou deitado e viu que horas eram
D G C D
Enquanto Mônica tomava um conhaque noutro canto da cidade como eles disseram
G C
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
F G
E conversaram muito mesmo prá tentar se conhecer
C
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
F G
- Tem uma festa legal, a gente quer se divertir
C
Festa estranha com gente esquisita
F G
- Eu não tô legal, não agüento mais birita
D G
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
C G
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
D G
E o Eduardo meio tonto só pensava em ir prá casa
C D
- É quase duas, eu vou me ferrar
G C F
Eduardo e Mônica trocaram telefone, depois telefonaram
G
E decidiram se encontrar
C
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
F G
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
D G
Se encontraram, então, no parque da cidade
C G
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
D G
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
C D
Mas a menina tinha tinta no cabelo
G C
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
F G
Ela era de leão e ele tinha dezesseis
C
Ela fazia medicina e falava alemão
F G
E ele ainda nas aulinhas de inglês
C
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
F G
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
C F G
E o Eduardo gostava de novela e jogava futebol de botão com seu avô
C F G
Ela falava coisas sobre o planalto central, também magia e meditação
C F G
E o Eduardo ainda estava no esquema escola-cinema-clube-televisão
D G C G
E mesmo com tudo diferente veio mesmo de repente uma vontade de se ver
D C G C D
E os dois se encontravam todo dia e a vontade crescia como tinha que ser
G C F G
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro e artesanato e foram viajar
C F G
A Mônica explicava pro Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
C F G
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer e decidiu trabalhar
C F G
E ela se formou no mesmo mês que ele passou no vestibular
C F G
E os dois comemoraram juntos e também brigaram juntos muitas vezes depois
C
E todo mundo diz que ele completa ela
F G
E vice-versa, que nem feijão com arroz
D G
Construíram uma casa uns 2 anos atrás
C G
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
D G C D
Batalharam grana, seguraram legal a barra mais pesada que tiveram
G C
Eduardo e Mônica voltaram prá Brasília
F G
E a nossa amizade dá saudade no verão
C
Só que nessas férias não vão viajar
F G C F G
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
G C F G
E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração
C F (G F G)
E quem irá dizer que não existe razão
Central do Brasil
( Esta música é INSTRUMENTAL )
Tempo Perdido Tom: Em Intro: (C Am Bm Em D) C Am B9+/7 Em C Am B9+/7 Em
C Am
Todos os dias quando acordo
B9+/7 Em
Não tenho mais o tempo que passou
C Am
Mas tenho muito tempo
B9+/7 Em
Temos todo o tempo do mundo
C Am
Todos os dias antes de dormir
B9+/7 Em
Lembro e esqueço como foi o dia
C Am
Sempre em frente
B9+/7 Em
Não temos mais tempo a perder
C Am
Nosso suor sagrado
B9+/7 Em
É bem mais belo que esse sangue amargo
C Am B9+/7 Em
E tão sério e selvagem
B9+/7 Em B9+/7 Em
E selvagem, selvagem....
C Am B9+/7
Veja o sol dessa manhã tão cinza
Em C
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos
B9+/7 Em
Castanhos..
C Am B9+/7
Então me abraça forte e me diz mais uma vez
Em C Am
Que já estamos distantes de tudo
B9+/7 Em
Temos nosso próprio tempo
B9+/7 Em
Temos nosso próprio tempo
B9+/7 Em
Temos nosso próprio tempo
C Am B9+/7 Em
Não tenho medo do escuro mas deixe
C Am B9+/7 Em
As luzes acesas agora
C Am
O que foi escondido é o que se escondeu
B9+/7 Em
E o que foi prometido ninguém prometeu
C Am
Nem foi tempo perdido
B9+/7 Em
Somos tão jovens
B9+/7 Em
Tão jovens
B9+/7 Em (C Am Bm Em)4x
Tão jovens
Metrópole Tom: A Intro: (Em F G Em F C B)
A D G C
"É sangue mesmo, não é mertiolate".
A D
E todos querem ver
G C
E comentar a novidade.
A D G C
"é tão emocionante um acidente de verdade".
A D
Estão todos satisfeitos
G C
Com o sucesso do desastre:
(Em F G Em F C B)
Vai passar na televisão.
A D G C
"Por gentileza, aguarde um momento.
A D G C
Sem carteirinha não tem atendimento -
A D G C
Carteira de trabalho assinada, sim senhor.
A D G C
Olha o tumulto: façam fila por favor.
(Em F G Em F C B)
Todos com a documentação.
A D G C
Quem não tem senha não tem lugar marcado.
A D G C
Eu sinto muito mas já passa do horário.
A D G C
Entendo seu problema mas não posso resolver:
A D G C
é contra o regulamento, está bem aqui, pode ver.
Em
Ordens são ordens.
A D G C
Em todo caso já temos sua ficha.
A D G C
Só falta o recibo comprovando residência.
A D G C
Pra limpar todo esse sangue, chamei a faxineira -
A D G C
E agora eu vou indo senão perco a novela
(Em F G Em F C B )
E eu não quero ficar na mão."
Plantas Embaixo do Aquário
(INDISPONÍVEL)
Música Urbana 2 Tom: G Intro: G
G
Em cima dos telhados as antenas de TV tocam música urbana,
C
Nas ruas os mendigos com esparadrapos podres
G
Cantam música urbana,
D F
Motocicletas querendo atenção às três da manhã -
G C D
é só música urbana.
Os PMs armados e as tropas de choque vomitam música urbana
C G
E nas escolas as crianças aprendem a repetir a música urbana.
D C G C D
Nos bares os viciados sempre tentam conseguir a música urbana.
G
O vento forte seco e sujo em cantos de concreto
Parece música urbana
C
E a matilha de crianças sujas no meio da rua -
G
Música urbana.
D C G C D
E nos pontos de ônibus estão todos ali: música urbana.
G Os uniformes Os cartazes Os cinemas E os lares Nas favelas Coberturas Quase todos os lugares
C G
E mais uma criaça nasceu.
D
Não há mentiras nem verdades aqui
C G
Só há música urbana.
Andrea Doria Tom: Dm Intro: Dm Em7 A4/7 Bb A4/7 F7+ G A4/7 Bb
Dm Em7 Am
Às vezes parecia que, de tanto acreditar
Dm Em7 Am
Em tudo que achávamos tão certo,
Dm Em7 Am
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
Dm Em7 Am
Faríamos floresta do deserto
Bb Gm C
E diamantes de pedaços de vidro.
F
Mas percebo agora
Am
Que o teu sorriso
Dm
Vem diferente,
Bb Gm C
Quase parecendo te ferir.
F Am
Não queria te ver assim -
Bb C
Quero a tua força como era antes.
F Am
O que tens é só teu
Bb
E de nada vale fugir
C
E não sentir mais nada.
Dm Em7 Am
Às vezes parecia que era só improvisar
Dm Em7 Am
E o mundo então seria um livro aberto,
Dm Em7 Am
Até chegar o dia em que tentamos ter demais,
Dm Em7 Am
Vendendo fácil o que não tinha preço.
Bb Gm C
Eu sei - é tudo sem sentido.
F Am
Quero ter alguém com quem conversar,
Dm Bb Gm
Alguém que depois não use o que eu disse
C
Contra mim.
F
Nada mais vai me ferir.
Am
é que já me acostumei
Bb
Com a estrada errada que eu segui
C
E com a minha própria lei.
F
Tenho o que ficou
Am
E tenho sorte até demais,
Bb C
Como sei que tens também.
Fábrica Tom: D Intro: D G D G
D G D
Nosso dia vai chegar,
G D
teremos nossa vez
G D
Não é pedir demais:
G
Quero justiça,
C Bm
Quero trabalhar em paz.
Am G D
Não é muito o que lhe peço -
C
Eu quero trabalho honesto
E A
Em vez de escravidão.
D G D
Deve haver algum lugar
G
Onde o mais forte
D G D
Não consegue escravizar
G
Quem não tem chance.
D A F#m A
De onde vem a indiferença
G G7+ Em A
Temperada a ferro e fogo?
D A F#m A G D Em A
Quem guarda os portões da fábrica?
D G D G
O céu já foi azul, mas agora é cinza
D G D G
E o que era verde aqui já não existe mais.
C Bm
Quem me dera acreditar
Am G D C
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo.
E A
Que venha o fogo então.
D A F#m A G D Em
Esse ar deixou minha vista cansada,
A D A F#m A
Nada demais.
G D Em A D
Nada demais.
"Índios" Tom: Dm
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Ter de volta todo ouro que entreguei
Em
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Am
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Em
Que se cortava sempre um pano-de-chão
Am
De linho nobre e pura seda.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Explicar o que ninguém consegue entender:
Em
Que o que aconteceu ainda está por vir
Am
E o futuro não é mais como era antigamente.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Em
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Am
E fala demais por não ter nada a dizer.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Que o mais simples fosse visto como o mais importante,
Em
Mas nos deram espelhos
Am
E vimos um mundo doente.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
Em
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
Am
é só maldade então, deixar um Deus tão triste.
F
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
C
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
F
Quando descobri que é sempre só você
C
Que me entende do inicio ao fim
F
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
C
De tudo que eu ainda não vi.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Acreditar por um instante em tudo que existe
Em
E acreditar que o mundo é perfeito
Am
E que todas as pessoas são felizes.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Em
Está em tudo e mesmo assim
Am
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Dm
Quem me dera, ao menos uma vez,
G Em
Como a mais bela tribo, dos mais belos iacutendios,
Am
Não ser atacado por ser inocente.
F
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
C
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
F
Quando descobri que é sempre só você
C
Que me entende do início ao fim
F
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
C
De tudo que eu ainda não vi.
F
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente -
C
Tentei chorar e não consegui.