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Espacial
Tom: C
Intro: C    C7    Am    G    F    G    G7
Solo:
E|-------8-7-5-----------5--------------------------------------
B|-8-7-8-------8-6-5---5---8-6-5-----------7-5------------------
G|-------------------8-----------7-5-4-5-------7-5-5-4---4-5-7--
D|---------------------------------------7-------------7--------

E|-------8-7-5-----------5-------------------------------------------
B|-8-7-8-------8-6-5---5---8-6-5-----------7-5-----------------------
G|-------------------8-----------7-5-4-5-------7-5-5-4---4-5-7--5-4-5
D|---------------------------------------7-------------7-------------
C            C7  Am
Olha para o céu: tira teu chapéu
   F             G     G7
Pra quem fez a estrela nova - que nasceu
C            C7     Am
Traz o teu sorriso novo espacial
   F              G       G7     C    C7
Pra quem fez a estrela artificial
   Am               C    G            E7
Eu sei que agora a vida deixa de ser vã
              A7
Pois há mais luz na avenida
           Dm
E mais um astro na manhã
      Fm                        Em            A7
Quem volta do seu campo,ao sol poente, vem dizer
          D7                        G
Que a estrela é diferente e faz o trigo aparecer
(refrão)
C            C7   Am
Olha para o céu: tira o teu chapéu
      F           G     G7
Pra quem fez a estrela nova - que nasceu
C              C7      Am
Não é pra São Jorge, nem pra São João
     F            G     G7     C
Pois não é outra lua e não é balão
G                         C
Quem mora no Oriente não vai se incomodar
    A7                       Dm
Ao ver que no Ocidente a estrela quer passar
     Fm                    Em         A7
Não há mais abandono nem reino de ninguém.
      D7                    G
Se a terra já tem dono, no céu ainda não tem
                          C
Por isso vem; deixa o cansaço, apressa o passo
         G
E vem correndo pro terraço e abre os braços
                    C
Para o espaço que houver
             F            Fm             Em
Quem não quiser deixar a terra em que vivemos
       A7          Dm          G
Pelos astros onde iremos vai ouvir
         C  C7         F
Ver e contar tantas estrelas
         Fm            Em               A7         Dm7
Quantas forem nossas naves, noutros mares mais suaves
   C           C
A voar, voar, voar.
( C    C7    Am  F    G   G7    C )
(refrão)

         

Baihuno
Tom: G
Intro: G    D    C    D7
G                        D
Ja que o tempo fez-te a graca de visitares
   C            D7
O norte,leva noticias de mim
G                  D
Diz aqueles da provincia,que ja me viste
    C                       D7
A perigo,na cidade grande enfim
G                   D
Conta aos amigos doutores,que abandonei
    C                      D7
A escola,pra cantar em cabares
C                  G
Baioes,Barbaros,Baihunos,com a mesma
        C                                 G
Dura ternura que aprendi na estrada e em Tche
C               D                       C
Ah metropole violenta,que exterminas miseraveis,
                     D7
Negros parias teus meninos
C                      D                      C                       D
Mais uma estacao do inferno,Babilonia,Dante eterno,a Minas outros destinos
C                 G                           C                        D7
Conta aquela namorada,que vai ser sempre meu ceu ,mesmo se eu virar estrela
C                     G                       C                            D7
Que aquelas botas de couro,combinam com meu cabelo,ja tao grandes quanto o dela
Bb                  C                        C                         D
E no que toca a familia,da-lhe um abraco apertado,que todos possam embarcar
C                G                        C                      G
Fora da lei,procurado,me convem familia unida,contra quem me rebelar?
C                 D                     C                  D7
Cai o muro de Berlim,cai sobre ti,sobre mim,nova ordem mundial
  C                   D                          C                    D
Camisa de forca e de venus,ha quem compraria ao menos o velho gozo animal
G                        D                    C              D7
Ja que o tempo fez-te a graca de visitares o norte,leva noticias de mim
G               D                         C                        D7
O cara caiu na vida ,vendo seu mundo tao certo,assim tao perto do fim
G                 D                          C                   D7
Da flores ao comandante ,que um dia me dispensou ,do servico militar
C                      G                       C                           G
Ah, quem precisa de herois,feras que matam na guerra e choram na volta ao lar
C                  D                   C                       D7
Genios do mal tropicais,poderosos,bestiais,vergonhas de mae gentil
      C                   D                    C                       D
Fosse eu ,Chico,Gil e Caetano encantaria todo Fano,os anais da gerra civil
C                    G                          C                         D7
Ao pastor de minha igreja,reza que esta ovelha negra,jamais vai ficar branquinha
C                     G                      C                        D7
Nao vendi a alma ao diabo,o diabo viu mal negocio,nisso de comprar a minha
Bb                   C                      C                          D
Se meu pai,se minha mae,se perguntarem sem jeito,onde foi que agente errou
C               G                         C                          G
Elogiando a loucura,e pondo me entre sonhadores,diz que o show ja comecou
C                 D                     C                       D7
Trogloditas,traficantes,neo-nazistas,farsantes,barbaria e devastacao
C                        D                         C                        D
O rinosseronte e mais decente,do que essa gente demente,do ocidente tao cristao
( G     D     C     G )
Balada de Madame Frigidaire
Tom: D
		 D                               A                    D
 Ando pós-modernamente apaixonado pela nova geladeira.
G                                                         D
Primeira escrava branca que comprei, veio e fez a revolução.
G                                                    D
Esse eterno feminino do conforto industrial injetou-se em minha veia, dei bandeira!
A                                                                D
e ao por fé nessa deusa gorda da tecnologia gelei de pura emoção!
D                             A                        D
Ora! desde muito adolescente me arrepio ante empregada debutante.
G                                                                      D
Uma elétrica doméstica então... Que sex-appeal! Dá-me o frio na barriga!
G                                                                       D
Essa deusa da fertilidade, ready made a la Duchamp, já passou de minha amante
A                                                                      D
Virou super-star, a mulher ideal, mais que mãe, mais que a outra... Puta amiga!
G                                                      D
Mister Andy, o papa pop, e outro amigo meu xarope se cansaram de dizer:
G                                                              D
Pra que Deus, Dinheiro e Sexo, Ideal, Pátria, Família pra quem já tem frigidaire?
A                                                         D
É Freud, rapaziada! Vir a cair na cantada dum objeto mulher.
A                                                                 D
Eu me confundo, madame! E a classe média que mame se o céu, a prazo, se der!
D                           A                                   D
Que brancorno abre e fecha sensual dessa Nossa Senhora Ascéptica!
G                                                           D
Com ela eu saio e traio a televisão, rainha minha e de vocês.
G                                                              D
Dona frigidaire me come... But no kids double income! Filho compromete a estética!
A                                                                D
Como Edipo-Rei momo, como e tomo tudo dela... Deleites da frigidez!
D                                A                      D
Inventores de Madame Frigidaire, peço bis! Muito obrigado!
G                                                       D
Afinal, na geladeira, bem ou mal, pôs-se o futuro do país.
G                                                        D
E um futuro de terceira, posto assim na geladeira, nunca vai ficar passado.
A                                                                      D
Queira Deus que no fim da orgia, já de cabecinha fria, eu leve um doce gelado!
G                                                      D
Mister Andy, o papa pop, e outro amigo meu xarope, se cansaram de dizer:
G                                                                   D
- Pra que Deus, Dinheiro e Sexo, Ideal, Pátria, e Família pra quem já tem frigidaire?
A                                                          D
É Freud, rapaziada! Vir a cair na cantada dum objeto mulher...
A                                                                                 D
Mas que trocadilho infame! La vraie Ballade des Dames du Temps Jadis... au contraire!
Chega de Saudade
Tom: Dm
Dm       Dm/C     B°                 Bbm6  A7/b13        Dm7              Eb7/9
 Vai mi—nha   tristeza e diz a e----la    que     sem ela não pode ser
Dm7      E7/9-   Am7                 Bb6
Diz-lhe numa prece que ela regresse
              A7                 A7/b13
Porque eu não posso mais sofrer
Dm     Dm/C     B°         Bbm6  A7/b13        D7/9              D7/9
Chega de    saudade, a realidade é   que   sem  e----la  não há paz
     Gm7     A7/b13            Dm                      Dm/C                 B°
Não há beleza é  só                 tristeza e a melancoli------a que não sai de mim, não
Bbm6  A7/b13          Dm    Em7  A7/13
sai de mim,        não sai
D6/9      B7/9        E7/9                E7
    Mas se ela voltar        (se ela voltar)
          A4/7/9    A7/9                F°        D6/F#
Que coisa linda,               que coisa lou-----ca
                F°                Em7
Pois há menos peixinhos a nadar   no mar
      E7/9                           A4/7/9        A7/9-
Do que os beijinhos que eu darei na sua bo------------ca
D6/9   Bm7        E7/9       F#7/9
Entro dos meus braços os abraços
 Bm7       Bbm7       Am7    D7/9         G7M                Gm7/9
Hão de ser milhões de abraços a--------pertado assim, colado assim
  F#m7/9       B7/13      B7/13b  E7/9                  A4/7/9              F#7/13   F#7/b13
Calado assim, abraços e bei---------ji-----nhos  e carinhos sem ter fim
          B7/9       B7/9-  E7/13
Que é pra acabar com esse negócio
      E7/b13    A4/7/9            D6/9
De você                   viver sem mim
C7/9          B7/9 B7/9-           E7/9           A4/7/9              D6/9
        Não quero mais    esse     negócio de você             longe de mim
 C7/9     B7/9      B7/9-      E7/9             A4/7/9          D6/9
Vamos deixar       desse    negócio de você           viver sem  mim
Ter Ou Não Ter
Tom: D
Intro: C D C D C D
          D            C          G           C
Quando eu vim para a cidade,eu ganhava minha vida
               D         C           D
Ave-passaro cantando,na noite do cabare,e era mais
            C             G            C
pobre do que eu a mulher com quem dividia,dia,noite
       D         C             D     Bm
Sol e cama,cobertor,quarto e cafe.
D                   C                    G
O nordeste e muito longe,e a saudade e cidade e muito
    D                  C           D     C               D
Violenta,pra quem nao tem pra onde ir,a noite nunca tem fim
                      C           G            D
O meu canto tinha um dono e esse dono do meu canto,pra me
               G          C          D  Bm
explorar me queria sempre bebado de gim
                   C                             G
O patrao do meu trabalho,era um tipo de maos apressadas
                   D          C                 D
Em roubar,derramar sangue,de quem e fraco e inocente
          ~        C               G          D                       C                     D
Tirava o pao das mulheres,suor de abracos noturnos,confiante que o dinheiro vence infalivelmente
                  C             G          D   C                   D    C                  G
Ele ganhava as meninas com seu jeito de bonito,a roupa novinha em folha,cravo vermelho na mao
         C        D             D          G                D         C              G         D
Charuto aceso na boca e bolsa cheia de promessas,de que um dia entregaria a qualquer uma o coracao
                           C             G                 C                      D
Mas noite e vida e vida e jogo e jogo e sorte e a sorte e varia,coisa muito complicada
   C                D
O amigo tem ou nao tem
         D                C                           D              C           D       C
Quem nao tem sucesso ou grana,tem que ter sorte o bastante para escapar salvo e sao das balas
                 D
De quem lhe quer ter.
                       C          G              C                    D
Por isso eu fui ao navalha,falei com o papel de seda,malandros amigos meus
C                       D                     C          G             D             C
Que tinham vindo a mais tempo,deles aprendi a arte de conviver com o perigo,de respeitar
      D         C               D
Sem temer,qualquer especie de gente.
                   C            G            C                     D    C                  D
Contei tudo,eles iriam ver meu show a meia noite,falava a palavra amor,a letra da minha cancao
                 C       G                D      C                     D         C          D
O tipo sentado a mesa,rugia e amassava o cravo,sangue um golpe na garganta e um tiro no coracao
                    C                G             C                            D
Eu nao quero falar nada,eu quero e completar meu canto,pois sei que o show continua
     C           D                       C               G          D
Que continua o viver,mas e bom tomar cuidado,com quem entende do riscado HA HA
   C            D          C               D
To be or not to be, quer dizer ter ou nao ter   (3x)
( C D C D C D )
Como o Diabo Gosta
Tom: G
Intro: G D Em C G D
G	     C		G
Não quero regra nem nada
        D		Em
Tudo tá como o diabo gosta, tá,
C			G
Já tenho este peso, que me fere as costas,
C			D
e não vou, eu mesmo, atar minha mão.
C			G
Já tenho este peso, que me fere as costas,
C				Em
e não vou, eu mesmo, atar minha mão.
G	D		G       D
O que transforma o velho no novo
G           D           Em
bendito fruto do povo será.
C			D
E a única forma que pode ser norma
C	         Em
é nenhuma regra ter;
G     D          G     D
é       nunca  fazer
G              D          Em
nada que o mestre mandar.
G     D          G      D
Sempre desobedecer.
G       D      Em
Nunca reverenciar.
Baihuno
Tom: G
Intro: G    D    C    D7
G                        D
Ja que o tempo fez-te a graca de visitares
   C            D7
O norte,leva noticias de mim
G                  D
Diz aqueles da provincia,que ja me viste
    C                       D7
A perigo,na cidade grande enfim
G                   D
Conta aos amigos doutores,que abandonei
    C                      D7
A escola,pra cantar em cabares
C                  G
Baioes,Barbaros,Baihunos,com a mesma
        C                                 G
Dura ternura que aprendi na estrada e em Tche
C               D                       C
Ah metropole violenta,que exterminas miseraveis,
                     D7
Negros parias teus meninos
C                      D                      C                       D
Mais uma estacao do inferno,Babilonia,Dante eterno,a Minas outros destinos
C                 G                           C                        D7
Conta aquela namorada,que vai ser sempre meu ceu ,mesmo se eu virar estrela
C                     G                       C                            D7
Que aquelas botas de couro,combinam com meu cabelo,ja tao grandes quanto o dela
Bb                  C                        C                         D
E no que toca a familia,da-lhe um abraco apertado,que todos possam embarcar
C                G                        C                      G
Fora da lei,procurado,me convem familia unida,contra quem me rebelar?
C                 D                     C                  D7
Cai o muro de Berlim,cai sobre ti,sobre mim,nova ordem mundial
  C                   D                          C                    D
Camisa de forca e de venus,ha quem compraria ao menos o velho gozo animal
G                        D                    C              D7
Ja que o tempo fez-te a graca de visitares o norte,leva noticias de mim
G               D                         C                        D7
O cara caiu na vida ,vendo seu mundo tao certo,assim tao perto do fim
G                 D                          C                   D7
Da flores ao comandante ,que um dia me dispensou ,do servico militar
C                      G                       C                           G
Ah, quem precisa de herois,feras que matam na guerra e choram na volta ao lar
C                  D                   C                       D7
Genios do mal tropicais,poderosos,bestiais,vergonhas de mae gentil
      C                   D                    C                       D
Fosse eu ,Chico,Gil e Caetano encantaria todo Fano,os anais da gerra civil
C                    G                          C                         D7
Ao pastor de minha igreja,reza que esta ovelha negra,jamais vai ficar branquinha
C                     G                      C                        D7
Nao vendi a alma ao diabo,o diabo viu mal negocio,nisso de comprar a minha
Bb                   C                      C                          D
Se meu pai,se minha mae,se perguntarem sem jeito,onde foi que agente errou
C               G                         C                          G
Elogiando a loucura,e pondo me entre sonhadores,diz que o show ja comecou
C                 D                     C                       D7
Trogloditas,traficantes,neo-nazistas,farsantes,barbaria e devastacao
C                        D                         C                        D
O rinosseronte e mais decente,do que essa gente demente,do ocidente tao cristao
( G     D     C     G )
Antes Do Fim
Tom:  G  
Intro: 4x) D  C G 
	    G 
Quero desejar, 
C	    G 
antes do fim, 
C			G 
pra mim e os meus amigos, 
C                  	D 
muito amor e tudo mais; 
			G 
que fiquem sempre jovens 
C			G 
e tenham as mãos limpas 
C		G		C	G 
e aprendam o delírio com coisas reais. 
( C G ) (6x) 
( C D ) 
G	    C 
Não tome cuidado. 
			G 
Não tome cuidado comigo: 
		C 
o canto foi aprovado 
		G 
e Deus é seu amigo. 
		C 
Não tome cuidado. 
		G 
Não tome cuidado comigo, 
		C 
que eu não sou perigoso: 
	D		G 
Viver é que é o grande perigo 
( D  C G ) (3x) 
	  
Os Profissionais
Tom: C
Intro: 2x) F   C   G   C 
C
Onde anda o tipo afoito,que em 1 9 6 8
                 Dm                   G
Queria tomar o poder,hoje Rei da vasilina
                      G7
Correu de carrao pra China,so toma mesmo
    Dm                       C
Aspirina e ja nao quer nem saber
C
Flower,Power,que conquista mas eis que
                                  Dm
Chegou florista,cobrou a conta e sumiu
                  G
Amor, coisa de amadores,vou seguir-te
        G7                      Dm
Aonde f'lores,vamos la ex- sonhadores
                  C
A mamae que nos pariu!
C                       F     C                  F                            C
OH,L'age D'dor de ma jeunesse! Rimbaud,par delicatesse,a J'ai perdu tambem ma vie
C                  G                         G7                 C
Se ha vida nesse buraco,tropical que enche o saco,ao ser tao vil tao servil
                    C                                              Dm
E entao vencemos o crime,ja ninguem mais nos oprime,pastores,pais,leis e algoz
                     G                        G7                     Dm
Que bom voltar pra familia,viver a vidinha a pilha,yuppies sabor baunilha
              C                                                                         Dm
Era uma vez todos nos,dancei no po dessa estrada mas viva a rapaziada que berrava amor e paz
                  G                             G7                         Dm
Perdao,se perdi o pique,mas se a vida e um piquenique,basta um heroi de butique
                    C
Dos chiques profissionais
C                          F   C                    F    C                     G
I have a dream,my dream is over,guerrilha de Let'me lover,mire-se dolar que faz sol,esplim
          Dm                         G                      G7
susexo e poder,vim de banda e podes crer,muito jovem pra morrer e
                      C
Velho pro rock and r'oll           
( F  C  G  C ) (2x)
Monologo Das Grandezas Do Brasil
Tom: D

D 	  A          D    A          D     A                     D                   A 
Todo mundo sabe,todo mundo ve,eu tenho sido amigo da rale da minha rua,que bebe pra esquecer 
               D                       A                        D                       A 
Que a gente e fraco e pobre e vil,que dorme sob as luzes da avenida e humilhada e ofendida 
                                 A                     D                         A 
Pelas grandezas do Brasil,que jogam a miseria na esportiva,so pensando em voltar viva 
                    E       A  D 
Pro sertao de onde saiu. 
A          D                         A             D     A                           D 
Todo mundo sabe,principalmente o bom Deus que tudo ve,os homens vao dizer que vida e dura e 
                A                         D                   A            D 
Imcompleta,pra quem nao fez a guerra,nao quer vestibular,pra quem tem a carteira de terceira 
              A                D        A                      D                      A 
Pra quem nao fez o servico militar,pra quem amassa o pao da poesia,na limpeza e na alegria 
                  E 
Contra o lixo nuclear 
A          D                  A              D   A           D  A        D          E      A  D 
To numa metropole e o meu coracao nao pode parar,mas tambem nao pode sangrar eternamente 
A              D                 A                  D                   A              D 
Ta faltando emprego nesse meu lugar,eu nao tenho sossego eu quero trabalhar,ja pensei ate em 
             E 
Passar a fronteira. 
A              D                 A                  D                   A              D 
Ta faltando emprego nesse meu lugar,eu nao tenho sossego eu quero trabalhar,ja pensei ate em 
             E        A  D 
Passar a fronteira. 
A                     D                   A                      D                    A 
Eu vou pra Sao Paulo, Rio, Eldorado e Dalimar ,a estrada e uma estrela pra quem vai andar 
       D          A          D          A             D               A         D 
Ou nao nao,ou nao nao,ou nao nao,ou nao nao,ai ai que bom que bom que e ,a lua branca o 
                  A            D                   A           D                          A 
Cristao andando a pe,ai ai que bom, que bom se eu for,pes no riacho, agua fresca nosso senhor 
( D A D ) 
A              D                A                   D                  A                D 
Vou voltar pro norte semana que vem , DEUS ja me deu sorte mas tem um porem,nao me deu a grana 
         A        D  A  E  A 
Pra eu pagar o trem. 

 

E Que Tudo Mais Va Para o Céu
Tom: G
   G             Em            G           Em
Um dia voce me falou em Anda Luzia em Vaiadlli
   C           D                G    G7
Granada fica alem do mar na Espanha
   G                     ~ Em             G
Molhou em meu vinho seu pao e tambem me falou
                Em
Em coisas do Brasil
      C                   D               G   G7
O F M I Tom o poeta tombado na guerra civil
   G                 Em              G
O homem da maquina entao entao me falou
                    Em                   D
va embora poeta maldito  o teu tempo maldito
                G   G7
Tambem ja terminou
  G                 Em                 G
E eu fui embora sorrindo sem ligar pra nada
           Em              C
como vou ligar, para essas coisas
           D                 G      G7
Quando eu tenho a Alma apaixonada
          G                       Em                 G                      Em    C
Mas teu cabelo e mais negro que o negro da asa da grauna de um negro mais sutil preto como os
        D                      G          G7
Tipos pretos que compoem  a palavra anil
          G                       Em                 G                       Em   C
Mas teu cabelo e mais negro que o negro da asa da grauna de um negro mais sutil preto como os
        D                      G         G7 G Em C D G G7
Tipos pretos que compoem a palavra anil
     G                         Em                    G                     Em  C
E a noite eu entro no cinema escuro tecnicolor world vision daqueles de cowboy de que vale a
       D              G   G7
Minha boa vida de playboy
      G                 Em                     G                  Em
E eu compro este OPIO barato por duas gambias pouco mais mas como doi
        C                               G    G7
 Se eu entro num estadio e a solidao me roi
       G                  Em                          G
E eu quero mandar para o alto o que eles pensam em mandar
          Em
Para o beleleu
C            D            G       Em
E que tudo mais va para o ce e eu
       G                  Em                          G
E eu quero mandar para o alto o que eles pensam em mandar
         Em
Para o beleleu
C           D            G       Em
E que tudo mais va para o ce e eu
C           D           G       Em
E que tudo mais va para o ce e eu
C           D             G  D G
E que tudo mais va para o ceu.
Onde Jazz Meu Coração
Tom:  F  
Intro: F C F C F C 
F             C           Dm                      Bb              Gm          C 
Ei,senhor meu rei,do tamburim do ganza cante um cantar,forme um repente pra mim 
        F         C           Dm         F         Bb           Gm           C 
Aqui nordeste,um pais de esquecidos,humilhados,ofendidos e sem direito ao porvir 
        F          C          Dm                  Bb           C            F 
Aqui nordeste,sul-america do sono ,o reino do abandono,nao ha lugar pra onde ir 
       C           Dm                           Bb            Gm           C 
De Nashville pro sertao,se engane nao,tem muito chao,tem meu irmao,muito baiao 
          F       C               Dm                              Bb 
Em New Horleans,bandos de negros afins,tocam em bandas banjos,bandolins 
       C          F 
Aonde Jazz meu coracao 
    F         C      Dm                       Bb              Gm           C 
Em mim nesse canto daqui ,lugar comum como no assum azul do preto,o canto que faz cantar 
            F           C           Dm                     Bb          C        F 
Cresce e aparece,nessa vida eu me renovo,no canto o pio do povo,pio e preciso piar 
        F          C        Dm                              Bb                    Gm       C 
A minha voz rara taquara rachada,vem soul ,blues do po da estrada e canta o que a vida conven 
         F            C         Dm                     Bb                        F 
Sai direitinha da garganta desbocada mastigando nhame,nhame,cheinha de nhem,nhem nhem. 
(repete tudo) 
Lira Dos Vinte Anos
Tom: A
Intro: A D F#m E B D E A
A                D      F#m               E
Os filhos de Bob Dylan, clientes da Coca-cola
F#m            D
Os que fugimos da escola
F#m                E
Voltamos todos pra casa.
A          D
Um queria mandar brasa;
F#M          E
Outro ser pedra que rola...
F#m                  B
Daí o money entra em cena e arrasa
D               E                  A
E adeus, caras bons de bola!
D           C#m        E      A
Mamãe! como pôde acontecer?
D           E                Em         A
Ah! meu coração-lobo mau não aguenta!
D       C#m       E       A
...e andarmos apressados
                  B
Deu em chegar atrasados
                   D    E
Ao fim dos anos cinquenta!
(refrão)
A            D
Meu pai não aprova o que eu faço.
F#m             E
Tampouco eu aprovo o filho que ele fez.
A               D
Sem sangue nas veias, com nervos de aço,
F#m                     E
Rejeito o abraço que me dá por mês

 

Ypê
Tom: F#
Intro: F#   C#   Ebm   Ebm/C#   B   C#   F#   C#
  F#                         Ebm
Contemplo o rio que corre parado
        B                      C#
E a dançarina de pedra que evolui
        F#          C#     Ebm
Completamente sem metas, sentado
           G#7                       C#
Não tenho sido, eu sou não serei,nem fui
              F#         C#     Ebm
A mente quer ser mais querendo erra
               G#7                    C#
Pois só sem desejos é que se vive o agora
              F#  C#           Ebm
Vêde o pé de ypê apenasmente flora
 Ebm           B      C#             F#         C#   B   F#
Revolucionariamente apenso ao pé da serra
(repete tudo)
Momentos Roubados
Tom: Bm
 
Bm7	            Em7	                     Bm7 
Ouço o som de uma sirene? Num dueto antes do fim? 
       Em7 
Parar um sax assim? 
Bm7                    Em7           	          Bm7 
Entra sem pedir licença? Deus é o último a notar? 
       Em7   F#m7 
Que música dançar 
G7M             E/G#                  G/B                 Gm/Bb 
  O metrô que traz a sorte ?É sempre o próximo a chegar?Baby, a vida é 
D7M/A Ab7(#11) 
nada 
  G7M  	      F#m7      Em7        F#m7 
No azul dessa balada?   Minha deusa dê o tom? 
G7M                      G/A           A/B F/B 
Brinque com meu sexo a luz néon? 
              G/A	                                  Gm/A        F#/A 
Droga e som rolam no ar ?Ter que ser sentimental não é legal?No meu solo 
 B7(9)     G7M                               C7(9) 
atual   ?E não há maior jazz? Que gastar todo o meu gás? Com você 
Bm7 Em7 
baby 
Conheço o Meu Lugar
Tom: G
Intro: 	C D C D C D E 
	C D C D C D E
      G                           D
O que é que pode fazer o homem comum 
                                 Em
neste presente instante senão sangrar?
                             A
Tentar inaugurar a vida comovida, 
			   D4	D  D9
inteiramente livre e triunfante?
      G	                          D
O que é que eu posso fazer com a minha 
                     Em
juventude - quando a máxima saúde hoje 
         A         D4   D   D9
é pretender usar a voz?
      G
O que é que eu posso fazer - um simples 
      D
cantador das coisas do porão? (Deus fez 
	   Em
os cães da rua pra morder vocês que sob a 
        A
luz da lua, os tratam como gente - é 
                 D4   D   D9
claro! - a pontapés.)
         Em
Era uma vez um homem e seu tempo... 
           A
(Botas de sangue nas roupas de Lorca).
         Em
Olho de frente a cara do presente e sei 
           A
que vou ouvir a mesma história porca.
     G                        D
Não há motivo para festa: ora esta! Eu 
não sei rir a toa!
        Em
Fique você com a mente positiva que eu 
              A
quero a voz ativa (ela é que é uma boa!) 
                 Em
pois sou uma pessoa.
                A
Esta é minha canoa: eu nela embarco.
            Em
Eu sou pessoa!
                                  A
(A palavra "pessoa" hoje não soa bem - 
pouco me importa!)
G                                  D
Não! Você não me impediu de ser feliz!
                                    Em
Nunca jamais bateu a porta em meu nariz!
Ninguém é gente!
    A
Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca 
D4   D   D9
houve!
G                                  D
Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
                          Em
Não sou da nação dos condenados!
                           A
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem:
    D            G    Bm      C
Conheço o meu lugaaaaaaaaaaaaar! 4x
Jornal Blues (Canção Leve de Escárnio e Maldizer)
Tom: A
Intro: A7 E7/9 D7/9 C7/9 F#m7 B7/9 Bm7 E7 A7
A7                                           D7/9
Nesta terra de doutores, magníficos reitores, leva-se a sério a comédia!
A7                                                         D7/9
A musa-pomba do Espírito Santo - e não o bem comum! - Inspira o bispo e o Governante.
A7                                       D7/9
Velhos católicos, políticos jovens, senhoras de idade média,
A7                                                        D7/9
- sem pecado abaixo do Equador - fazem falta e inveja ao inferno de Dante.
A7                                                                 D7/9
Tão comum e tirar-se daqui qualquer coisa que eu também tiraria o chapéu a vontade.
A7                                                        D7/9
Aos cidadãos respeitáveis, donos de nossas vidas, pais e patrões do país.
A7                                                   D7/9
Mas em vez tiro o lenço... Não para enxugar, portuguesmente, a saudade...
           F#m                        B7/9                 Bm7 
Mas pra saudar num Ciao! Quem me expulsa de casa! Dar um “viva, 
             E7          A7 E7
excelência!” E tapar o nariz!
A7                                                   D7/9
Não, não quero contar vantagem mas já passei fome com muita elegância.
A7                                                            D7/9
E uns caras estranhos - ordens superiores! Já invadiram minha casa... Mas com muito respeito!
A7                                                 D7/9
Diabo de profissão! Ganhar com o suor de meu gosto o bendito pão e o gim das crianças!
A7                                                       D7/9
Noblesse oblige! Eu talvez seja o cara que você ama odiar, inimigo do peito!
A7                                                          D7/9
Cá em casa quem morre se torna querido, tido e havido por justo e inocente.
A7                                                                         D7/9
Mas pode ir tirando o cavalo da chuva que eu não vou nessa de morrer só para agradar vocês.
A7                                                            D7/9
Aluno mal comportado, pela regra da escola,devo ser reprovado...sumariamente
     F#m                             B7/9                     Bm7      E7  
Mas não faz mal. Deixo os louros ao poeta! Lauras e o que me importa! Quero 
               A7           E7
o meu dinheiro no fim do mês!
A7                                             D7/9
Mas que poeta idiota! Canções tão tocantes dão sempre uma nota raramente vulgar!
A7                                                    D7/9
Atentado à Moral e aos Bons Costumes, lapido diamantes, não falsos brilhantes.
A7                                                  D7/9
Kitsch elegante que te mente elegantemente! Oh! Abre alas que eu quero passar!
A7                                                                D7/9
There’s no business like soul business! There’s no Political solution, meus caros estudantes!
A7                                                 D7/9
Tá todo mundo comido, lavado, passado, bronzeado... Ora, muito obrigado!
A7                                                             D7/9
Só eu não venço na vida, não ganho dinheiro, não pego mulheres, não faço sucesso!
A7                                                     D7/9
O velho blues me diz que, ateu como eu, devo manter os modos e o estilo...Réu confesso!
     F#m                       B7/9                    Bm7           E7
Eles vão para a glória sem passar pela cama... Ou jesus não me ama ou não 
         A7             E7
entendo nada do riscado!
A7                        D7/9
Não toques esse disco! Não me beijes, por favor!
A7                                                D7/9
Meu professor de filosofia me dizia que eu viveria sempre adolescente
A7                                                              D7/9
Hoje, qualquer mulher, assim que me abandona, já me tem por durão, mesmo sabendo que mente.
A7                                            E7               D7/9
Desculpem! Infelizmente não sou à prova de som nem de amor...de amor...
   A7        E7        D7/9       A7         E7          D7        A7
de amor...de amor....de amor... de amor... de amor... de amor... de amor
F7     G7     A7     F7     G7     A7
     ieié ieié ieié               uôu!
Dandy 
Tom: D
Intro:  D A G 2X
D                   G
Mamae quando eu crescer
          A      D
eu quero ser artista
                  G                A
sucesso, grana e fama são o meu tesão
          G           A
Entre os bárbaros da feira
        G           A
Ser um réles conformista
    G                     A          D     
nenhum supermercado satisfaz meu coração
D                    G
Mamãe quando eu crescer 
          A     D
eu quero ser rebelde
se conseguir licença
G                    A
do meu broto e do patrão
    G                 A
Um Gandhi Dandy, um grande
      G          A
milionário socialista
        G                        A    D    G  A  D
de carrão chego mais rápido a revolução
D      A                    G    A         D
Ahhhh!   Quanto rock dando toque   tanto Blues
                  G                           A   
e eu de óculos escuros vendo a vida e mundo azul
G  A  D	 {2 vezes}
D                    G
Mamãe quando eu crescer
          A         D
eu quero ser adolescente
                 G
No planeta juventude
                   A
haverá vida inteligente?
         G              A
Plantar livro, escrever árvores,
   G               A
criar um filho feliz,
     G                      A                D
Oportuno pra fazer de novo tudo o que eu já fiz
G   A   D  
D      A                    G    A         D
Ahhhh!   Quanto rock dando toque   tanto Blues
                  G                           A   
e eu de óculos escuros vendo a vida e mundo azul
G  A  D	{4 vezes}
Notícia de terra civilizada
Tom: E
        E      F#7/11/C#     E   E7   E
Era uma vez um cara do interior
         A    B7                 E
Que vida boa, água fresca e tudo mais
                   F#7/11/C#   E     E7   E
Rádio e notícia de terra civilizada
                A           B7
Entram no ar da passarada
        E
E adeus paz
 A         C/G    E
Agora é vencer na vida
    G#m7  Gm7   F#m7     B7           Bm7
O bilhete só de ida da fazenda pro mundão
  A   C/G             E
Seguir sem mulher nem filho
    G#m7      Gm7   F#m7      B7                 Bm7    E7
Oh! Brilho cruel do trilho do trem que sai do sertão
  A   C/G             E
Seguir sem mulher nem filho
    G#m7      Gm7   F#m7      B7                 E      G#
Oh! Brilho cruel do trilho do trem que sai do sertão
                  C#m        B7
Acreditou no sonho da cidade grande e,
                    A E   G#
Enfim, se mandou um dia
                     C#m
E vindo, viu e se perdeu
C#m7/B              B7               E7    A
Indo parar - que desgraça - na delegacia
          C/G     E           G#m7   Gm7   F#m7     B7
Lido e corrido, relembra um ditado esque...cido
                     Bm7       E7    A
"...antes de tudo um forte"
           C/G      E   G#m7    Gm7    F#m7    B7
(Com fé em Deus, um dia ganha a lote...ria,
               Bm7     E7    A
pra voltar pro Norte)
           C/G      E   G#m7    Gm7    F#m7    B7
(Com fé em Deus, um dia ganha a lote...ria,
               E
pra voltar pro Norte)
Até Amanhã
Tom: C

C       F/C
Até amanhã
     C         F/C     C         Am
Se o homem quiser - mesmo se chover
          D7        G7
Volto pra viver mulher
C        F/C
Até amanhã
C             F/C         C      Am
Se houver amanhã - se eu vir amanhã
          D7            G7
Mando alguém dizer como é
C        F
Acorda amor
   C       F      C     Am
O sono acabou, Maria Bonita
       D7      G7
Vem fazer o café
    C     F        C         F
O homem comum inda nem levantou
C        Am         D7 G7 C G/B Am C/G D/F#
Mas a policia já está de pé
       G7
Até amanhã
                 C        G/B
Se o homem quiser - mesmo se chover
            Am         C/G
Volto pra viver mulher
        D/F#
Até amanhã
                         G7
Se houver amanhã - se eu vir amanhã
                        C G/B Am C/G D/F#
Mando alguém dizer como é
F7+ C/E Dm7 G7 C
  
Objeto Direto
Tom: E
E7
Eu quero meu corpo bem livro do peso inútil da alma
                            Em7 D6/9 A7+ G7+ B/C#
Quero a violência calma de humanamente amar
   E7
Eu quero quebrar o quebranto do permitido e do proibido
                                Em7 D6/9 A7+ G7+ B/C#
E nego o que nega os sentidos direito e dom de gozar
F#m7              G#m7
A verdade está no vinho "In vino veritas"
F#m7                    G#m7
Que me faz gauche, anjo torto
F#m7                 G#m7       Em7 D6/9 A7+ G7+ B/C#
Que retempera o meu corpo nos pecados capitais
F#m7              G#m7 F#m7                  G#m7
Pois a pedra no sapato de quem vive em linha reta
F#m7             G#m7
É a sentença concreta
         B4/7 B7 B7/9 B7
Viver e brincar e pensar tanto faz
E7
Substantivo comum um infinito presente
               A7+                      B7
Este, objeto direto, reto, repleto, completo
                   E7
Presente, infinitamente
  
Medo de avião
Tom: G
G       D/F#       Em
Foi por medo de avião
           C                 D          G
Que eu segurei pela primeira vez na tua mão
             D/F#           Em
Um gole de conhaque, aquele toque em teu cetim
    C           D            G
Que coisa adolescente, James Dean
        D/F#       Em
Foi por medo de avião
           C                 D          G
Que eu segurei pela primeira vez na tua mão
                 D/F#       Em
Não fico mais nervoso, você já não grita
        C           D           G
E a aeromoça, sexy, fica mais bonita
        D/F#       Em
Foi por medo de avião
           C                 D          G
Que eu segurei pela primaira vez na tua mão
            D/F#        Em
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
       C             D                 G
Aquele toque Beatle, I wanna hold your hand
Fotografia 3x4
Tom: G
Intro: (G C) G/B A7 Am7
G                   C                        G
Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
                     C                G
Jovem que desce do norte pra cidade grande
                C                         G       C   G 
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
                     C     
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
                   G   C    A7  D7
e ver o verde da cana..nana iiiiiii
G                       C
Em cada esquina que eu passava
              G                     C 
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
  G                             C              C
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
                      C       G/B          A7
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
G                   C                    G     
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
                  C                       G
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
             C                         G              C G
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..nana iiiii
                   C  
Copacabana, zona norte
                 G               C  G/B A7 D7 G
e os cabares da Lapa onde eu morei
                   C                     D7
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
                   C                            D7
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
                        C
mas a mulher, a mulher que eu amei,
              G
não pode me seguir ohh não
                  C                                    D7
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
       C                           D7
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vem
            G
do norte e vai viver na rua
                    C                      G
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
                    C                 G
e pela dor eu descobri o poder da alegria
                     C     G/B   A7
e a certeza de que tenho coisas novas 
                D7
coisas novas pra dizer
            G              C
a minha história é ... talvez
                  G                         C
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
                     G
que no sul viveu na rua 
                  C                           G
e que andou desnorteado, como é comum no seu tempo
                  C                           G
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
                   C      G/B A7   D7      G
e que ficou apaixonado e violento como você
              D                C                 G
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
                               D  C          G
que me ouve agora. Eu sou como você. COmo Você.


Num país feliz
Tom: G
 G                   C
Ainda não se ouvia o ai do sabiá
        Em7/B   Am      G9    D/F#
E nem Jaci    sabia que ele assobiava lá
  G              C
O índio ia indo, inocente e nu
        Em7/B Am      G9      D/F#
E no cauim ninguém sentia a essência do caju
    C               D/F#
Não navegavam naus abaixo do equador
 C                                D/F#
Aqui sem sonhos maus, não há anhanguá,
nem cruz nem dor
    G              C
E o índio ia indo, inocente e nu
             Em7/B    Am       G9     D/F#
Sem rei, sem lei, sem mais, ao som do sol
e do uirapuru
    G               C
Não navegavam naus abaixo do equador
          Em7/B  Am    G9  D/F#
E à terra chã, tupã descia sem pam de tambor
 C                   D/F#
Ainda não se ouvia o dó das juritis
  C                           D/F#
E eu já sonhava com a cor e o tom de algum país
           G
Num país feliz
Hora do Almoço
Tom: D
D               D/C             G/B
   No centro da sala, diante da mesa
            Bbº                D
No fundo do prato comida e tristeza
           D/C                G/B
A gente se olha, se toca e se cala
          Bbº                      D
E se desentende no instante em que fala
(D D/C G/B Bbº ) 
Medo, medo, medo, medo, medo, medo
Cada um guarda mais o seu segredo,
A sua mão fechada, a sua boca aberta,
O seu peito deserto, a sua mão parada,
(D D/C G/B Bbº ) 
Lacrada, selada, molhada de medo
Pai na cabeceira, é hora do almoço
Minha mãe me chama, é hora do almoço
Minha irmã mais nova, negra cabeleira
(D D/C G/B Bbº ) 
Minha avó reclama, é hora do almoço
Moço, moço, moço, moço, moço, moço
Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
Que nos arrasta moço sem termos visto a vida
Pequeno Mapa do Tempo
Tom: A
Intro: E A E A F/G F#m A B F#m A E
          A                    G#m
Eu tenho medo e medo está por fora
                  A             G#m
O medo anda por dentro do meu coração
          A                    G#m
Eu tenho medo de que chegue a hora
                   A          G#m
Em que eu precise entrar no avião
          A               G#m
Eu tenho medo de abrir a porta
             A               G#m
Que dá pro sertão da minha solidão
           A             G#m
Apertar o botão: cidade morta
               A           G#m
Placa torta indicando a contramão
          A                    G#m
Faca de ponta e meu punhal que corta
                 D          G#m
E o fantasma escondido no porão
A B   A G#m  A           G#m A G#m
Medo, medo. Medo, medo, medo, medo
          A              G#m
Eu tenho medo de Belo Horizonte
          A              G#m
Eu tenho medo de Minas Gerais
          A              G#m
Eu tenho medo que Natal Vitória
          A            G#m
Eu tenho medo Goiânia Goiás
          A             G#m
Eu tenho medo Salvador Bahia
          A            G#m
Eu tenho medo Belém do Pará
          A                 G#m
Eu tenho medo Pai, Filho, Espírito Santo São Paulo
          A                    G#m
Eu tenho medo eu tenho C eu digo A
          A                   G#m
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife
          A                    G#m
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá
          A                   G#m
Eu tenho medo estrela do norte, paixão, morte é certeza
         D              G#m
Medo Fortaleza, medo Ceará
A G#m A G#m  A           G#m A G#m
Medo, medo. Medo, medo, medo, medo
          A            G#m
Eu tenho medo e já aconteceu
          A                  G#m
Eu tenho medo e inda está por vir
             A                G#m
Morre o meu medo e isto não é segredo
                 A           G#m
Eu mando buscar outro lá no Piauí
                   A                 G#m
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
               A                   G#m
Manda buscar outro, maninha, lá no Piauí
Divina Comédia Humana
Tom: F#m
Intro: A E
F#m                              G#m
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol
F#m                   A                   E
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
F#m                                        G#m
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
         F#m                     A                        E
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
F#m                                       G#m
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
         F#m                     A                       E
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual
   F#m                  
Deixando a profundidade de lado
                   G#m      
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
         F#m                   A                           E
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
    F#m                         G#m
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
 F#m                     A                 E
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
 F#m                                         G#m
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
          F#m                             A
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
    E
Eu canto
A Palo Seco 
Tom: G
Intro: G
                    Bm7
Se você vier me perguntar por onde andei 
    C                    D7
No tempo em que você sonhava 
G                     Bm7
De olhos abertos lhe direi 
  C               D7
Amigo eu me desesperava 
Em             A7
Sei que assim falando pensas 
            D                G  
Que esse desespero é moda em 76 
    C                A7
Eu ando um pouco descontente 
          D                    G
Desesperadamente eu falo português  (2x) 
          Bm7               C
Tenho 25 anos de sonho e de sangue 
      D
E de América do Sul 
     G                   Bm7
Mas por força do meu destino 
             C
Um tango argentino 
              D
Me cai bem melhor que um blues 
 Em            A7
Sei que assim falando pensas 
            D               G
Que esse desespero é moda em 76 
     C                     A7
Eu quero é que esse canto torto feito faca 
 D                  G
Corte a carne de vocês (2x)

 

Apenas um Rapaz Latino Americano 
Tom: E
Intro: E Gbm 7 Abm7 A B7

 

        E               Gbm7           Abm7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
     A                      B7               B7/4 B7
Sem parentes importantes e vindo do interior
       E                              Gbm7   
 Mas trago, de cabeça, uma canção do rádio
                      Abm7
 Em que um antigo compositor baiano me dizia
         A                B7/4   B7  (Bb7 na 2x)
 Tudo é divino, tudo é maravilhoso (Bis) 
A                    Abm7                      A                   Abm7
Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho
                      A                   Abm7 
Papo ,som dentro da noite e não tenho um amigo sequer
                A                               B7/4 B7  
E não acredite nisso, não, tudo muda e com toda razão 
        E               Gbm7           Abm7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
     A                      B7               B7/4 B7
Sem parentes importantes e vindo do interior
      E                  Gbm7 
 Mas sei que tudo é proibido aliás, eu queria dizer 
      Abm7                 A
 Que tudo é permitido até beijar você no escuro do cinema 
          B7/4       B7    (Bb7 na 2x)
 Quando ninguém nos vê (Bis) 
A                    Abm7                    A 
Não me peça que lhe faça uma canção como se deve
                  Abm7                      A
Correta, branca, suave, muito limpa, muito leve
                     Abm7                    A
Sons, palavras, são navalhas e eu não posso cantar como convém 
                  B7/4 B7
Sem querer ferir ninguém
     E                                Gbm7
Mas não se preocupe meu amigo com os horrores que eu lhe digo 
               Abm7           A 
Isso é somente uma canção, a vida, a vida realmente é diferente
                            B7/4 B7
Quer dizer, a vida é muito pior 
         E                Gbm7                Abm7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco
     A                                                   B7/4 B7 
Por favor não saque a arma no "saloon" eu sou apenas um cantor
  E                        Gbm7
 Mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar 
          Abm7                         A
 Mate-me logo, à tarde, às três, que à noite tenho um compromisso
                                  B7/4 B7  (Bb7 na 2x)
 E não posso faltar por causa de você  (Bis)
        E               Gbm7           Abm7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
     A                      B7               B7/4 B7
Sem parentes importantes e vindo do interior
     E                Gbm7                   Abm7
Mas sei que nada é divino, nada, nada é maravilhoso
                 A                     E
Nada, nada é sagrado, nada, nada é misterioso, não
Gbm7 Abm7 A E
Na na na na na na na na

 

Comentários a Respeito de John 
Tom: G
Intro: (C G) D7
    G       C      G                   C     G
R   Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
E                    C           A7 D7
F   Deixem que eu decida a minha vida
    G           C       G                  C      G
0   Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
1                         C        A7 D7
    Por que sei que bate lá meu coração
 C                          G
Sonho e escrevo em letras grandes (de novo)
 C              D7
Pelos muros do país
R   Bm       C     A7                  D7
E   João, o tempo andou mexendo com a gente sim
F   Bm            C 
    John, eu não esqueço (oh no, oh no) 
0   A7                       C  G    C  G    C  G  D7
2   A felicidade é uma arma quente, quente, quente (Introd./ Ref. 01)
 C                  G
Sob a luz do teu cigarro na cama
C                     D7
Teu rosto-rouge, teu batom me diz: Ref. 02

 

Como Nossos Pais 
Tom: Gbm
Intro: Gbm

 

      Gbm
Não quero lhe falar meu grande amor
      B7                            E
Das coisas que aprendi nos discos. Quero lhe contar como eu vivi
         A                    Gbm
E tudo que aconteceu comigo. Viver é melhor que sonhar
      B7                                          E
E eu sei que o amor é urna coisa boa, mas também sei 
                                                      A
Que qualquer canto é menor que a vida de qualquer pessoa 
                                           Bm7
Por isso cuidado meu bem há perigos na esquina 
 E                                        A
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens
                                             D
Para poder abraçar meu irmão e beijar minha menina, na rua
    E                                             A A7
É que se fez o meu lábio, o meu braço, e a minha voz
         D                     A
Você me pergunta pela minha paixão
                  D                          A
Digo que estou encantado com urna nova invenção
                    D                            A
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
                        D                          A
Pois vejo vir vindo no vento, o cheiro da nova estação
                     D                    E E7
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
        A                   D               A                   D
Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento gente jovem reunida
      A                         D               E
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
       A                    D                    A                D
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
       A                   D            A                   D
Ainda somos os mesmos e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos
             E     E7       
Como nossos pais  
       A                    D
Nossos ídolos ainda são os mesmos
       A               D               A
E as aparências não enganam não. Você diz que depois deles
D              E         E7      A
Não apareceu mais ninguém. Você pode até dizer
                  D               A                 D
Que eu estou por fora ou então que eu estou inventando
         A                             D
Mas é você que ama o passado e que não vê
     A                               D                     E
É você que é ama o passado e que não vê que o novo sempre vem
         A                      D
Hoje eu sei que quem me deu a idéia
                  A                D          A                  D
De uma nova consciência e juventude, está em casa guardada por Deus
            E 
Contado os seus metais
       A                    D                    A                D
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
       A                   D            A                   D
Ainda somos os mesmos e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos
             E     (E D A)       
Como nossos pais  

 

Coração Selvagem 
Tom: E
Intro: E Gbm E Gbm Am B7
     E                        Gbm                  Abm
Meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção
            Gbm                             Abm
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
                       Gbm          Am
Eu quero um gole de cerveja no seu copo
        B7
No seu colo e nesse bar
     E           Gbm                            Abm
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
                          Gbm                           Abm
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
                   Gbm               Am
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo 
        B7
Tenho pressa de viver
      E             Gbm                        Abm
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
                   Gbm                    Abm 
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
                    Gbm
Tempo para ouvir o rádio no carro
              Am                            B7
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
     E                                     Gbm            Abm
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
                Gbm                      Abm 
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
                 Gbm            Am
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem 
 B7
Tem essa pressa de viver
     E                               Gbm         
Meu bem, mas quando a vida nos violentar 
                                Am
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
                  Gbm                  Abm
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar
         Gbm
Meu coração cuidado é frágil;
      Am                    B7
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"
     E                          Gbm
Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
                      Abm                   Gbm
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
        Abm                       Gbm
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
      Abm                    Gbm
E arriscar tudo de novo com paixão
Am                         B7
Andar caminho errado pela simples alegria de ser
     E               Gbm                Abm
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo
             Gbm        E        Gbm      E  Gbm 
Vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem
    Am
Talvez eu morra jovem:
B7                         Am
Alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído
  B7                       E           (E Gbm Abm Gbm E)
Completará o meu destino, meu bem... Que outros chamam de baby

 

Espacial 
Tom: C
Intro: (C E7 Am7 G F Gbo G7)
C            E7  Am7
Olha para o céu: tira teu chapéu
   F             Gbo    G7
Pra quem fez a estrela nova - que nasceu
C            E7     Am7
Traz o teu sorriso novo espacial
   F              Gbo     G7     C E7
Pra quem fez a estrela artificial
   Am7             Am7/G Gbo          E7
Eu sei que agora a vida deixa de ser vã
              A7               
Pois há mais luz na avenida    
           Dm7
E mais um astro na manhã
      Fm                        Em            A7
Quem volta do seu campo,ao sol poente, vem dizer
          D7                        G
Que a estrela é diferente e faz o trigo aparecer
    C            E7   Am7
R   Olha para o céu: tira o teu chapéu
E         F           Gbo   G7
F   Pra quem fez a estrela nova - que nasceu
R   C              E7     Am7
à   Não é pra São Jorge, nem pra São João
O        F            Gbo   G7     C
    Pois não é outra lua e não é balão
G                         C
Quem mora no Oriente não vai se incomodar
    A7                       Dm7
Ao ver que no Ocidente a estrela quer passar
     Fm                    Em         A7
Não há mais abandono nem reino de ninguém.
      D7                    G
Se a terra já tem dono, no céu ainda não tem
                          C
Por isso vem; deixa o cansaço, apressa o passo
         G                             
E vem correndo pro terraço e abre os braços 
                    C
Para o espaço que houver
             F            Fm             Em
Quem não quiser deixar a terra em que vivemos
       A7          Dm7          G         
Pelos astros onde iremos vai ouvir 
         C  C7         F
Ver e contar tantas estrelas
         Fm            Em               A7         Dm7
Quantas forem nossas naves, noutros mares mais suaves
   C           C
A voar, voar, voar. (C E7 Am7 F Gbo G7 C) Refrão

 

Galos, Noites e Quintais 
Tom: E
Intro: A   E   (A  F#m)   E4/7   E
   E
Quando eu não tinha o olhar lacrimoso
     F#
Que hoje eu trago e tenho
  A7
Quando adoçava o meu pranto e o meu sono
       E                 E7
No bagaço de cana de engenho
E
Quando eu ganhava esse mundo de meu Deus
            F#
Fazendo eu mesmo o meu caminho
A7
Por entre as fileiras do milho verde que ondeiam
        E                    E7
Com saudades do verde marinho
    A
Eu era alegre como um rio
    F#m
Um bicho, um bando de pardais
          Bm7         E7
Como um galo, quando havia
              Bm7                 E7
Quando havia galos, noites e quintais
     A
Mas veio o tempo negro e a força fez
   F#m
Comigo o mal que a força sempre faz
     Bm7                    E7
Não sou feliz, mas não sou mudo
                     (A   F#m)  
Hoje eu canto muito mais

 

Paralelas 
Tom: D
Intro: D G/C G/B G/Bb D
           D              G/C             G/B            G
Dentro do carro, sobre o trevo a cem por hora, oh! meu amor
          D         G/C         G/B  G
Só tens agora os carinhos do motor
          D                 G/C            G/B 
E no escritório em que eu trabalho e fico rico
        G           DbO                   D
Quanto mais eu multiplico diminui o meu amor
                   DO                       D
Em cada luz de mercúrio vejo a luz do seu olhar
                   DO                        D
Passas praças, viadutos, nem te lembras de voltar
    D7M      D7    G
De voltar, de voltar
                                      DbO
No corcovado quem abre os braços sou eu
       D          D7M             D6
Copacabana esta semana o mar sou eu
           E/Ab                     G/Bb
Como é perversa a juventude do meu coração
           D            Eb                 D
Que só entende o que é cruel e o que é paixão
                    G/C              G/B
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
     G             D           G/C            G/B G
São duas estradas nuas em que foges do que é teu
          D             G/C              G/B
No apartamento, oitavo andar, abro a vidraça e grito
G                     G/Bb                  D7M
Grito quando o carro passa: teu infinito sou eu
     D7     G
Sou eu, sou eu

 

Pequeno Perfil de um Cidadão Comum 
Tom: Em
Intro: C D C D Em D Em B7

 

Em          Em7M           Em7                D
Era um cidadão comum como esses que se vê na rua
                                             Em
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
 C             Em/B          Am7           D
Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua (Introd.)
Em        Em7M        Em7                D
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
                                      Em
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
C                Em/B
Era um homem de bons modos:
  Am7                   D   C D C D Em
"Com licença; - Foi engano"
    Em               B7                      Em
R  Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
E                      B7                          Em
F  Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
R                    B7                      Em
à Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
O                         B7
   Que tem no fim da tarde a sensação 
                  C
   Da missão cumprida (Introd.)
Em             Em7M             Em7        D
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
                                        Em
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
    C           Em/B           Am7         D
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis (Introd.)
Em           Em7M         Em7                   D
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
                                                   Em
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
     C        Em/B              Am7            D 
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto 
(Introd./ Refrão)
Que a terra lhe seja leve

 

Todo Sujo de Batom 
Tom: D 
Intro: (D Gbm G D/Gb E7 A7/4 A7 D) 2x  

 

D                           Gbm
Eu estou muito cansado  do peso da minha cabeça
G                  D/Gb             
Desses dez anos passados (presentes)
   E7                       A7/4 A7
Vividos entre   o sonho e o som
    D                           Gbm
Eu estou muito cansado de não poder 
De não poder falar palavra
G                       D/Gb 
Sobre essas coisas sem jeito 
                     E7
Que eu trago em meu peito
                   A7/4 A7
E que eu acho tão bom
D                                  Gbm
Quero uma balada nova falando de brotos, de coisas assim
                       G                 
De money, de banho de lua, de ti e de mim
         E7        A7/4 A7
Um cara tão sentimental
D                   D7
Quero a sessão de cinema das cinco
        G               Gm            
Pra beijar a menina e levar a saudade 
      E7        A7/4 A7   D A7
Na camisa toda suja de batom

 

Tudo Outra Vez 
Tom: F
Intro: (F C) Dm Bb F C7
    F                          C           Dm7
Há tempo muito tempo que eu estou longe de casa
         Dm7/C            Bb      
E nessas ilhas cheias de distância 
                  C            F C7
O meu blusão de couro se estragou
  F                  C        Dm7 
Ouvi dizer num papo da rapaziada 
            Dm7/C                Bb
Que aquele amigo que embarcou comigo
              C                    F C7
Cheio de esperança e fé, já se mandou
    F                 C                 Dm7  
Sentado à beira do caminho pra pedir carona
       Dm7/C                 Bb          
Tenho falado à mulher companheira 
                  C        F                C7
Quem sabe lá no trópico a vida esteja a mil
     F                    C                 Dm7
E um cara que transava à noite no "Danúbio azul"
              Dm7/C                Bb    
Me disse que faz sol na América do Sul
                      C           F              F7
E nossas irmãs nos esperam no coração do Brasil
 Bb7
Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
   F                             F7
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
       C7
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
      F              F7   
De alguém sozinho a cismar
 Bb7
Gente de minha rua, como eu andei distante
        F                      F7
Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.
       C7
Minha normalista linda, ainda sou estudante
         F               Gb Db Ebm7 Ebm7/Db B7 Db
Da vida que eu quero dar
  Gb                Db            Ebm7
Até parece que foi ontem minha mocidade
                Ebm7/Db
Meu diploma de sofrer de outra Universidade
               Db7              Gb               Db7
Minha fala nordestina, quero esquecer o francês
  Gb                   Db                    Ebm7
E vou viver as coisas novas, que também são boas
                   Ebm7/Db            B7
O amor/humor das praças cheias de pessoas
                Db7              Gb Db Ebm7 Dm7/Db B7 Db7 Gb
Agora eu quero tudo, tudo outra vez

 

Velha Roupa Colorida 
Tom: G
Intro: Em
                       D
   Você não sente nem vê 
                        C                  G
R  Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo 
E                  D              C         G
F  Que uma nova mudança em breve vai acontecer 
R                    D               C
à  E o que há algum tempo era jovem novo 
O            G            D            C       Em
   Hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer 
        G                                 D
Nunca mais teu pai falou: "She's leaving home" 
                 C                G
E meteu o pé na estrada, "Like a Rolling Stone..." 
                              D
Nunca mais eu convidei minha menina 
                    C                            G
Para correr no meu carro...(loucura, chiclete e som) 
                                D
Nunca mais você saiu a rua em grupo reunido 
              C                        G
O dedo em V, cabelo ao vento, amor e flor, quero cartaz
                                    D
No presente a mente, o corpo é diferente 
                   C                       G
E o passado é uma roupa que não nos serve mais 
                                     D
No presente a mente, o corpo é diferente 
                   C                       Em   Refrão
E o passado é uma roupa que não nos serve mais 
      G                     D                         C
Como Poe, poeta louco americano, eu pergunto ao passarinho:
                              G
 Black bird, Assum Preto, o que se faz?" 
                                (D)
E raven never raven never raven 
                               C                       G
Assum Preto, black bird me responde: "Tudo já ficou atrás" 
                               (D)
E raven never raven never raven 
                                            C
Black bird, Assum Preto, Assum Preto me responde:
                  Em   Refrão
"O passado nunca mais" 
      D             C        Em 
E precisamos todos rejuvenescer (3x)

 

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