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Os Serranos Merceditas Tom: Em
Em Am D7 G Que dulce encanto tienen tus recuerdos merceditas Em B7 Em Aromada, florecita amor mio de una vez Em Am D7 G La coneci en el campo allá muy lejos una tarde Em B7 Em Donde crecen los trigales província de Santa Fé
Em B7 Em (Y así nacío nuestro querer com ilusión, com mucha fé B7 Am G B7 Em Pero no sé porque la flor se marchitó y morriendo fué Em B7 Em Y amandola con loco amor así llegué a comprender B7 Am G B7 Em Lo que es querer, lo que es sufrir porque le di mi corazón)
Em Am D7 G Como una queja errante en la campiña vá flotando Em B7 Em El eco vago de mi canto recordando aquel adiós Em Am D7 G Pero apesar del tiempo transcurrido es Mercedita Em B7 Em La leyenda que hoy palpita en mi nostalgica canción
Os Serranos Veterano Tom: Em
Em Am Esta finando meu tempo D7 Em A tarde encerra mais cedo Am Meu mundo ficou pequeno B7 Em E eu sou menor do que penso
Am O bagual tá mais ligeiro D7 G O braço fraqueja às vezes B7 Em Demoro mais do que quero B7 Em Mas alço a perna sem medo
E7 Am Se encilho cavalo manso D7 Em Mas boto laço nos tentos Am Se a força falta no braço B7 Em Na coragem me sustento
Am Se lembro o tempo de quebra D7 G A vida volta prá trás B7 Em Sou bagual que não se entrega B7 Em Assim no mais
Am Nas manhãs de primavera D7 Em Quando vou parar rodeio Am Sou menino de alma leve B7 Em Voando sobre o pelego
Am Cavalo do meu potreiro D7 G Mete a cabeça no freio B7 Em Encilho no parapeito B7 Em Mas não ato nem maneio
E7 Am Se desencilho o pelego D7 Em Cai no banco onde me sento Am Água quente e erva buena B7 Em Para matear em silêncio
Am Se lembro o tempo de quebra D7 G A vida volta prá trás B7 Em Sou bagual que não se entrega B7 Em Assim no mais
Am Neste fogo onde me aquento D7 Em Remoo as coisas que penso Am Repasso o que tenho feito B7 Em Para ver o que mereço
Am Quando chegar meu inverno D7 G Que me vem branqueando cedo B7 Em Vai me encontrar venda aberta B7 Em MDe coração estreleiro
E7 Am Muy carregado dos sonhos D7 Em Que habitam o meu peito Am Sei que irão morar comigo B7 Em No meu novo paradeiro
Am Se lembro o tempo de quebra D7 G A vida volta prá trás B7 Em Sou bagual que não se entrega B7 Em Assim no mais
E7 Saí da minha fazenda A E me soltei pelo pago E7 Hoje tenho uma gaúcha A Para me fazer afago D E quando vier o piazito
Para enfeitar nosso ninho Bb E7 Mais alegria vou ter
E se ele me perguntar
Do que se deve gostar A Como meu pai vou dizer
E7 Churrasco e bom chimarrão A Fandango, trago e mulher E7 É disso que o velho gosta A É isso que o velho quer
Os Serranos Meu Sistema Tom: D Obs: Cada verso deve ser cantado duas vezes
D A7 Uso esporas só prá dançar chula D Pois meu pingo é ligeiro demais
G D Das morenas lá da minha terra A7 D Sou patrão e não sou capataz
A7 No churrasco sempre levo a faca D Mais afiada que língua de sogra
G D Só não corto o espeto e o osso A7 D Porque da costela o sabor não me logra
A7 Carreirada eu ganho no atar D Pois matungo eu conheço nos dentes
G D Em bolicho e rancho de china A7 D Volta e meia fe faço presente
A7 Cachorro bom acoa até zorilho D É verdade, bem diz o ditado
G D Eu só danço com moça bonita A7 D Mas não deixo as feias de lado
A7 Meu sistema de vida é assim D Bem alegre, tristeza não há
G D Nos fandangos que tocam os serranos A7 D Certamente me encontro por lá
Os Serranos Engarupado Tom: A
A E A Engarupado eu saí no upa upa E A Engarupado com a prenda na garupa A E A Engarupado eu saí no upa upa E A Engarupado com a prenda na garupa
E A Engarupado atravessei campo e rio E A Engarupado prá dançar este bugio E A Engarupado atravessei campo e rio E A Engarupado prá dançar este bugio
A E A Engarupado Eu cheguei batendo mango E A Engarupado prá dançar este fandango A E A Engarupado Eu cheguei batendo mango E A Engarupado prá dançar este fandango
E A Engarupado Eu saí a campo a fora E A Engarupado prá querência fui-me embora E A Engarupado Eu saí a campo a fora E A Engarupado prá querência fui-me embora
Eu Só Peço a Deus Tom: G
G D7 G Eu só peço a Deus C Bm Am Que a dor não me seja indiferente G D7 Que a morte não me encontre um dia C Bm Em Solitário sem ter feito o que queria
G D7 G Eu só peço a Deus C Bm Am Que a injustiça não me seja indiferente G D7 Pois não posso dar a outra face C Bm Em Se já fui machucado brutalmente
G D7 G Eu só peço a Deus C Bm Am Que a guerra não me seja indiferente G D7 É um monstro grande e pisa forte C Bm Em Toda pobre inocência dessa gente
G D7 G Eu só peço a Deus C Bm Am Que a mentira não me seja indiferente G D7 Se um só traidor tem mais poder que um povo C Bm Em Que este povo não se esqueça facilmente
G D7 G Eu só peço a Deus C Bm Am Que o futuro não me seja indiferente G D7 Sem ter que fugir desenganado C Bm Em Prá viver uma cultura diferente
Gauchinha Bem-Querer Tom: G
G Am D7 Rio Grande do Sul G E7 Am Vou-me embora sem amor D7 G E7 Am Vou-me embora do Rio Grande D7 G7 E7 Vou tão só com a minha dor Am Eb Vou levar a lembrança comigo G Em De um amor que de olhares nasceu G D7 De um amor que depressa floriu
Mas tão cedo morreu. G Am D7 Rio Grande do sul G E7 Am Eu um dia voltarei D7 G E7 Am Prá rever o meu Guaíba D7 G7 E7 Prá rever meu bem-querer Am Eb E depois se ela ainda quiser G Em Só nós dois a sonhar e a sorrir Am Rio Grande do Sul D7 G Vou chorar ao partir D7 Vou-me embora, vou-me embora prenda minha G Gauchinha bem-querer
Os Serranos Vanerão da Noite Inteira Tom: A
A E A Chora uma gaita num fandango de galpão E A A7 E a gauchada no embalo do vanerão D A E a gauchada no embalo do vanerão E A Chora uma gaita num fandango de galpão
E A Eu vim aqui prá cantar um vanerão E A A7 E ver a prenda dona do meu coração D A E ver a prenda dona do meu coração E A Eu vim aqui prá cantar um vanerão
E A Vamos dançar minha gente um vanerão E A A7 A noite inteira dê-le gaita e violão D A A noite inteira dê-le gaita e violão E A Vamos dançar minha gente um vanerão
E A Eu quero ver todo mundo no salão E A A7 Prá ver quem dança mais bonito o vanerão D A Prá ver quem dança mais bonito o vanerão E A Eu quero ver todo mundo no salão
E A De madrugada os velhinhos tão cansados E A A7 Querem dançar um vanerão mais compassado D A Querem dançar um vanerão mais compassado E A De madrugada os velhinhos tão cansados
E A No fim do baile me despeço e vou-me embora E A A7 A trotezito no meu pingo estrada afora D A A trotezito no meu pingo estrada afora E A No fim do baile me despeço e vou-me embora
Os Serranos Que Saudade Tom: G
G Que saudade que saudade D7 Que vontade de te ver
Eu jamais imaginava G Nem pensava em te perder
Quantos momentos de vida D7 Alucinados de amor
Vivemos tanto carinho G Desconhecidos da dor
Hoje retorna em meu peito D7 Essa angústia essa tristeza
Porque eu tenho certeza G Que já não me queres mais B7 Em Nosso amor só foi promessa B7 Em Nos momentos de ternura B7 Parecia uma loucura Em Era o mundo em nossas mãos C Por tão pouco separados G E a saudade em mim guardada D7 Teu amor foi quase nada G Era um mundo de ilusão.
G Que saudade que saudade D7 Que vontade de te ver
Eu jamais imaginava G Nem pensava em te perder
Os Serranos Rastro do Bugio Tom: E
E O bugio que eu canto agora B7 É crioulo de Lagoa
O patrão anda dizendo E Que este bicho é coisa boa
O lombo desse bugio E7 A Queria que o patrão visse E Tem sete dedo de graxa B7 E E oito de sem-vergonhice
B7 Onde está, bugio? Onde está? E Onde está que não te acho? B7 Não sei se foi rio acima E Ou se bandiou prá rio abaixo
B7 Onde está, bugio? Onde está? E Onde está que não te acho? B7 Prá dançar este bugio E Tem de ser qüera bem macho
"Isto é que é bugio de Lagoa Vermelha, moçada!"
O bugio num dia desses B7 Disfarçado de zurrilho
Bateu lá na minha roça E E me levou um eito de milho
O bugio não deixa rastro E7 A Refuga caminho torto E Se a cachorrada lhe bate B7 E Se deita e finge de morto
Sistema Antigo Tom: E
E Um pouco de saudade lá do meu rincão B7 Um gesto de carinho da gaúcha amada
Um toque de cordeona e um bom chimarrão E E um cuera paxolento prá contar cueradas
B7 E Êra, êra boi B7 E Tempo feliz que muito longe vai B7 E Êra, êra boi B7 E No velho rancho do meu velho pai
Antigamente se carneava um boi A B7 Se convidava toda a vizinhança
Era uma festa de violão e gaita E Lá pelas tantas começava a dança A E a gauchada pela noite afora E Fazia farra até o romper da aurora
B7 E Êra, êra boi B7 E Tempo feliz que muito longe foi B7 E Êra, êra boi B7 E Tempo feliz que muito longe foi
Quem se criou pelo sistema antigo A B7 Cá na cidade vive inconformado
E quando encontra um gaúcho amigo E Fala de tudo que lembra o passado A Canta saudade num gorgeio triste E Lembrando um tempo que já não existe
B7 E Êra, êra boi B7 E Tempo feliz que muito longe foi B7 E Êra, êra boi B7 E Tempo feliz que muito longe foi
Só Restou Tom: Em
Em B7 Das carretas sobraram rodados Em Enfeitando o jardim dos patrões B7 Nos museus, os arreios quebrados Em Das tropeadas somente ilusões Am D G Dos gaúchos restou pelas vilas Am D7 Em O domingo de muitos galpões Am D7 G Apojando a quaiaca dos pilas B7 Em Sofrenando a má sorte aos peões
Am D7 G Só restou desta lenta agonia Am D7 G Distorcidas e mortas visões Am D7 Em Das peleias e dias de poesia B7 Em E os arpejos de tristes violões Am D7 G Só restou nos radinhos de pilha Am D7 Em Na garupa de surdas canções Am D7 G O centauro no altar das coxilhas B7 Em E o clichê que ainda causa emoções
Am Em Só restou só restou B7 Em Só restou só restou
Tempo de Guri Tom: A
A E Tenho saudade do meu tempo de guri A Quando cedinho eu saía prá escola E De calça curta, pé no chão e bem faceiro A Do lado esquerdo pendurado uma sacola B7 E E dentro dela meus livros para estudar D A E um bonezinho para poder jogar bola D A E na saída com minha namoradinha E A Pela estrada eu voltava bem paxola. D A E na saída com minha namoradinha E A Pela estrada eu voltava bem paxola.
B7 E Tenho saudade das tardes ensolaradas D A Ir para o campo jogar com meus amiguinhos E E nos domingos um ir prá casa do outro A Fazer bodoque prá caçar os passarinhos B7 E Tenho saudade de armar uma arapuca D A No arvoredo prá caçar o joão-barreiro D A Ver um lagarto melando uma lixiguana E A No pé de anjico lá no fundo do potreiro D A Ver um lagarto melando uma lixiguana E A No pé de anjico lá no fundo do potreiro
B7 E Tenho saudade de buscar água na fonte D A Para o meu velho preparar o chimarrão E Montar em pelo no meu petiço bragueado A Buscar as vacas de noitinha no galpão B7 E Infelizmente tudo ficou tão distante D A Porque hoje eu vivo no entrevero da cidade D A Só resta agora com os meus cabelos brancos E A Ir recordando prá não morrer de saudade D A Só resta agora com os meus cabelos brancos E A Ir recordando prá não morrer de saudade
Na Casa do Zé do Guincho Os Serranos Tom: G Intro: G D7 G
D7 Fui convidado prum baile rodeio e carreirada Am D7 G Na casa do Zé do Guincho com toda rapaziada G7 C Saí de casa bem cedo e o pingo eu encilhei G D7 G Andei duas horas e meia e lá na festa eu já cheguei Int. D7 Estavam carneando um boi pro churrasco ao meio-dia Am D7 G A canha tava correndo no entreveiro de alegria G7 C Do outro lado da casa as mulheres na cozinha G D7 G Preparavam a salada e depenavam as galinhas Int. D7 Depois de comer o churrasco a carreirada já veio Am D7 G A indiada já se espalhou formou-se então o rodeio G7 C Correu um cavalo zaino e um petiço douradilho G D7 G Eram tão bons esses bichos que até hoje estão no trilho Int. D7 Começaram a laçar de um modo meio incerto Am D7 G Dava índio boleando armada de quinze metros G7 C Depois já veio a doma de cavalo redomão G D7 G Tem gente ainda hoje estendida lá no chão Int. D7 Quando iniciou o fandango o povo se aglomerou Am D7 G A sala ficou pequena Zé do Guincho ordenou G7 C Desmanchem duas paredes se divirtam à vontade G D7 G E assim foi este fandango que deixou grande saudade