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Chave de Cadeia Tom: G Intro: G Am D7 Bbm E7 Am D7 G
G C#dim G Vamos, não me faça desacato, C#dim G Gosto das coisas claras, Em Am não vê que sou bom mulato Am/G B7 Am Anda me malhando, não sou palhaço D7 G Vou mandar tirar seu nome tatuado no meu braço. D7 G Edim G Aquele terno branco, que eu dei duro prá fazer G7 C Você botou no prego e a cautela foi vender Cm G O relógio de ouro não estava perdido, Em Am D7 G Só agora estou sabendo, também foi vendido B7 Em Pode se abrir, prá minha malandragem B7 Em E7 Am Conte a todo mundo como eu fiquei B7 Em G C Está tirando a desforra, das dezenas de palhaços B7 Que eu marretei. Em Você, mulher, é uma chave de cadeia B7 E7 Me paga a ceia prá depois propalar Am D7 G Você sabia, que eu era da orgia, Em Am D7 G Quem entra na chuva é prá se molhar.
Fui a Paris Tom: C
C
Bonsoir madame mademoiselle
E7 A7
Monsier, Je vais vous chanter
D7
Un sambé en français parceque
G7 C
Je suis poligloté, n'est-ce pas?
Am F
Eu fui a França e conheci Paris
E7 Am
Cantei um samba e me pediram bis
Em
Logo depois que o samba estava terminado
B7 F E
Uma linda francesinha chegou-se para o meu lado
Am Dm
E foi dizendo tudo que sentia
E7 A7
Mas eu não compreendia, pois não sabia o francês
Dm D#° Am
Daí então ela ficou desanimada
F E7 Am
E a minha ilusão naquela noite se desfez
Dm G7 C
Tive a lembrança de comprar um dicionário
E7 A7
Para não bancaro o otário e me defender
Dm D#° Am
Pois a francesa era linda de verdade
B7 E7
E eu tinha a necessidade de compreender
G7 C
No dia seguinte quando a encontrei
Gm C7 F
Um "bonsoir" eu logo lhe falei
F#° C
E gentilmente ela respondeu
D7 G7 C
Comment ça va mon amour commente ça va?
F F#° C
Daí então eu disse tudo que aprendi
A7 D7 G7 C
Inclusive très bien, mon amour, très jolie
Dm G7 C
E a francesa, cheia de contentamento
E7 A7
Falou-me em casamento e muito insistiu
F F#°
Mas eu que tenho o meu amor
C D7
No Rio de Janeiro disse a ela:
Jamais mademoiselle, jamais Qui nous pensez n'a pas d'argent Je ne sais parceque je t'aime Mon amour, quelle heure est'il? Eu vou é pro Brasil
Maria Rita Tom: D Intro: Em Gm Gbm7(b5) Bm Em G(9)
D(9) Por onde andará?
A(9) Bm7 Por onde andará Maria Rita que andava gingando com laço de fita
Am Gbm D7M Por quem tenho grande admiração
A7(9) B7
É que eu preciso saber onde anda essa pequena
E A7M Am7 B7
Dos olhos redondos e da pele morena que é para acalmar meu coração
F7M Bm7 F7M Agora eu chego no samba o meu peito se agita porque sente falta de Maria Rita Cabrocha bonita, corpo escultural
A7M D Por isso eu preciso saber qual o seu paradeiro
A(9) Gm D Bem antes que chegue o mês de fevereiro sem ela pra mim não vai ter carnaval
A(9) Por onde andará?
A7M Bm7 F7M A(9) Por onde andará Maria Rita que andava gingando com laço de fita Por quem tenho grande admiração
A(9) Am7(b5) Bb7M É que eu preciso saber onde anda essa pequena
G7(9) Am Gbm Dos olhos redondos e da pele morena que é para acalmar meu coração
Bm7 A7M Bm7(b5) A G(9) F7M Agora eu chego no samba o meu peito se agita porque sente falta de Maria Rita Cabrocha bonita, corpo escultural
A7(9) D Por isso eu preciso saber qual o seu paradeiro A(9) Gm Bem antes que chegue o mês de fevereiro sem ela pra mim não vai ter carnaval
Bamba de Caxias Tom: Eb Intro: Eb7 Ab Bb7 Eb Eb7 Ab Bb7 Eb
Fm Bb7 Eb
Sou nordestino, um homem fino, com diploma de doutor
Sou deputado, sim senhor.
Eb Eb7 Ab
Palavra inflamada, orgulho da bancada, da qual sou grande valor
E também grande orador.
Ab A° Eb
Fico enfezado, quando alguém em mal estado, vem a mim prá revelar:
- Doutor Tenório, o seu comissa quer me arrebentar,
Será que o doutor não vai providenciar
Fm Bb7 Eb
Que me queimo de estalo, e lá da tribuna solto o meu vocabulário:
- Senhor Presidente, protesto contra certa autoridade,
Que anda dando em homem de idade, em pleno coração da cidade.
G Cm7
Arranjo emprego prá quem está desempregado.
Bb7 Eb
Arranjo água prá quem tem cano furado.
D7 Gm
Sou pistolão e amigão de qualquer um,
D7 Gm
Mesmo de quem tem dinheiro, mesmo de quem vive a vida
Bb Bb7 Eb
Sem nenhum. Eu sou protetor de quem é fraco e oprimido.
G Cm7 C7
Eu nunca fui fingido como alguns colegas meus.
Fm Cm7 Ab7
Graças a Deus, eu sou um homem respeitado, glória do meu estado,
G7 Cm7
O maior e sem igual - E qualquer um quer ser meu cabo eleitoral.
- Se não votar por bem
vota por mal
G Cm7
A minha capa preta não tem medo de careta,
C7 Fm
Não dispenso parada, nem por nada deste mundo,
Cm
Se alguém folga comigo, me avexo ou perco a linha,
Ab G7 Cm7
Aí eu taco o dedo no gatilho da Lurdinha
Brrrr
- Que tosse que é uma belezinha. Brrrr.
Eb
E tem fogo prá dez dias. Eu sou o revertério ad locum tum lá de Caxias.
Minha palhoça (se você quisesse) Tom: D
D7M A7 D7M A7
Mas se você quisesse, morar na minha palhoça Lá tem troça e se faz bossa
D7M Eb° Em7
Fica lá na roça, à beira de um riachão E à noite tem violão
F#7 Bm7
Uma roseira, cobre a banda da varanda e
B7 E7 Db7 A7
Ao romper da madrugada, vem a passarada, abençoar nossa união.
Em A7 D
Tem um cavalo, que eu comprei à prestação e que não estranha a pista
Tem jornal; lá tem revista.
D7 G
Uma Kodak para tirar nossas fotografias Vai ter retrato todo dia
Gm D7M
Um papagaio, que eu mandei vir do Pará.
Bm Em7 A7 D7M
Um aparelho de rádio batata, e um violão que desacata.
E7
Meu Deus do céu que bom seria
D7M A7 D7M A7
Mas se você quisesse, morar na minha palhoça Lá tem troça e se faz bossa
D7M Eb° Em7
Fica lá na roça, à beira de um riachão E à noite tem violão
F#7 Bm7
Uma roseira, cobre a banda da varanda e
B7 E7 Db7 A7
Ao romper da madrugada, vem a passarada, abençoar nossa união.
Em A7 D
Tem um pomar, que é pequenino, é uma beleza - É mesmo uma gracinha
Criação, lá tem galinha D7 G Um rouxinol, que nos acorda ao amanhecer Isso é verdade, podes crer Gm D7M A patativa quando canta faz chorar, Bm Em7 A7 D7M Há uma fonte na encosta do monte, a cantar chuá chuá
Risoleta Tom: Eb Intro: Eb7M E° Fm Bb7 Eb7M Bb7
Eb7M
Vou mandar prender,
Bb Eb7M
Esta nega Risoleta,
Bb Eb7M
Que me fez uma falseta e me desacatou,
E° Bb
Porque não lhe dei o meu amor.
G G7
Isto é conversa prá doutor. E ela foi criada,
Cm7
Na roda da malandragem,
F7
Hoje vive com visagem. Sei que com esta nega,
Bb7
Não vou levar a mínima vantagem.
Fm Bb7
E ela quebrou,
Eb7M
O meu chapéu de palhinha,
G G7
De abinha bem curtinha. E também rasgou,
Cm7
O terno melhor que eu tinha
Fm7
Bis - Quem me deu foi a Rosinha. E a camisa de seda,
Gb° Eb7M
Que eu comprei à prestação da mão do Salomão
C#7 C7
(Por preço de ocasião)
Fm
E ainda não paguei,
Bb7 Eb7M Bb7
A primeira prestação.
Eb7M E° Fm Bb7 Eb7M
Rosinha, Rosinha, foi uma aterrissagem forçada
Faustina Tom: Am Intro: E7 Am A7 Dm Dm Am B7 E7 Am
Am
Xiii
Faustina
E7 Am
Faustina, corre aqui depressa,
E7 A7
Olha quem está no portão.
Dm
É minha sogra com as malas,
B7 E7 Am
Ela vem resolvida a morar no porão.
E7 A7 Dm
Vai ser o diabo, vamos ter sururu com o vizinho.
Am
Não estou prá isto, eu vou dar o fora,
B7 E7 Am
Decididamente, eu vou morar sozinho.
Bis
G G7 C7M
É minha sogra, mas tenha paciência.
B7 Am
Não há quem possa com essa jararaca.
Dm Eb° Em7 Am
Meu sogro foi de maca prá assistên_cia,
D7 G
Com o corpo todo retalhado à faca.
G7 C7M
Mas comigo é diferente,
B7 Am
Não tenho medo desta cara feia,
Dm Eb° Em7 Am
Pego a pistola e desperdiço um pen_te,
D7 G C
Ela descansa e eu vou prá cadeia.
E7 Am A7 Dm Dm Am B7 E7 Am
Olha o Padilha Tom: C Intr: Ab Fm C Am D7 D79 Gaug C9+
C G7
Prá se topar numa encrenca, basta andar distraído,
C C
Que ela um dia aparece - não adianta fazer prece.
C7 F
Eu vinha anteontem, lá da gafieira, com minha nega Cecília.
- Quando gritaram - Olha o Padilha!
Fm
Antes que eu me desguiasse, um tira forte e aborrecido
C
Me abotoou, e disse: - Tu és o nonô! Heim?
Dm G7
Mas eu me chamo Francisco, trabalho como mouro,
C
Sou estivador - Posso provar ao senhor.
E7
Nisso o moço de óculos Raibam,
Am
Me deu um pescoção: - bati com a cara no chão.
A7
E foi dizendo, Eu só queria saber
Dm
Quem disse que és trabalhador. - Tu és salafra, achacador
F G6
Esta macaca ao teu lado, é uma mina mais forte
C
Que o Banco do Brasil - Eu manjo ao longe este tiziu
Dm G7
E jogou uma melancia, pela minha calça adentro,
C
A = Que engasgou no funil, - Eu bambeei, ele sorriu.
Dm G7
Apanhou uma tesoura, e o resultado
C
Desta operação: - É que a calça virou calção
C7
Na chefatura um barbeiro sorridente
F
Estava à minha espera. - Ele ordenou: Raspa o cabelo desta fera
Fm
Não está direito, seu Padilha, me deixar
C
Com o coco raspado - Eu já apanhei um resfriado
Dm G7
Isto não é brincadeira, pois o meu apelido era
C
Chico Cabeleira. - Não volto mais à gafieira.
(solo) C G7 C C7 F Fm C B Bb A7 Dm G7 C (A)
(Ele quer ver minha caveira. Eu, heim? Se eu não me desguio a tempo
Ele me raspa até as axilas. O homem é de morte
) Dm G7 C9+
Cassino de malandro
Tom: F
Intro: Bb Bo F Dm Gm C7 F
F Bo F D7 Gm
Lá no meu cassino, tipo mal acabado, desengonçado pela ventania
C7 Gm C7 F
Lá não cessa o vira-baixo noite e dia, dando trabalho à delegacia
B° F
Se o otário ganha, vai sair daquele jeito,
D7 Gm
Porque entre malandros isto é falta de respeito
Bb Bo F
Tem peteleco, teco-teco, solinjada
D7 Gm C7 F
Quando a jungusta chega nunca houve nada
Aqui são todos camaradas
- Pode entrar, doutor. A casa é sua.
São estivadores, trabalhadores da borracha -
C7
Na ronda sou rei, vou lhe explicar porque falei,
F
Muito considerado, escutem só o meu babado
D7
Mata, tripa, esfolha, e assim fico
Gm A° Gm
Esperando o freguês, porque o otário não tem vez.
Bbm
Tenho um bom golpe, e no baralho
F D7
Conheço todos os cortes. Não admito
Gm C7
Que algum Vargulino vá lá no meu cassino
F
Soltar o fricote - Eu pulo logo no cangote
C7
Tenho bons parceiros, sempre cheios de dinheiro
F
No meu famoso cassino, lá também dá bom grã-fino.
D7
Promovo a bebida, e no final da partida
Gm F#° Gm
O otário é quem perdeu, e quem ganhou tudo fui eu.
Bbm F
Tenho licença, faço e desfaço tudo com inteligência.
D7 Gm C7 F
Tenho um criado, que fica a noite inteira no alto da pedreira fazendo o sinal:
Fiiiii - Corre pessoal! E vem a turma da Central! Bb Bo F D7 Gm C7 F Que quando chega baixa o pau.
Chang-Lang Tom: F Intro: Bb Bbm F D7 Gm C7 F F7 Bb Bbm F D7 Gm C7 F C7
F F#° Gm
Eu fui ao restaurante chinês, e peguei o gordurame, sem ter o arame.
C7 F
E disse ao China, prá semana pagarei - O Chang-Lang se queimou comigo sem ter razão.
D7 Gm
É, na durindana disse: Aqui não é pensão, se você quer comer de graça, você tem que trabalhar.
Bb B° F/C D7 Gm C7 F
Ou deixe em depósito seu chapéu de palha. Vá se embora por favor, que eu não sou seu pai
A7 Dm D7 Gm
Na alta roda de malandros sempre fui considerado, um batuqueiro respeitado.
Dm E7 A7
Me queimei com a ignorância do chinês, dei-lhe uma fritada prá servir de lição.
E disse: Chang, se agüenta. Vá por mim que eu sou direito.
Dm D7 Gm
Se eu me agarro com você derrubo todas prateleiras. Time is money quer dizer
Dm E7 A7 Dm
Tempo é dinheiro, o velho tempo é grana e eu estou na durindana.
Eu pago a conta prá semana. Agüenta aí.
A7 Dm D7
Dificilmente o malandro perde o controle. Eu disse: Está bem, vou pagar,
Gm Dm
Meti a mão lá na aduana. Mas ao invés de grana puxei da minha navalha.
E7 A7
Tomei o meu chapéu de palha prá poder me desguiar
Mas Chang, o que é que há? Tá desconfiando do seu camarada?
Dm D7 Gm
Se eu me agarro com você derrubo todas prateleiras. Time is money quer dizer
Dm E7 A7 Dm
Tempo é dinheiro, o velho tempo é grana e eu estou na durindana.
Eu pago a conta prá semana. Agüenta aí
(solo): F F#° Gm C7 F D7 Gm Bb B° F/C D7 Gm C7 F
A7 Dm D7
Dificilmente o malandro perde o controle. Eu disse: Está bem, vou pagar,
Gm Dm
Meti a mão lá na aduana. Mas ao invés de grana puxei da minha navalha.
E7 A7
Tomei o meu chapéu de palha prá poder me desguiar
E disse: O Chang, o que é que há? Eu conheço a tua terra, hein?
Dm D7 Gm
Se eu me agarro com você derrubo todas prateleiras.
Dm E7 A7 Dm
Time is money quer dizer tempo é dinheiro, o velho tempo é grana e eu estou na durindana.
Eu pago a conta prá semana - Neca. Gm A7 D
Fui ao dentista Tom: A Intro: D Eb° A7M Gb7 Bbm E7 A7M E7
A7M C° Bbm Fui ao dentista, prá chumbar uma panela, E7 A7M G7M Mais o gajo achou que ela, não podia obturar. Ab7M A7M Bm Cm E Ele me disse, Vou mudar toda a mobília, Dbm Gbm B7 E7 Tu vais ver que maravilha, Morengueira vai ficar.
Arranco tudo, arranco até o maxilar
- Mas doutor, o que está me doendo é o primolar.
Eu acho que vou ter um atrito com o senhor
-
A7M C° Bbm
Mas quando eu vi o boticão que ele trazia,
E7 A7
Minha tripa ficou fria, começou a tremedeira.
D G A7M
Quem foi que disse que o papai a boca abria,
Gb B7 E7 A7M
Prá espetar a anestesia, na gengiva do Moreira.
Mas tem que ser, queira ou não queira.
Db7 Gbm
Em vista disso, prá acabar com o meu berreiro,
Db7 Gbm
O doutor me deu um cheiro, e eu ferrei numa soneca
Db7 ?? Gbm
E quando acordo, nem te conto camarada,
A7? Dbm Ab7 Db7
Minha boca está chupada, e a gengiva está careca.
Meu panelão levou a breca
Db7 Gbm
Enquanto espero, se a gengiva murcha e seca,
Db7 Gb Gb7
Prá mudar a perereca, provisória no bocão.
Bbm E7 A7M
Tudo o que é efe, sai comprido, sai soprado,
Gbm D7 Db7 Gbm
Que até fico encabulado, com tamanha assopração:
Farora fofa faz fofoca no feijão.
Amigo urso
Tom: C
Intro: F Fm C Am Dm G7 C C7 F Fm C Am Dm G7 C
C
Amigo urso, saudação polar,
C#° Dm7
Ao leres esta, hás de te lembrar,
Daquela grana que eu te emprestei,
G7 C
Quando estavas mal de vida, e nunca te cobrei.
Hoje estás bem, e eu me encontro em apuros,
C7 F
Espero receber, e pode ser sem juros.
Fm C
Este é o motivo pelo qual te escrevi.
Am Dm7 G7 C E E7
Agora quero que saibas, como me lembrei de ti:
Am E7
Conjeturando sobre a minha sorte,
F E7
Transportei-me em pensamentos ao pólo Norte.
A7 Dm
E lá chegando sobre aquelas regiões,
B7 E7
Vá vendo só quais as minhas condições
Am E7
Morto de fome, de frio e sem abrigo,
F E7
Sem encontrar em meu caminho um só amigo.
A7 Dm
Eis que de repente, vi surgir na minha frente,
Bis B7 E7
Um grande urso, apavorado me senti.
Dm Am
E ao vê-lo caminhando sobre o gelo,
E7 A7
Porque não dizê-lo, foi que me lembrei de ti.
Dm Am
Espero que mandes, pelo portador,
E7 Am A7
O que não é nenhum favor, estou te cobrando o que é meu.
Dm (Am) Am
Sem mais, queiras aceitar um forte (amplexo) abraço
E7 Am
Deste que muito te favoreceu.
(Eu não sou filho de judeu, Dá cá o meu.)
F Fm C Am Dm7 G7 C
Cidade lagoa Tom: Ab Intro: Db7M Gb7 Cm7 F7 Bbm7 Eb7 Ab Ab7 Db7M Gb7 Cm7 F7 Bbm7 Eb7 Ab7M
Ab7M B° Bbm
Esta cidade, que ainda é maravilhosa,
Bbm/Ab Eb7
Tão cantada em verso e prosa,
Ab7M Gb7M
Desde os tempos da vovó.
G7M Ab7M Cm7 Eb7
Tem um problema, crônico renitente,
Cm7 Fm
Qualquer chuva causa enchente,
Bb7 Eb7
Não precisa ser toró.
Ab7M B° Bbm
Basta que chova, mais ou menos meia hora,
Bbm/Ab Eb7 Ab7M Ab7
É batata, não demora, enche tudo por aí.
Db7M Gb7 Cm7
Toda a cidade é uma enorme cachoeira,
F7 Bbm7
Que da Praça da Bandeira,
Eb7 Ab7M C7
Bis Vou de lancha a Catumbi.
Fm Ab Bbm7
Que maravilha, nossa linda Guanabara,
Bbm7/Ab C7
Tudo enguiça, tudo pára,
Fm
Todo o trânsito engarrafa.
G7 Cm7
Quem tiver pressa, seja velho ou seja moço,
Eb7 D7
Entre nagua até o pescoço,
G7 C7
E peça a Deus prá ser girafa.
Fm Ab Bbm7
Porisso agora já comprei minha canoa,
Bbm7/Ab C7 F F7
Prá remar nessa lagoa, toda a vez que a chuva cai,
Bbm C7 Fm
E se uma boa me pedir uma carona,
Fm/Eb Db7
Com prazer eu levo a dona,
C7 Fm
Na canoa do papai.
Db7M Gb7 Cm7 F7 Bbm7 Eb7 Ab Ab7 Db7M Gb7 Cm7 F7 Bbm7 Eb7 Ab7M
Acertei no Milhar Tom: A
Etelvina (o que é, Morengueira?)
A
Acertei no milhar!
F#7 Bm D C#7
Ganhei quinhentos contos (milhas), não vou mais trabalhar
Bm7 E7 A F#7
você dê toda roupa velha aos pobres
B7 E7
e a mobília podemos quebrar
(breque)
"Isso é pra já, vamos quebrar. Pam, pam, bum, etc..."
D A
Etelvina vai ter outra lua-de-mel
F#7 Bm
você vai ser madame
E7 A F#7
vai morar num grande hotel
D D#O A F#7
eu vou comprar um nome não sei onde
Bm7 E7 A
de Marquês Morengueira de Visconde
Bm7 E7 A
um professor de francês mon amour
B7 E7 A
eu vou mudar seu nome pra Madame Pompadour
C#7 F#m
Até que enfim agora sou feliz
C#7 F#m
vou passear a Europa toda até Paris
C#7 F#m
e nossos filhos, oh, que inferno
G#7 C#7
eu vou pô-los num colégio interno
F#m
me telefone pro Mané do armazém
C#7 F#m
porque não quero ficar devendo nada a ninguém
D7 D#O A
e vou comprar um avião azul
F#m Bm7 E7 A
para percorrer a América do Sul
D D#O A
mas de repente, derrepenguente
F#7 Bm7 E7 A
Etelvina me acordou está na hora do batente
D D#O
mas de repente, derrepenguente
(breque)
- Se acorda, vargulino! Saia pela porta de trás que na frente tem gente.
E7 A
Foi um sonho, minha gente! ESTRIBILHO
Conversa de Botequim Tom :C
C D7
Seu garçom, faça o favor
G7 C
de me trazer depressa
A7 Dm7
Uma boa média
G7 Gm C7
que não seja requentada
F E7 Am
Um pão bem quente com manteiga à beça
D7 G7
um guardanapo, um copo d'água bem gelada
G7
Fecha a porta da direita
G7 C com muito cuidado
A7 D7 G7
Que eu não estou disposto a ficar
GM C7
exposto ao sol
F E7 Am
Vá perguntar ao seu freguês do lado
A7 D7 G7 C
Qual foi o resultado do futebol
F A7 Dm7 F7
Se você ficar limpando a mesa
A#
Não me levanto
A7
nem pago a despesa
D7 G7
Vá pedir ao seu patrão
uma caneta, um tinteiro C7 um envelope, e um cartão F A7 Dm F7 Não se esqueça de me dar palito A# A7 e um cigarro pra espantar mosquito
D7 G7
vá dizer ao charuteiro
C7
que me empreste uma revista
F
um cinzeiro e um isqueiro
ESTRIBILHO
F A7 Dm F7
Telefone ao menos uma vez
A# A7
Para 34-43-33
D7 G7
E ordene ao seu Osório
que me mande um guarda-chuva
C7
aqui pro nosso escritório
F A7 Dm
Seu garçom, me empreste algum dinheiro
A# A7
que eu deixei o meu com o bicheiro
D7 G7
vá dizer ao seu gerente
C7
que pendure essa despesa
F
no cabide ali em frente
C D7
Seu garçom, faça o favor...
Na subida do Morro Tom: A
(A)
Na subida do morro, me contaram (breque)
A E7 A A7
Que você bateu na minha nega / Isto não é direito
( D ) ( D )
Bater numa mulher que não é sua (breque) / Deixou a nega quase crua (breque)
Dm ( A )
No meio da rua / A nega quase que virou presunto (breque)
( A ) Bm
Eu não gostei daquele assunto (breque) / Hoje venho resolvido
E7 ( A )
Vou lhe mandar para a cidade de pé junto (breque) / Vou lhe tornar em um
( A ) Db7 (Gbm)
defunto / Você mesmo sabe que já fui um malandro malvado (breque)
(Gbm) Gb7
Somente estou regenerado (breque) / Cheio de malícia
( Bm ) (Bm)
Dei trabalho à polícia pra cachorro (breque) / Dei até no dono do morro(breque)
Bm Db7 (Gbm)
Mas nunca abusei de uma mulher que fosse de um amigo (breque)
(Gbm) bM
Agora me zanguei consigo(breque) / Hoje venho animado / A lhe deixar todo
E7 ( A )
cortado / Vou dar-lhe um castigo (breque)/Meto-lhe o aço no abdome e tiro fora
o seu umbigo (breque)
Aí meti-lhe o aço, hum! Quando ele ia caindo disse: Moringueira você me feriu; Eu então disse-lhe: É claro, você me desrespeitou, mexeu com a minha nega. Você sabe quem em casa de vagabundo malandro não pede emprego; Como é que você vem com xavecada, está armado; eu quero é ver gordura que a banha está cara. Aí meti a mão lá na duana, na peixeira, é porque eu sou de Per- nambuco, cidade pequena, porém decente, peguei o Vargolino pelo abdome, des- ci pelo duodeno, vesícula biliar e fiz-lhe uma tubagem; ele caiu, bum, todo nsan- guentado; E as senhoras como sempre nervosas: Meu Deus esse homem morre, moço. Coitado olha aí está se esvaindo em sangue; Ora minha senhora, dê-lhe óleo canforado, penicilina, estreptomicina crebiosa, engrazida e até vacina Salk; Mas o homem já estava frio; Agora o malandro que é malandro não denuncia o outro, espera para tirar a forra. Então diz o malandro:
Db7 (Gbm)
Vocês não se afobem que o homem desta vez não vai morrer (breque)
(Gbm) Gb7
Se ele voltar dou pra valer (breque) / Vocês botem terra nesse sangue
( Bm ) ( Bm )
Não é guerra / É brincadeira (breque) / Vou desguiando na carreira (breque)
Bm Db7 ( Gbm )
A jungusta já vem / E vocês digam que eu estou me aprontando ( breque)
( A ) Bm
Enquanto eu vou me desguiando (breque) / Vocês vão ao distrito
E7 ( A )
Ao delerusca, se desculpando (breque) / Foi um malandro apaixonado
( A )
Que acabou se suicidando.