ENTREVISTA ESPECIAL :  Vixe Mainha


O novo nome de Salvador

Grupo, sensação do verão de 2006, segue a todo vapor e planeja vôos mais altos na música



Créditos: Dean Freeman

Sucesso absoluto no Brasil desde o Carnaval de 2006, a banda Vixe Mainha continua rompendo fronteiras no mundo da axé music. Sob o comando de Pierre Onassis, cantor e compositor já consagrado na Bahia, o grupo é a grande sensação por onde passa. Com letras bem elaboradas, um som diferente, músicas suingadas e instrumentos específicos, o sucesso vai crescendo a cada dia. Isso tudo aliado à experiência dos ex-integrantes do Olodum, Pierre Onassis e Jaw que mesclam o repertório com batuque e instrumentos clássicos que despertaram a curiosidade no mercado fonográfico e definiram um lugar cativo no coração do público. 

O Vixe Mainha leva alegria e surpreende os micareteiros por onde passa. Com mais de dois anos de estrada,  o projeto tem o mesmo objetivo de quando começou: resgatar a história do som percussivo e do Afro-Pop/MPB. O grupo foi criado em 2005 por Pierre Onassis com o ex-parceiro Jaupery e levava o nome de Afrodisíaco. Porém devido ao fato de já existir outra banda registrada com esse nome, a mudança teve de acontecer às pressas. O novo nome veio depois do sucesso expressivo de Café com Pão, conhecida popularmente por Vixe Mainha

Vale lembrar que o cantor e compositor Pierre Onassis, sucesso absoluto em todo o Nordeste, começou sua carreira em 89.  Ingressou no Olodum em 90, ganhando logo depois o segundo lugar, num importante festival de música, o que proporcionou um convite para participar da ala de canto da Banda, passando a dividir o palco com outros cantores. Desenvolveu, paralelamente, o lado cantor e compositor e começou a ser gravado por artistas de peso, como por exemplo, Cheiro de Amor, Olodum, Chiclete com Banana, Araketu, Ivete Sangalo, Margareth Menezes e Daniela Mercury, entre outros. Depois de toda essa bagagem, foi liderar o Vixe Mainha com quem já conquistou vários prêmios.

A banda estourou com duas canções que foram apontadas como fortes candidatas à melhor música do carnaval 2006: Já é, primeiro sucesso, e Café com Pão. No carnaval 2006, através do voto do público e de diversos meios de comunicação locais e nacionais, o grupo ganhou 05 prêmios: Melhor música do  Carnaval pela Rede Bahia (Rede Globo) no prêmio Bahia Folia 2006 e como Banda Revelação pelo Band Folia 2006, e no Troféu Dôdo e Osmar – o "Oscar do Carnaval" - foram 03  prêmios, Melhor Música – Café com Pão, Cantor Revelação – Pierre Onassis e Banda Revelação. 

Estivemos reunidos com Pierre Onássis que nos revelou tudo sobre os próximos projetos do grupo. Confira !


http://www.vixemainha.com.br

Marcus Vinicius Jacobson

Reportagem

Entrevista publicada no dia 16/03/2007

1) Em pouco tempo vocês explodiram no país de forma surpreendente. Esperavam todo esse sucesso tão rapidamente ?

Quando nos decidimos formar o Vixe Mainha , tínhamos a consciência do que queríamos e como supostamente poderia chegar ao público, é claro que foi rápido, mas aí agente analisa de forma positiva, então estamos indo no caminho certo, agora é solidificar para que não sejamos sasional.

2) Como vocês lidaram com a notícia que teriam que trocar o nome da banda ?

Foi realmente complicado, porém, quando agente se tocou, era a música e estilo que estavam prevalecendo e aproveitamos o carnaval, maior concentração de pessoas de todo o mundo, para fazer a transição e diga -se de passagem, um nome legitimamente baiano e soteropolitano, nordestino.

3) A banda foi a grande sensação do carnaval de Salvador de 2006 e desse ano. Vocês acreditam que conseguiram escrever o nome de vez no carnaval baiano?

Acho que sim, estamos mais maduros, solidificamos um estilo e tendência.

4) O Vixe Mainha apareceu no cenário com o objetivo de resgatar a história do som percussivo e do Afro-Pop/MPB. Estão conseguindo ?

Na verdade, na minha opinião, esse som sempre esteve em nós, seria muita prepotência da nossa parte afirmar isso, me perdoe, o grande lance, é que passa verdade quando o que estás fazendo, tem histórico e referência, acho que no nosso caso, ganhamos credibilidade pela nossa passagem na música baiana, pelo que já contribuímos, pelas experiências vividas, pelo registro das nossa canções e enquanto a conseguir, Já é.

5) Podemos afirmar que a grande experiência de Pierre Onássis aliado à união de seus integrantes é o segredo do sucesso do grupo ?

Acho que ajuda muito, é o que falei anteriormente, porém, selecionamos bons músicos, capazes de traduzir essa essência que queríamos, músicos que já navegaram no universo afro e isso tudo contribui muito.


Créditos: Dean Freeman

6) Como vocês conseguiram assimilar a saída, no auge da banda, de Jauperi que estava bastante afinado com esse projeto?

Naturalmente, a Vixe Mainha conseguiu se destacar, pela sua postura musical, pela sua comunicação audio visual, pelo seu empenho em levar uma boa música para o povo e já independia de um membro isoladamente, é claro que fortalece nosso histórico, mas não devemos ser unipotentes, os empresários, os divulgadores, as parcerias, tudo isso fica onde, agente esquece?

7) Com letras bem elaboradas, um som diferente e músicas suingadas vocês conseguiram se consagrar no cenário musical. Essa sempre foi a proposta da banda ?

Sim, esse era nosso maior desafio, estabelecer um padrão de qualidade sem ser distante e nem muito refinado, simples como café com pão e adorado como o beija-flôr.

8) Fale pra gente como ficou o DVD de vocês e um pouco mais sobre o mais recente trabalho do grupo.

Com as mudanças, decimos grava o dvd em maio ou junho, em Salvador, que também será CD.

9) Quais os próximos passos do Vixe Mainha dentro da música ?

A gravação do DVD , como disse, retornamos os nossos ensaios, à partir de julho no pelurinho e levar o Vixe Mainha a uma visibilidade nacional ampla e continuar representando a Bahia e sua magia, tão querida por todos.

10) Deixe um recado final para toda galera que curte o som de vocês.

A banda afro do Brasil, deseja paz no coração e que agente se reencontre o mais rápido, pra trocar energia, pra falar de amor, pra ir ao topo do mundo, cheira a flôr do desejo, cantar a Mama Àfrica, afinal de contas, O nosso amor já é.


Créditos: Dean Freeman

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