O cenário musical brasileiro ganha nova voz: Luciana Mello, morena de 23 anos, 1,86 m de altura, sorriso e alegria contagiantes. Detalhe: a menina é filha de Jair Rodrigues. Seu segundo CD, Assim que se faz, saiu em outubro passado pela gravadora Trama. Luciana, depois de 15 anos de dança e aulas de canto, firma-se como intérprete que esbanja carisma e segurança no palco. Nota: a produção do disco é toda assinada por seu irmão, Jair Oliveira, o Jairzinho dos tempos do inesquecível Balão Mágico e que hoje divulga o ótimo CD Dis'Ritmia também em carreira solo.

Luciana tem a suavidade do irmão e o carisma do pai. Suas músicas estão estouradas nas grandes rádios do país e por que não, nas discotecas onde os hits É assim que se Faz e Simples Desejo ganharam versões remix por parte dos Djs, fazendo a alegria dos fãs que uniram o útil ao agradável. Vale lembrar que ela foi uma das mais elogiadas atrações nacionais do Rock in Rio 3.

É curioso, mas a própria Luciana Mello se apresenta em seu release de estréia, quando lançou o CD Assim Que Se Faz, no meio do ano passado. Fala de si com humildade, mostrando-se uma "menina" com bagagem de gente grande. A cantora sofre - mas nem tanto - de um mal que aflige os que nasceram filhos de artistas. Ela é filha caçula do cantor Jair Rodrigues e já cantava com o pai aos 6 anos. Prova disso é a música O Filho do Seu Menino, de Rildo Hora.

Luciana Mello mostrou pra todos seus fãs que para chegar ao sucesso é preciso muita humildade e talento. Nesse meio tempo, fez inúmeros cursos de dança e quatro anos de teatro. Quatro anos depois, Luciana fez um dueto novamente com o pai, cantando no disco Poutpourrit Dois Na Bossa. algo que alguns poderiam encarar como temeroso, pois a dupla original de Jair, nos anos 60, era Elis Regina. A seguir, outro passo familiar: uma banda com o irmão, Jairzinho. Percorreram o Brasil e no final Luciana acabou gravando seu primeiro disco solo. E foi aí que começou a despontar na carreira aparecendo para a grande mídia.

O apogeu surgiu durante a realização do projeto Artistas Reunidos, que praticamente gerou uma nova safra de artistas da MPB pop brasileira com Jairzinho, Wilson Simoninha, Max de Castro e Pedro Mariano (a jornada levou a um CD ao vivo chamado Projeto Artistas Reunidos). O grupo virou figurinha carimbada em São Paulo e Luciana já esboçava parte de seu novo repertório nos shows. Para mostrar que não tem medo de desafios, gravou até mesmo Se, de Djavan, e para completar, O Mar Serenou de Candeia, interpretação inesquecível de Clara Nunes.

Hoje ela está aí, cada vez mais forte e valorizada no mercado. E o MV Portal de Cifras correu atrás e esteve reunido com a cantora para um bate papo descontraído. Confira tudo sobre o começo de carreira de Luciana Mello, assim como seus planos para o futuro, seu próximo CD que já está por vir e muitas outras coisas sobre sua vida artística.

SITE OFICIAL -> http://www.lucianamello.com.br

2) Você acredita que sendo filha ou irmã de alguém famoso faz com que a cobrança em cima do seu trabalho seja maior? Como você lida com isso?

Não. Nunca me fui e nunca me deixei ser cobrada por ninguém. Me preparei e continuo sempre me preparando e aprendendo música a cada dia que passa. Não estou nesse meio por causa deles. Cada um tem, distintamente, a sua própria carreira. A única coisa que me deixa com "raiva" é quando as pessoas me apresentam com o que eu chamo de "rótulo na testa" (filha de fulano e irmão de cicrano) Que coisa!!! (risos)

3) Quais são suas influências musicais?

Um monte! Sempre gostei de ouvir de tudo. Mas tem coisas que me indentifico mais, como pro exemplo a MPB e a black music brasileira e americana.

6) Mesmo com 23 anos, você já passeou e tocou pelo mundo em países como Cuba, Estados Unidos, Europa, Japão e cercanias brasileiras. Já se sente bastante experiente apesar de ainda ser uma cantora muito jovem?

Bom, experiente nunca vou me sentir porque eu sempre acho que tem muuuuuuuuito mais coisas pra eu aprender. Mas acho que já passei por muitas coisas nesse meio da música que muitas pessoas da minha idade não passaram. Só a responsabilidade que aprendi a ter já me adianta alguns anos!

7) Qual foi a sensação de substituir a cantora cássia Eller no show de reveillón que ela faria ano passado numa praia do Rio de Janeiro?

Não substitui ninguém, mesmo porque ninguem é substituível. Eu apenas troquei de palco (eu ia fazer show lá em Copacabana) para prencher o espaço que foi deixado pro ela. Na hora pensei: bem, se Deus me colocou aqui é porque eu tenho condições suficientes de estar aqui. E o meu show é bem alegre, pra cima. Foi maravilhoso! O público me parece ter gostado muito também!

8) Como você está vendo a safra de Novos Artistas da MPB como Pedro Mariano, Wilson Simoninha, Max de Castro, seu proprio irmão Jairzinho entre outros?

Na verdade eu não os considero novos artistas porque são pessoas que já fazem música e que já estão nesse meio há muitos anos. E agora chegou a nossa vez de tentar mudar este mercado tão cansado de um monte de coisas que não são mais novidades e que já cansaram muita gente. Fico feliz em saber que o mercado está abrindo novamente as portas para as pessoas que realmente conhecem música, que têm o maior respeito por ela e que sabem (e querem ter) a responsabilidade de estar lidando com ela. Agora é a nossa hora!!