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Gaúcho da Fronteira Churrasco lá em Casa Tom: D Intro: D A7 D A7 D
A7 Os meus amigos outro dia desses D Me convidaram prá comer um churrasco A7 Botei as garras no meu pingo baio D Saí pelo atalho num bater de cascos
A7 Tinha churrasco de ovelha e gado D Tudo encordoado como faz a rima A7 E também tinha um tal de galeto D Deitado no espeto de pata prá cima
Bm F#m G A7 Muito obrigado D Vou bem contente arrastando a asa G Mas não se assustem, viu, meus amiguinhos D Que qualquer dia eu vou matar um bichinho A7 Se não der um eu mato dois ou três D E vou levar vocês prá comer lá em casa
"Eu sou um cara de muito bom coração e vou levar a indiada toda prá comer lá em casa. Churrasco gordo! Os apresentadores de rádio e de televisão. Vamos lá indiada."
A7 Tomei uns tragos de canha da pura D E um vinho bueno que jamais esqueço A7 Churrasco destes não há quem não morda D Uma costela gorda de lamber os beiços
A7 Passei a mão na minha oito soco D Toquei um pouco prá indiada escutar A7 E aproveitando aquela festa linda D Me lembrei ainda de lhes convidar
Bm F#m G A7 Muito obrigado D Vou bem contente arrastando a asa G Mas não se assustem, viu, meus amiguinhos D Que qualquer dia eu vou matar um bichinho A7 Se não der um eu mato dois ou três D E vou levar vocês prá comer lá em casa
"De fato, quero convidar os meus colegas, meus parentes, meus amigos, vizinhos, empresários, todo mundo. Juntos reunidos na mesma bolada. De verdade!"
A7 Sou índio pobre como você sabe D Só como carne na casa dos outros A7 E além disso sou meio acanhado D E mais desconfiado que cavalo torto
A7 Por isso mesmo que hoje lhes digo D Meus bons amigos ainda vou poder A7 Levar vocês que a amizade me apraga D Prá comer lá em casa com muito prazer
Bm F#m G A7 Muito obrigado D Vou bem contente arrastando a asa G Mas não se assustem, viu, meus amiguinhos D Que qualquer dia eu vou matar um bichinho A7 Se não der um eu mato dois ou três D E vou levar vocês prá comer lá em casa
"É isso mesmo, aproveitando a bolada, o churrasco já tá servido. É esse que tá do lado de fora da capa do disco. Vai te servindo que eu já venho.
Mário Barbará Mala de Garupa Tom: C
C G Nesta mala de garupa C Am Fumo em rama e um baralho Dm G Uma faca na bainha C Com a qual eu dou meus talhos G Vai num canto escondida C Am Uma ponta de saudade Dm Rapadura e erva mate G C E um bilhete prá cidade
Am Dm Lá no fundo guardo um sonho G C Desses que jamais vingou Am Dm Uma funda e uma isca G C Da pandorga o que sobrou F C Um punhado de caminhos F C E outras tantas geografias F G C Am Um pedaço de esperança Dm G C G,C Mais um tanto de alegria
C G Nesta mala de garupa C Am Fumo em rama e um baralho Dm G Uma faca na bainha C Com a qual eu dou meus talhos G Vai num canto escondida C Am Uma ponta de saudade Dm Rapadura e erva mate G C E um bilhete prá cidade
Am Dm Vai um sol já meio gasto G C E uma rosa esquecida Am Dm Um lugar onde refaço G C Meus estragos e feridas F C Dentro dela meus retalhos F C Meus amores, minhas lidas F G C Am Nesta mala de garupa Dm G C G,C Vai a vida, vai a vida
C G Nesta mala de garupa C Am Fumo em rama e um baralho Dm G Uma faca na bainha C Com a qual eu dou meus talhos G Vai num canto escondida C Am Uma ponta de saudade Dm Rapadura e erva mate G C E um bilhete prá cidade
Mário Barbará Desgarrados Tom: G
G Bm Em Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas Am D Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas D7 B7 Em Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas Am D G E são pingentes nas avenidas da capital
Bm Em Eles se escondem pelos botecos entre os cortiços Am D E prá esquecerem contam bravatas, velhas histórias D7 B7 Em Então são tragos, muitos estragos, por toda noite Am D G Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho
C D G Em Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade C D Viram copos, viram mundos, G C Mas o que foi nunca mais será D G C Mas o que foi nunca mais será D G C D7 Mas o que foi nunca mais será ... ah.
G Em Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso Am D Viravam brasas, contavam causos polindo esporas D7 B7 Em Geada fria,café bem quente, muito alvoroço Am D G Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos
C D G Jogo do osso, cana-de-espera e o pão de forno Am B7 Dm O milho assado, a carne gorda e a cancha reta C D G Em Faziam planos e nem sabiam que eram felizes Am D7 G Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.
Bm Em Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas Am D Viravam brasas, contavam causos polindo esporas D7 B7 Em Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas Am D G Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos
Bm Em Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso Am D Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas D7 B7 Em Geada fria, café bem quente, muito alvoroço Am D G E são pingentes nas avenidas da capital
C D G Jogo do osso, cana-de-espera e o pão de forno Am B7 Dm O milho assado, a carne gorda e a cancha reta C D G Em Faziam planos e nem sabiam que eram felizes Am D7 G Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.
Bm Em Eles se escondem pelos botecos entre os cortiços Am D E prá esquecerem contam bravatas, velhas histórias D7 B7 Em Então são tragos, muitos estragos, por toda noite Am D G Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho
C D G Em Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade C D Viram copos, viram mundos, G C Mas o que foi nunca mais será D G C Mas o que foi nunca mais será D G C D7 Mas o que foi nunca mais será ... ah G F G C D7 ah ah ah ah ah.
Canto Livre Baile de Candeeiro Tom: G
G D7 Camisa branca, lenço colorado G Umas botas novas, calças de riscado D7 E pelos cabelos muita brilhantina G Que tem bate-coxa no salão da esquina D7 E vou chegando meio ressabiado G Pelo lusco-fusco desse candeeiro D7 E no entreveiro busco a tal morena G Por quem me deixei assim enfeitiçado
D7 E já nos tocamos pro meio do baile G E mais uma volta e outra volta e meia D7 Toca mais um xote, mais uma vanera G Que eu mostro o meu valor D7 E eu me apeio pelo seu cangote G E o seu perfume me deixando tonto D7 Mais uma volteada que eu não abro mão G De quem é o meu amor.
G7 C Ah! Meu candeeiro D7 G Se apagas teu lume agora G7 C Eu pego essa flor de morena D7 Encilho meu pingo G E me vou mundo afora.
Os Serranos Baita Macho Tom: A
A E Amarrei o cavalo no tronco A Entrei no baile chutando o capacho A7 D E E já senti no olhar das velhas e suspiro das moças A Mas que baita macho
E Mas que baita macho A Mas que baita macho
E E fui dançar com a mulher mais linda A Nos apertamos de cima prá baixo A7 D E Ela parou no meio da sala e me puxou no pala A Mas que baita macho
E Mas que baita macho A Mas que baita macho
E Tirei a gaita da mão do gaiteiro A Toquei um xote de atolar nos baixos A7 D E Os mais valentes se desmunhecaram e então cantaram A Mas que baita macho
E Mas que baita macho A Mas que baita macho
E Larguei a gaita e peguei minha prenda A E o salão que veio a baixo A7 D E O mulherio se escabelou, todo salão cantou A Mas que baita macho
E Mas que baita macho A Mas que baita macho
E Peguei a mão da minha morena A Ela de mão no meu barbicacho A7 D E E lá na estrada a gente escutava o povo que cantava A Mas que baita macho
E Mas que baita macho A Mas que baita macho
Boi Barroso Tom: A
A D Meu boi barroso ai A Meu boi pitanga E O teu lugar ai A É lá na canga
Eu mandei fazer um laço E Do couro do jacaré
Prá laçar meu boi barroso A Num cavalo pangaré
Eu mandei fazer um laço E Do couro da jacutinga
Prá laçar meu boi barroso A Lá na costa da restinga
A D Meu boi barroso ai A Meu boi pitanga E O teu lugar ai A É lá na canga
Meu cavalo malacara E Tem andar de saracura
Não tropeça e nem se espanta A Viajando em noite escura
Hoje é dia de rodeio E De churrasco e chimarrão
Venho ver a gauchada A Reunida no galpão
Bombacha Preta Tom: D
D A7 A velha bombacha preta que eu uso D Está russa e desbotada A7 Ninguém vai acreditar se eu contar D Quantas vezes foi lavada A7 Se é noite de fandango vou com ela D Se é dia de carreira vou também A7 Levaria um ano inteiro prá contar D Os remendos que ela tem
G A7 Cada favo da bombacha D Representa uma vitória A7 Os remendos são resquiços de saudade D Que carrego na memória
A7 A velha bombacha preta que eu uso D Nos fundilhos desbotou A7 Das esfregas do suor da potrada D Que este quera já domou A7 A velha bombacha preta que eu uso D No joelho está furada A7 De servir de cavalinho pros piás D E alguma china mimada
G A7 Cada favo da bombacha D Representa uma vitória A7 Os remendos são resquiços de saudade D Que carrego na memória
A7 A velha bombacha preta eu comparo D Com a minha própria vida A7 Estropeado pelos anos vou seguindo D Sempre de cabeça erguida A7 A bombacha desbotou e tem remendos D Estou velho e enrugado pela idade A7 De lutar pelos mesmos ideais D Paz, amor e liberdade.
G A7 Cada favo da bombacha D Representa uma vitória A7 Os remendos são resquiços de saudade D Que carrego na memória
Os Serranos Bugio da Fronteira Tom: A
A Ronca o bugio de Lagoa D E Vacaria e serra abaixo Mas esse veio da fronteira A Com chapéu de barbicacho D A De bombacha e alpargata E A E gaiteiro de oito baixo D A De bombacha e alpargata E A E gaiteiro de oito baixo A7 D Se te pego bugio eu te toso A Te tosando te tiro o cartaz E E te largo de cola erguida A E a cachorrada de atrás O bugio, bicho atrevido D E Se chegou com manha de sancho Com olhar de sorro manso A E as garras de baita carancho D A Se escondeu da cachorrada E A E foi bater lá no meu rancho D A Se escondeu da cachorrada E A E foi bater lá no meu rancho A7 D Se te pego bugio eu te toso A Te tosando te tiro o cartaz E E te largo de cola erguida A E a cachorrada de atrás O bugio fez reviria D E No meu galpão de campanha Desde o varal de morcilha A Ao velho tacho de banha D A Se empanturrou com meu charque E A E se afogou na minha canha D A Se empanturrou com meu charque E A E se afogou na minha canha A7 D Se te pego bugio eu te toso A Te tosando te tiro o cartaz E E te largo de cola erguida A E a cachorrada de atrás E depois se foi ala cria D E Satisfeito e batendo no bucho E gritando se alguém achou ruim A Pode vim que eu aguento o repuxo D A E quem visse via o capeta E A Disfarçado de gaúcho D A E quem visse via o capeta E A Disfarçado de gaúcho A7 D Se te pego bugio eu te toso A Te tosando te tiro o cartaz E E te largo de cola erguida A E a cachorrada de atrás
Neto Fagundes Canto Alegretense Tom: C
C G Não me perguntes onde fica o Alegrete C C7 Segue o rumo do seu próprio coração F G C Am Cruzarás pela estrada algum ginete Dm G C E ouvirás toque de gaita e violão
G Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde C C7 Ou quem vem de Uruguaiana de manhã F G C Am Tem o sol como uma brasa que ainda arde Dm G C Mergulhado no Rio Ibirapuitã
G C Ouve o canto gaucheso e brasileiro G C C7 Desta terra que eu amei desde guri F G C Am Flor de tuna, camoatim de mel campeiro Dm G C Pedra moura das quebradas do Inhanduy
G E na hora derradeira que eu mereça C C7 Ver o sol alegretense entardecer F G C Am Como os potros vou virar minha cabeça Dm G C Para os pagos no momento de morrer
G E nos olhos vou levar o encantamento C C7 Desta terra que eu amei com devoção F G C Am Cada verso que eu componho é um pagamento Dm G C De uma dívida de amor e gratidão
Cenair Maicá Canto dos Livres Tom: C
C G Se meu destino é cantar, eu canto C Am Meu mundo é mais que chorar, não choro Dm A vida é mais do que um pranto, é um sonho G C Como marquise sonoro G Hay os que cantam destinos de amores C Am Por conveniência agradando os senhores Dm Mas os que vivem a cantar sem patrão G C Tocam nas cordas do seu coração
C7 F Quem canta refresca a alma G C Cantar adoça o viver Am Dm Assim eu vivo cantando G C Prá aliviar meu padecer
G Quisera um dia cantar com o povo C Am Um canto simples de amor e verdade Dm Que não falasse em misérias nem guerras G C Nem precisasse clamar liberdade
C7 F No cantar de quem é livre G C Hay melodias de paz Am Dm Horizontes de ternura G C Nesta poesia de andar
G Quisera ter a alegria dos pássaros C Am Na sinfonia do alvorecer Dm De cantar para anunciar quando vem chuva G C E avisar que já vai anoitecer G E ao chegar a primavera com as flores, C Am Cantar um hino de paz e beleza Dm Longe da prisão dos homens, da fome G C Prá nunca cantar tristeza
C7 F Quem canta refresca a alma G C Cantar adoça o viver Am Dm Assim eu vivo cantando G C Prá aliviar meu padecer
Os Serranos Capão de Mato Tom: A
A E Capão de mato com linda e verde grama A Lugar que o angico e o cedro fazem morada E E olha a mutuca tira o rabo em tempo quente A E onde o vivente sempre encontra boa aguada A7 D Capão de mato tráz abrigo contra o tempo E A Dos temporais e dos dias de sol a pino D A É verde mina de goiaba e de pitanga E A Berço da canga que eu fiz para o brasino D A É verde mina de goiaba e de pitanga E A Berço da canga que eu fiz para o brasino
E Capão de mato onde o pinheiro se levanta A E a sua taça oferece ao criador E O brinde pleno de ternura e de pureza A Frente à grandeza de tão raro explendor A7 D Capão de mato que me deu cabo de relho E A Me deu palanque, porteira, casa e galpão D A Deu alegria de fazer por vez primeira E A Numa clareira, sapecada de pinhão D A Deu alegria de fazer por vez primeira E A Numa clareira, sapecada de pinhão
A E Capão de mato segurança da peonada A De no inverno encontrar a proteção E Queimando lenha, grimpa e nó-de-pinho A Devagarinho no velho fogo de chão A7 D Capão de mato onde o molito se esconde E A Onde o sabiá canta versos com entono D A Eu só espero que jamais haja ganância E A De lá na estância perturbarem o teu sono D A Eu só espero que jamais haja ganância E A De lá na estância perturbarem o teu sono
Leonardo Céu, Sol, Sul Tom: G
G Eu quero andar nas coxilhas C G Sentindo as flexilhas das ervas do chão B7 Em Ter os pés roseteados de campo A7 D7 Ficar mais trigueiro que o sol de verão G C Fazer versos cantando as belezas B7 Em Desta natureza sem par C G E mostrar para quem quiser ver D7 G Um lugar prá viver sem chorar C G E mostrar para quem quiser ver D7 G Um lugar prá viver sem chorar
É o meu Rio Grande do Sul C G Céu, sol, sul, terra e cor C G Onde tudo que se planta cresce D7 G E o que mais floresce é o amor
Eu quero me banhar nas fontes C G E olhar o horizonte com Deus B7 Em E sentir que as cantigas nativas A7 D7 Continuam vivas para os filhos meus G C Ver os campos florindo e crianças B7 Em Sorrindo felizes a cantar C G E mostrar para quem quiser ver D7 G Um lugar prá viver sem chorar C G E mostrar para quem quiser ver D7 G Um lugar prá viver sem chorar
É o meu Rio Grande do Sul C G Céu, sol, sul, terra e cor C G Onde tudo que se planta cresce D7 G E o que mais floresce é o amor
Chamamento Tom: A
A E Sou petiço da esperança D A Na carreira da verdade D A Sou a fé do homem do campo E Que se foi lá prá cidade A E Sou velhas recordações D A De um taura assanhado D A Chamado pé de valsa E A Riscando nesse bailado
E Sou história do faz de conta D A Que fala de realidade D A Sou a boca do minuano E Soprando muita saudade A E Sou fogo de chão pro gaiteiro D A Que se agarra sempre ao passado D A Lembrando de muitos bailes E A Batendo nesse ponteado
E Sou canto do quero-quero D A Chamamento campeiro D A Prá manter o atavismo E Deste garrão brasileiro A E Sou grito do meu reponte D A Se perdendo pela estrada D A Sou pedido de um retorno E A D A D A Sou eco de uma chamada
Os Mirins Doce Amargo do Amor Tom: A
A E Me dê um chimarrão de erva boa A Que o doce desse amargo me faz bem A7 D O amargo representa uma saudade A E A E A E o doce o coração que ela não tem
E Cevei meu mate no romper da aurora A Chamei a china prá matear comigo A7 D Nem desconfiava que ela fora embora A E A E esta saudade hoje é meu castigo
A E Me dê um chimarrão de erva boa A Que o doce desse amargo me faz bem A7 D O amargo representa uma saudade A E A E A E o doce o coração que ela não tem
E No fim da tarde nada me consola A Tomo um amargo disfarçando a dor A7 D Largo o porongo e pego na viola A E A Canto saudade pro meu grande amor
Berenice Azambuja É disso que o velho gosta Tom: A
A E7 Eu sou um peão de estância A Nascido lá no galpão E7 E aprendi desde criança A A honrar a tradição D Meu pai era um gaúcho
Que nunca conheceu luxo Bb E7 Mas viveu folgado enfim
E quando alguém perguntava
O que ele mais gostava A O velho dizia assim
E7 Churrasco e bom chimarrão A Fandango, trago e mulher E7 É disso que o velho gosta A É isso que o velho quer
E7 E foi assim que aprendi A A gostar do que é bom E7 A tocar minha cordeona A Cantar sem sair do tom D Ser amigo dos amigos
Nunca fugir do perigo Bb E7 Meu velho pai me ensinou
Eu que vivo a cantar
Sempre aprendi a gostar A Do que meu velho gostou
E7 Churrasco e bom chimarrão A Fandango, trago e mulher E7 É disso que o velho gosta A É isso que o velho quer
Dante Ledesma Grito dos Livres Tom: Am
Am E7 Quando os campos deste sul eram mais verdes Am Índios pampeanos que habitavam o lugar G7 Am Foram mesclando com a raça do homem branco Dm E7 Recém chegado de querências além mar Am E7 E o novo ser que se formou miscigenado Am Virou semente, germinou e se fez povo G7 Am E um grito novo ecoou no continente Dm E7 A Lembrando a todos que esta terra tinha dono
E7 Enquanto o gaúcho for visto no pampa D A Enquanto essa raça teimar em viver C#7 F#m O grito dos livres ecoará nesses montes B7 E7 Buscando horizontes libertos na paz A E7 No grito do índio, o grito inicial D A Com cheiro de terra no próprio ideal C#7 F#m De amor à querência liberta nos pampas D E7 Am Gerada em estampas do próprio ancestral
E7 A nova raça cresceu e traçou limites Am Que bem demarcam a extensão dos ideais G7 Am E o mesmo povo hoje repete o grito Dm E7 Alicerçado nas raízes culturais Am E7 A liberdade não tem tempo nem fronteiras Am O homem livre não verga e não perde o entono G7 Am Vai repetindo a todos num velho grito Dm E7 A Passam os tempos mas a terra ainda tem dono
E7 Do grito do índio, aos gritos atuais D A Há cheiro de terra nos próprios ideais C#7 F#m De um povo sofrido, ereto em vontade B7 E7 De escrever liberdade nos seus memoriais A E7 Enquanto o gaúcho for visto no pampa D A Enquanto essa raça teimar em viver C#7 F#m O grito dos livres ecoará nesses montes B7 E7 Buscando horizontes libertos na paz A E7 Enquanto o gaúcho for visto no pampa D A Enquanto essa raça teimar em viver C#7 F#m O grito dos livres ecoará nesses montes D E7 A D A Buscando horizontes libertos na paz
Grupo Raiz Nativa Limpa Banco Tom: Am Intro: Am E7 Am
E7 Fui num baile no planalto Am Que anunciava ser do bom D Am Anarquia se fazia E7 Am Desde a porta até o balcão G C Fui de bota cano alto G C Que a cobra não é mansa Dm Am Nestes bailes no planalto E7 Am Dm Am E7 Am Quem não toca sempre dança
E7 Mal e mal cheguei na porta Am Encontrei um ex-cunhado D Am Que entre prosas e notícias E7 Am Me assuntou num cochichado G C Não entendo esse mundo G C Eu nunca pedi fiado Dm Am E dizem que lá no fundo E7 Am Eu devo prá todo lado Dm Am E dizem que lá no fundo E7 Am G C Eu devo prá todo lado
G Abre a gaita seu gaiteiro C Me despacha um Vanerão F C Que é preciso um limpa-banco G C Prá ajeitar a situação F C Que é preciso um limpa-banco G C G C G C E7 Am Prá ajeitar a situação
E7 O porteiro do fandango Am Rugia como um leão Dm Am Anunciando para o povo E7 Am A nova resolução G C Devido às dificuldades G C Da vintenária direção Dm Am Foi imposto para todos E7 Am Dm Am E7 Am Uma tal consumação
E7 Como a crise anda osca Am Só entrei porque furei Dm Am Pelas vias indiretas E7 Am Foi o jeito que eu achei G C Mas no peso da consciência G C Repensei e fui prá rua Dm Am Me juntei com a maioria E7 Am Mas o baile continua Dm Am Me juntei com a maioria E7 Am G C Mas o baile continua
G Abre a gaita seu gaiteiro C Me despacha um Vanerão F C Que é preciso um limpa-banco G C Prá ajeitar a situação F C Que é preciso um limpa-banco G C G C G C E7 Am Prá ajeitar a situação
Menino Potro Tom: G
G D7 Dorme menino à luz do luar C G A luz dos teus olhos tão cedo apagou D7 Dorme menino, quem há de velar C G D7 G Teu corpo, teu sonho que não se fará?
C G D7 G Te encontras na estrela que vejo brilhar?
C G B7 Em Menino potro, dorme, descansa D Am D7 não há mais campos prá ti C G B7 Em Menino potro, dorme, descansa D D7 G não há mais campos prá ti
D7 Sol vem depressa prá lhe aquecer C G Pois nele agora o que mora é o frio D7 Mar ele foi procurar teus segredos C G D7 G E chega em teus braços, assim feito um rio
C G D7 G Irá nessa nuvem que vejo passar?
C G B7 Em Menino potro, dorme, descansa D Am D7 não há mais campos prá ti C G B7 Em Menino potro, dorme, descansa D D7 G não há mais campos prá ti
D7 Vento Aragano, quebrou-se o encanto C G Não pode o menino escutar o teu canto D7 Chuva maneira que lava os caminhos C G D7 G Será que o menino passeia sozinho
C G D7 G ou busca seu baio nas trilhas do céu?
C G B7 Em Menino potro, dorme, descansa D Am D7 não há mais campos prá ti C G B7 Em Menino potro, dorme, descansa D D7 G não há mais campos prá ti
Mercedita Tom: Am
Am Dm QUE DULCE ENCANTO TIENEN G7 C TUS RECUERDOS MERCEDITA Am E7 AROMADA, FLORECIDA Am AMOR MIO DE UNA VEZ
A7 Dm LA CONOCI EN EL CAMPO Am ALLA MUY LLEJOS UNA TARDE E7 DONDE CRECEN LOS TRIGALES Am PROVINCIA DE SANTA FÉ
E7 Y ASI NACIÓ NUESTRO QUERER Am CON ILUSION, CON MUCHA FÉ E7 PERO NO SE PORQUE LA FLOR Am SE MARCHITÓ Y MORIENDO FUÉ
Am E7 Y AMANDOLA CON LOCO AMOR Am ASI LLEGUE A COMPRENDER E7 LO QUE ES QUERER, LO QUE ES SUFRIR Am PORQUE LE DI MI CORAZON
Dm COMO UNA QUEJA ERRANTE G7 C EN LA CAMPINA VA FLOTANDO Am E7 EL ECO VAGO DE MI CANTO Am RECORDANDO AQUEL ADIOS
A7 Dm PERO APESAR DEL TIEMPO Am TRANSCURRIDO ES MERCEDITA E7 LA LEYENDA QUE HOY PALPITA Am EN MI NOSTALGICA CANCION
E7 Y ASI NACIÓ NUESTRO QUERER Am CON ILUSION, CON MUCHA FÉ E7 PERO NO SE PORQUE LA FLOR Am SE MARCHITÓ Y MORIENDO FUÉ
Am E7 Y AMANDOLA CON LOCO AMOR Am ASI LLEGUE A COMPRENDER E7 LO QUE ES QUERER, LO QUE ES SUFRIR Am PORQUE LE DI MI CORAZON
Os Mirins Morena Rosa Tom:E Obs: cada verso deve ser cantado duas vezes.
E B7 Olha o tranco da morena Rosa E Rebocada de rouge e baton
E A B7 Machucando a vanera, à sua maneira E Bombeando pro chão
B7 Na penumbra do rancho costeiro E Polvadeira à meia costela
E A B7 O gaiteiro entonado, floreava o teclado E E bombeava prá ela
E B7 Olha o tranco da morena Rosa E Rebocada de rouge e baton
E A B7 Machucando a vanera, à sua maneira E Bombeando pro chão
B7 O perfume da morena rosa E Dá vontade da gente pegar
E A B7 Apesar de gaviona, escuta a cordeona E E começa a se espiar
E B7 Olha o tranco da morena Rosa E Rebocada de rouge e baton
E A B7 Machucando a vanera, à sua maneira E Bombeando pro chão
B7 O semblante da morena rosa E Lua cheia de felicidade
E A B7 Quanto mais sarandeia o corpo incendeia E De tanta vontade
E B7 Olha o tranco da morena Rosa E Rebocada de rouge e baton
E A B7 Machucando a vanera, à sua maneira E Bombeando pro chão
Leonardo Morocha Não Tom: Am Intro: Am E7 A G D E7 A G D E7 A
A Bugio que grita no mato E7 Quer chumbo diz o ditado
Ouvi um qüera largado A Gritando em uma canção F Que as regras prá.um ser humano A São as mesmas dos animais E7 Que trata que nem baguais A Maneando patas e mãos
50 64 62 E7 Decerto e um destes qüeras A Criado pelas barrancas E7 Manunciador de potrancas A Sem freio no linguajar A7 D Não aprendeu que um gaúcho A Não faz da prenda um capacho E7 E que os deveres de um macho A É proteger e amar.
A E7 Morocha não, respeito sim A Mulher é tudo, vida e amor A7 D Quem não gostar, que fique assim A E7 A Grosso, machista e barranqueador
Em vez de usar um pelego E7 Use o arreio ternura
Enlace pela cintura A Jogue fora o maneador F Só mesmo um bicho do mato A Criado pelas macegas E7 Pode tratar como égua A Quem nos dá vida e amor.
50 64 62 E7 Decerto e um destes qüeras A Criado pelas barrancas E7 Manunciador de potrancas A Sem freio no linguajar A7 D Não aprendeu que um gaúcho A Não faz da prenda um capacho E7 E que os deveres de um macho A É proteger e amar.
A E7 Morocha não, respeito sim A Mulher é tudo, vida e amor A7 D Quem não gostar, que fique assim A E7 Grosso, machista e barranqueador A E7 Morocha não, respeito sim A Mulher é tudo, vida e amor A7 D Quem não gostar, que fique assim A E7 Grosso, machista e barranqueador
Negrinho do pastoreio Tom: A
A Negrinho do pastoreio E Acendo essa vela prá ti
E peço que me devolvas A A querência que eu perdi
Negrinho do pastoreio A7 D Traz a mim o meu rincão Dm A Eu te acendo essa velinha E A Nela está meu coração
E Quero rever o meu pago D A E A Coloreado de pitanga E Quero ver a gauchinha D A E A Brincando na água da sanga A7 D Quero trotear nas coxilhas Dm A Respirando a liberdade E Que eu perdi naquele dia D A E A Que me embretei na cidade
Negrinho do pastoreio A7 D Traz a mim o meu rincão Dm A A velinha está queimando E A Aquecendo a tradição.
O Bugio Tom: A
A E Aqui é o Rio Grande onde o Brasil termina A E o sol se enclina prá dizer-lhe adeus E Onde a butuca tira o boi do mato A E neste fato muito ensina a Deus E Onde o Uruguai com sua voz mais pura A Doce murmura canta o chão de paz E Trocando ondas pelo pampa rubro A Flores e frutos vai deixando atrás
E A É do Brasil essa paisagem C#7 F#m Tropel imposta pela coragem D A É brasileiro este bugio E A Que vem pro palco em desafio
E Onde os pilinchos sempre zombeteiros A Cantam brejeiros dos maracujás E E a garça branca de um açude à beira A Pousa faceira entre os caraguatás E Onde os carapichos sobre as barranqueiras A Horas inteiras fingem meditar E Quando anoitece e a perdiz afoita A Procura a moita prá se agasalhar
E A É do Brasil essa paisagem C#7 F#m Tropel imposta pela coragem D A É brasileiro este bugio E A Que vem pro palco em desafio
E Aqui onde o homem olha o horizonte A Sem que reponte e mesmo nem se olhar E Campereando pela imensidade A A liberdade leva em seu sonhar E Onde o chimarrão vai correndo a roda A Como é a moda ainda no galpão E E o índio vago de avançada idade A Canta saudade do seu coração
E A É do Brasil essa paisagem C#7 F#m Tropel imposta pela coragem D A É brasileiro este bugio E A Que vem pro palco em desafio
Prenda Minha Tom: A
A E7 Vou-me embora, vou-me embora prenda minha A Tenho muito que fazer E7 Tenho de parar rodeio prenda minha A No campo do bem querer E7 Tenho de parar rodeio prenda minha A No campo do bem querer
E7 Noite escura, noite escura prenda minha A Toda noite me atentou E7 Quando foi de madrugada prenda minha A Foi-se embora e me deixou E7 Quando foi de madrugada prenda minha A Foi-se embora e me deixou
E7 Troncos secos deram frutos prenda minha A Coração reverdeceu E7 Riu-se a própria natureza prenda minha A No dia em que o amor nasceu E7 Riu-se a própria natureza prenda minha A No dia em que o amor nasceu
Leonardo Tertúlia Tom: C
C Uma chamarra G Uma fogueira E Uma chinoca Am Uma chaleira F Uma saudade C Um mate amargo G C E a peonada repassando o trago 10 21 23 20 21 32 20 30 Noite cheirando à querência 32 43 30 42 43 40 C Nas tertúlias do meu pago
G Tertúlia é o eco das vozes C Perdidas no campo afora G Cantiga brotando livre C Novo prenúncio de aurora E Am É rima sem compromisso F C Julgamento ou castração G Onde se marca o compasso C No bater do coração
C Uma chamarra G Uma fogueira E Uma chinoca Am Uma chaleira F Uma saudade C Um mate amargo G C E a peonada repassando o trago 10 21 23 20 21 32 20 30 Noite cheirando à querência 32 43 30 42 43 40 C Nas tertúlias do meu pago
G É o batismo dos sem nome C Rodeio dos desgarrados G Grito de alerta do pampa C Tribuna de injustiçados E Am Tertúlia é o canto sonoro F C Sem fronteira ou aramado G Onde o violão e o poeta C Podem chorar abraçados
Trem da Fronteira Tom: C
C G Depois de todo ritual C Que empeçou na madrugada G Solavancos e paradas C Bufando que nem bagual C7 F O apito dá sinal G C Como um grito de largada
G C Tilem tileco trotezito balançado G Esse trem vem da fronteira C Ninguém viaja sossegado
G Vindo lá de Uruguaiana C Alegrete Quaraí G Com Livramento e Rosário C Se encontra no Cacequi C7 F Prá formar um só rodeio G C Cá na terra da Imembuí C7 F Prá formar um só rodeio G C Cá na terra da Imembuí
G C Tilem tileco trotezito balançado G Esse trem vem da fronteira C Ninguém viaja sossegado
G Tem um gaudério C Que prepara o seu palheiro G O pessoal seca o gaiteiro C Que toca bem animado C7 F Não reclama da distância G C Só quem viaja acompanhado C7 F Não reclama da distância G C Só quem viaja acompanhado
G C Tilem tileco trotezito balançado G Esse trem vem da fronteira C Ninguém viaja sossegado
G Já te pego, já te largo C Vem tomar um mate amargo G Lá no meio do caminho C tem galinha enfarofada C7 F Que a velha fez com carinho G C Prá cada estação da estrada C7 F Que a velha fez com carinho G C Prá cada estação da estrada
G C Tilem tileco trotezito balançado G Esse trem vem da fronteira C Ninguém viaja sossegado
G Depois da boca do monte C Finalmente vem chegando G Já cruzou toda a fronteira C Pegou leite em Guilhermando C7 F E o pessoal vai comentando G C Como é longe Uruguaiana C7 F E o pessoal vai comentando G C Como é longe Uruguaiana
G C Vagões de gente, vagões de gado G É o trem da fronteira C Chegando atrasado G C Vagões de gente, vagões de gado G É o trem da fronteira C Chegando atrasado G C Vagões de gente, vagões de gado C7 F É o trem da fronteira G C Chegando atrasado