ENTREVISTA ESPECIAL : Vinny
Um
Vinny resistente e inovador
Cantor reaparece com novo trabalho
que poe consolidar sua nova fase no mercado
Vinny vive uma nova fase em sua carreira. Depois de ter feito todo mundo "mexer as cadeiras" nos anos 90, o cantor reaparece agora no mercado apostando em trabalhos mais autorais e em parcerias inéditas. O resultado de toda essa inovação é o reconhecimento que ele tem no cenário musical, já que nunca foi esquecido pelo seu público fiel. Também pudera. Já são ao todo 9 Cds no currículo e uma bagagem musical de dar inveja a qualquer artista top de linha. Vinícius Bonotto Conrado nasceu na cidade de Leme (interior de São Paulo), no dia 3 de novembro de 1966. Ainda pequeno, foi morar com a família no Rio de Janeiro. Aprendeu as primeiras notas musicais aos oito anos, com um tio e, aos 14, já montava bandas amadoras com os amigos. Estudou direito e psicologia, e trabalhou em escritórios de advocacia, antes de se dedicar integralmente à música. Sua estréia em disco ocorreu em 1992, à frente do grupo de rock farofa Hay Kay. O trabalho, influenciado pelos sons dos anos 70 e 80 , foi um fracasso absoluto: teve tiragem de apenas 500 cópias e apenas 100 foram vendidas. Após o insucesso, passou mais de dois anos na obscuridade. As coisas só começaram a mudar quando o músico adotou Vinny como nome artístico, assinou contrato com o selo Indie Records e, em 1995, lançou seu primeiro trabalho solo, com repertório acústico. Em 1997, saiu Todo Mundo, que incluiu o sucesso radiofônico "Heloísa Mexe a Cadeira". O disco vendeu mais de 100 mil cópias e projetou Vinny nacionalmente. Aproveitando o embalo, o cantor reapareceu com mais uma pérola no mercado. Um ano depois foi lançado Na Gandaia, com o mesmo estilo pop dançante do álbum anterior e que, além de emplacar sucessos como a faixa-título e "Shake Boom", ainda possibilitou turnês por países como Argentina, Espanha e Portugal. Depois do lançamento de Na Gandaia, Vinny foi convidado a participar de projetos de outros artistas. Fez dueto com Tiazinha no primeiro disco da mascarada e atuou com Xuxa no filme Requebra (na pele de um pipoqueiro). A partir daí Vinny começou a encarar uma nova faceta baladeira. Seus CDs seguintes começaram a misturar o estilo romântico com o roqueiro do início da carreira. Foi assim com O Bicho Vai Pegar (1999), Quando o Tempo Pára (2000), Até Você Chegar (2001), Vinny Mix (2002) e Universo Paralelo (2004). Mesmo com a pouca visibilidade da mídia aos seus novos trabalhos, o cantor nunca desistiu de seguir o seu novo ideal: tocar e cantar aquilo que gosta e não se submeter a qualquer tipo de pressão. Prova disso é o seu mais recente CD, A Máquina do Dia. Para falar sobre esse trabalho e toda sua vasta carreira batemos um papo com Vinny. Fique por dentro de tudo que ele pensa sobre sua música e o momento que a indústria fonográfica passa. Confira ! |
Marcus Vinicius Jacobson
Reportagem
Entrevista publicada no dia 23/05/2006
1) Quais as principais diferenças do Vinny dos tempos de Heloísa Mexe A Cadeira para o atual ? Musicalmente, posso dizer que hoje em dia faço exatamente o que fazia antes de me tornar conhecido por "Mexe a Cadeira"!! Meu primeiro disco era totalmente autoral e fiel ás minhas raízes folk rock!! Devo admitir que minha maior diferença hoje é o fato de gravar tudo em computadores, o que acaba por possibilitar uma maior abrangência de sons!! Apesar de ter gravado todos os instrumentos do disco, não me atreví a misturar sons eletrônicos em nenhuma canção!
4) Fale pra gente sobre seu mais recente Cd. "A Máquina do dia" foi um disco pensado e repensado...Gravado e regravado exaustivamente, até que tivesse essa forma crua e verdadeira do que sou eu!! Não pensei se estava indo por caminhos tortos , ou o que o público acharia ou a crítica especializada, ou seja, lá quem quer que fosse...É um privilégio poder estar diante do que hoje considero o melhor e mais inspirado disco da minha carreira...Minha vida pessoal está exposta feito carne viva em cada uma das 13 faixas.
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