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Aquela Rosa Tom: A Intro: A E A A7 D A E A
A E
Aquela rosa que você me deu
A
Naquele dia em que eu te encontrei
E
Me faz agora procurar você
A
Pra lhe dizer que com você sonhei
E
Com o calor a rosa murchou
A
O seu perfume desapareceu
E
Ficou somente a sua lembrança
A
E uma esperança aqui no peito meu
A7 D
A esperança é casar com você
A
Fazer aquilo que você quiser
E
Se aceitar meu amor eu juro
A
Não olho mais pra outra mulher
A7 D
Contigo eu quero plantar muitas rosas
D A
Pra enfeitar nossa noite de amor
E
Case comigo linda senhorita
A
És mais bonita do que aquela flor
Repete
O Colono Tom: E Intro: E B7 E
Declamado:
Eu vi um moço bonito numa rua principal
Por ele passou um colono que trajava muito mal
O moço pegou a rir, fez ali um carnaval
Resolvi fazer uns versos pra este fulano de tal:
E B7 A E
Não ri seu moço daquele colono agricultor que ali vai passando
B7 E
Admirado com o movimento desconfiado lá vai tropicando
B7 A E
Ele não veio aqui te pedir nada são ferramentas que ele anda comprando
B7 E
Ele é digno do nosso respeito de sol a sol vive trabalhando
B7 A G#m F#m E
Não toque flauta não chame de grosso pra te alimentar na roça está lutando
Intro.
B7 A E
Se o terno dele não está na moda não é motivo pra dar gargalhada
B7 E
Este colono que ali vai passando é um brasileiro da mão calejada
B7 A E
Se o seu chapéu é da aba comprida ele comprou e não te deve nada
B7 E
É um roceiro que orgulha a pátria e colhe o fruto da terra lavrada
B7 A G#m F#m E
E se não fosse este colono forte tu ias ter que pegar na enxada
Int.
B7 A E
E se tivesse que pegar na enxada queria ver-te mocinho moderno
B7 E
Pegar num foice de um arado nobre e um machado pra cortar o cerno
B7 A E
E enfrentar doze horas de sol um verão forte tu suava o terno
B7 E
Tirar o leite e arrancar mandioca em mês de julho no forte do inverno
B7 A G#m F#m E
Tuas mãozinhas, finas, delicadas criavam calos viravam um inferno
Int.
B7 A E
Esse colono enfrenta tudo isso e muito mais eu não disse a metade
B7 E
Planta e colhe com o suor do rosto pra sustentar nós aqui na cidade
B7 A E
Não ri seu moço mais desse colono vai estudar numa faculdade
B7 E
Tire o DR e chegue lá na roça repare lá quanta dificuldade
B7 A G#m F#m E
Faça algo por nossos colonos e que Deus lhe pague por tanta vontade
Intro.
Tropeiro Velho Tom: A Intro: A E7 A
E A
Tropeiro velho que tanta tristeza esconde o rosto na aba do chapéu
E A
Olha os cravado no fogo do chão olha a fumaça subindo pro céu
A E A
Quebra de um tapa o teu chapéu na testa esqueça os teus oitenta janeiros
E A
Repare os campos lá vem a boiada pela estrada gritando tropeiro
A7 D A
Tropeiro velho não levanta os olhos não tem mais força é o peso da idade
E A
Acabrunhado à beira do fogo está morrendo de tanta saudade (bis)
(intro)
E A
Tropeiro velho sou um moço novo uma proposta te farei agora
E A
Me dá teu pala o relho e o chapéu bombacha e botas e o par de esporas
A E A
Me dá o cavalo e o apero completo vou continuar no teu lugar tropeando
E A
Tropeiro velho levantou os olhos sentado mesmo me abraçou chorando
A7 D A
Beijou meu rosto e foi fechando os olhos entregou tudo e morto tombou
E A
Morreu feliz porque vou continuar as tropeadas que ele tanto amou (bis)
(intro)
E A
Enterrei ele na beira da estrada pra ver a tropa que passa e se vai
E A
Leiam na cruz vocês vão saber tropeiro velho era o meu próprio pai
A E A
Adeus meu pai tropeiro dos pampas teu pensamento cumprirá teu filho
E A
Estou fazendo aquilo que fizestes grito a boiada em cima do lombilho
A7 D A
Tropeiro velho hoje descansa em paz estou fazendo aquilo que ele fez
E A
Os anos passam também fico velho vou esperando chegar minha vez
(intro)
Parabéns a Você Tom: D Intro: D A D G D A D
D A
Parabéns nesta data querida
D
Mais um ano de vida que tens
A
Vamos todos cantar pra você
D
Parabéns parabéns parabéns
D A
Parabéns nesta data querida
D
Mais um ano de vida que tens
A
Vamos todos cantar pra você
D
Parabéns parabéns parabéns
E A
Como é linda esta data de hoje
G D
Salve salve o seu aniversário
A
Deus lhe dê muitos anos de vida
D
Prá viver mais de um centenário
E A
Você hoje é feliz mais feliz
G D
Esta data vai deixar saudade
A
Voltaremos pro ano outra vez
D
Desejar-te mais felicidades
Introd. D A D G D A D
D A
Parabéns nesta data querida
D
Mais um ano de vida que tens
A
Vamos todos cantar pra você
D
Parabéns parabéns parabéns
E A
Os anjinhos do céu nesta hora
G D
Descerão cá na Terra por que
A
Assoprar as velinhas do bolo
D
E cantar parabéns á você
Viva o aniversariante Viva
A Fogueira da Saudade Tom: A Intro: A E A E A
E
Ai que saudades que eu tenho dentro do meu coração
A
Do tempo que eu fui criança hoje é só recordação
D
Dos campos cheios de flores do ribeirão
A E
Da minha linda vilinha do padre da capelinha
A
Da noite de São João
E
São João, meu São João os balões estão subindo.
A
A fogueira está ardendo os rojões estão explodindo
D
São João estou sonhando estou ouvindo
A E
É só imaginação da festa de São João
A
Que saudade estou sentindo
D E A
Viva São Pedro, Santo Antônio e São João.
D E A
A Fogueira da saudade está queimando no meu coração
E
Ah! Se pudesse voltar pros bons tempos de criança
A
Eu voltava pra vilinha que não me sai da lembrança
D
Ia pular as fogueiras na vizinhança
A E A
Com a Chiquinha da dondoca eu ia estourar pipoca e puxar a sua trança
E
Não posso ser mais criança tempinho bom teve fim
A
Só resta voltar por lá olhar tim-tim por tim-tim
D
Pra recordar meu passado farei assim
A E
Acender uma fogueira e ficar a noite inteira
A
Me recordando de mim
D E A
Viva São Pedro, Santo Antônio e São João.
D E A
A Fogueira da saudade está queimando no meu coração
Adeus Adeus Rosa Branca Tom: D
D
Adeus, adeus rosa branca
A
Rainha de toda flor
D
Queridinha eu vou partir
A
Contrariando a minha dor
D
Volto prá casa contigo
A
Tu me espera meu amor
D
Eu te espero meu amor
A
Me diga o que vai fazer
D
O meu coração é teu
A
Sem ti não posso viver
D
Um dia longe de ti
A
Eu sou capaz de morrer
D
Não se atormentes meu bem
A
O cruel destino quis
D
Que eu fosse um pobre sem nada
A
Sem fortuna um infeliz
D
Vou ver se melhoro a vida
A
Prá vir fazer-te feliz
D
Para me fazer feliz
A
Não podes partir assim
D
Eu vou morrer de saudade
A
Tu longe será o fim
D
Prefiro estar na pobreza
A
Contigo perto de mim
D
Contigo perto de mim
A
A pobreza me entristece
D
Tu precisa ser feliz
A
Tudo de bom tu merece
D
Vou buscar felicidade
A
Meu amor não me esquece
D
Meu amor não te esqueço
A
Querido não vá embora
D
Nosso amor é uma riqueza
A
Dinheiro vem outra hora
D
Dois corações que se amam
A
É onde a riqueza mora
D
Esta história aconteceu
A
Com um casal de namorados'
D
Pobre mas rico de amor
A
Eternos apaixonados
D
Prá fazer ela feliz
A
Ficaram os dois separados
D
A rosa branca não pode
A
Evitar sua partida
D
O rapaz foi prá são paulo
A
E por lá perdeu a vida
D
Foi esperar lá no céu
A
A sua rosa querida
D
Hoje eu vi a rosa branca
A
Chorando o pranto da dor
D
Na capela de são pedro
A
Recomendando ao senhor
D
Meu deus enquanto eu não ir
A
Cuide bem do meu amor
Apenas Uma Flor Tom: E
E
Busquei nos lábios teus
B7
A doçura dos teus beijos
E
Busquei no teu olhar
E
A luz para o meu caminho
B7
É no teu lindo corpo
E
Aonde eu mato os meus desejos
Am
Mas eu prescinto agora
E B7
Que vou ficar sozinho
E
A tua indiferença
B7
Se comprova a cada dia
E
Parece que há um intruso
B7
Destruíndo nosso amor
E
Se for isto que eu penso
B7
Meu deus, virgem maria
Am
Me aguarde aí no céu
E B7
Que eu vou morrer de dor
E
Não quero meu amor
B7
O teu compadecer
E
Se eu por ti morrer
B7
Não quero te culpar
Am
Só quero meu amor
E
Que não me diga adeus
Am (2x)
Siga os caminhso teus
E B7
Pra não me ver chorar
E
Quando a tristeza
B7
Um dia invadir o seu coração
E
Amargurada e triste
B7
Vais chorar pensando em mim
E
Irás me procurar
B7
Em busca o perdão
Am
Eu já serei saudade
E B7
Eu já serei o fim
E
Levanta os teus olhos
B7
E repares o infinito
E
A estrela mais opaca
B7
Que tem menos claridade
E
Aquela serei eu
B7
Depois do meu delito
Am E B7
Será a minha alma será minha saudade
E
Se queres sentir paz
B7
Depois que eu for saudade
E
Reza por caridade
B7
Um terço em meu louvor
Am
Terás o meu perdão
E
Te juro por jesus
Am (2x)
Pendure em minha cruz
E
Apenas uma flor.
Recordações de Ypacaraí Tom: Em Intro: Em D7 G
G
Numa noite linda eu te encontrei
D7
Junto ao lago azul de Ypacaraí
Am
Tu cantavas triste, quando eu cheguei
C D7 G
Velhas melodias em guarani
G
E foi tal encanto, que em mim nasceu
G7 C
Veio renascer, teu amor em mim
Cm G
E suave aroma, nos envolveu
Bm Am
De tuas brancas mãos, eu senti o calor
D7 G
E com tais carícias, meu deu amor.
C Cm
Ond estás agora, cunhataí?
G E7
Que teu suave canto, não chega aqui
Am
Onde estás agora?
D7 G G7
Meu ser te espera, com frenesí
C Cm
Tudo te recorda, meu doce bem
Bm E7
Junto ao lago azul de Ypacaraí
Am
Onde para sempre,
D7 G
Meu amor te chama: Cunhataí.
A Partida Tom: D
D A7
Quem inventou a partida nunca teve coração
D
Quem me ver cantar assim talvez vai me dar razão
A7
Quem parti, parti chorando a triste separação
Em A7 D
Quem fica chora também na mais triste solidão
D A7
Quem parti leva saudade quem fica saudades tem
D
Quem parti, parti chorando quem fica chora também
A7
Passa a noite soluçando ouve quando apita o trem
Em A7 D
Levanta e vai pra janela não aparece ninguém
D A7
Senta na mesa e não come o rádio não pode ouvir
D
Entra pro quarto chorando pensando que vai dormir
A7
Mas olha perto do leito vê uma foto a sorrir
Em A7 D
Abraça junto do peito dá vontade de partir
D A7
Como dói uma saudade depois que faz a partida
D
Aquele que vai embora leva a alma dolorida
A7
Vai sofrendo por deixar a sua prenda querida
Em A7 D
Sofrer um longe do outro são coisas da nossa vida
D A7
Adeus meu pai minha mãe não sei quando voltarei
D
Adeus adeus meus amigos adeus mulheres que amei
A7
Eu levo o peito ferido dos amores que já gozei
Em A7 D
Como dói uma partida quantas vezes já chorei.
Estância do Meu Pai
Tom: Ab
Intro: Gb Db Ab7 Db
Ab7
Nunca pensei que um dia voltaria lá na estância rever a casa amarela
Gb Db
Entrar na porta e olhar peça por peça me debruçar no para peito da janela
Ab7
Ver o terreiro que eu brinquei quando em criança o arvoredo carregadinho de flores
Db
Os campos verdes, o açude onde eu pescava a vizinhança e o meu primeiro amor
Ab7 Db
Os passarinhos, ai cantando alegre, ai
Gb Db
Só eu não vi minha irmã e o meu irmão
Ab7 Db Bis
Minha mãe do coração e o meu querido pai
Ab7
Eu perguntei para o capataz da estância já bem velhinho custou me reconhecer
Gb Db
Seus pais morreram, seus irmãos foram embora isto é tudo que eu tenho pra lhe dizer
Ab7
Eu já sabia que meus pais tinham morrido só não sabia que meus irmãos foram embora
Db
Voltei de novo a vestir minha bombacha chapéu, lenço, a bota e o par de espora
Ab7 Db
Montei de novo, ai outro cavalo, ai
Gb Db
Não voltei mais pra minha casa na cidade
Ab7 Db Bis
Para dar continuidade na estância do meu pai
Ab7
Remodelei toda a estância novamente planto arroz e crio gado charolês
Gb Db
Meu pai no céu agora descansa em paz por ver seu filho refazendo o que ele fez
Ab7
Os meus irmãos não querem mais a estância compreis as partes fiquei de dono sozinho
Db
E conquistei a minha antiga namorada ela e a estância retomaram meu caminho
Ab7 Db
Adeus cidade, ai Viver de louco, ai
Gb Db
Um casalzinho de gêmeos veio outro dia
Ab7 Db Bis
Aumentou mais alegria na estância de meu pai
Filha de Gente Valente Tom: C Intro: F C7 F
C7 F
Estou de namoro com uma prendinha de raça valente que é barbaridade
C7 F
Seus pais seus irmãos seus tios me disseram que eu largue de mão, que ela tem pouca idade
C7 F
E certo ela é nova tem dezesseis anos mais os pais querendo o juiz da licença
C7 F
Caso direitinho, com todo respeito ela vai se criar lá na minha querência
C7
(Ai, morena
F
Não deves mais chorar
C7 Bis
Onde tem gente valente
F
É que eu gosto de chegar)
C7 F
Recebi tua carta respondendo a minha contando a saudade que sente de mim
C7 F
O mesmo eu sinto prendinha querida mais cedo ou mais tarde a tristeza tem fim
C7 F
Seu corpo é bem feito e seu rosto de rosa nasceram pra mim e ninguém põe a mão
C7 F
Te trago comigo de um jeito ou de outro na paz ou na briga, na bala ou facão
C7 F
E assim minha gente tudo aconteceu montei no meu zaino certa madrugada
C7 F
Num pé de figueira nos fundos da casa pulou na garupa minha namorada
C7 F
Dois quarenta e quatro eu levei na cintura disposto a enfrentar qualquer tempo feio
C7 F
Mas não foi preciso dei graças a Deus, disse o pai de quem amo: pra que tiroteio
C7
Ai morena
F
O amor não tem fronteira
C7 Bis
Filha de gente valente
F
Não pode morrer solteira
Passo Fundo do Coração Tom: A Intro: A A7 D E7 A E7 A
E7
Eu venho vindo lá de passo fundo
A
Não é no fim do mundo fica logo ali
E7
É uma linda cidade no alto da serra
A
Minha querida terra, onde eu nasci
E7
O sol brilha no céu e desce no horizonte
A
Por detrás do monte lá no fim do mundo
E7
Muito mais pra cá onde a vista alcança
A
Cheio de esperança está meu Passo Fundo
E7
A lua lá céu caminha tão triste
A
Do alto me assiste tão cheia de tédio
E7
Banha Passo Fundo com luar prateado
A
Vivendo separado do Planalto Médio
E7
Uma estrela corre riscando no céu
A
Faz um fogaréu e parece que cai
E7
Fico contemplando com o olhar profundo
A
Pro meu Passo Fundo o pensamento vai
E7
Lá de Passo Fundo eu parti chorando
A
Pela estrada andando e olhando pra trás
E7
Trazia este meu peito partido de dor
A
Terra que eu tenho amor, quantos anos faz
E7
Assim a vida passa eu moro em outros pagos
A
Não tenho teu afago mas eu vivo bem
E7
Adeus meu Passo Fundo, meu torrão nativo
A
Aqui onde eu vivo é Rio Grande também
Gaita e Violão Tom: D Introdução: D Em7 A7 D A7 G A7 D A7 D A7 D
Em7 A7 D
Depois que ela foi embora não encontrei mais razão
A7 G D
Não saí de mim e tristeza e a mágoa do coração
Em7 A7 D D7
Eu só encontro consolo na rima, verso e canção
G D A7 G A7 D
Com esta saudade baita ouvindo o som de uma gaita e os acordes do violão
Em7 A7 D
Ah, se não fosse essa gaita e o meu companheiro violão
A7 G D
Eu já teria morrido de saudade e de paixão
Em7 A7 D D7
O inventor do instrumento Deus abençoou a mão
G D A7 G A7 D
Os pobres, nobres e lordes buscam dentro dos acordes a paz na desilusão
Int.
Em7 A7 D
Descontraído me encontro ouvindo a gaita sonora
A7 G D
A gaita por mim suspira por mim o violão chora
Em7 A7 D D7
Enquanto meu peito canta o meu coração melhora
G D A7 G A7 D
Violão, gaita querida são quem me alegram na vida depois que ela foi embora
Em7 A7 D
Por isso eu sei que não morro de saudade da senhora
A7 G D
Inventa outra dor pra mim, volta e me mate na hora
Em7 A7 D D7
Sufoca com os seus beijos, eu lhe desafio agora
G D A7 G A7 D
Gaita e violão são dois seremos quatro depois jogando a mágoa pra fora
Int.
Enviada por Geraldo
Gaita Velha do Seu Ary Tom: C Intro: F C7 F
C7 F
Tenho saudade da minha terra em cima da serra onde eu nasci
C7 F
A verde mata temperou meu sangue por isso eu nunca eu te esqueci
C7 F
Ainda moço o inhandú piando imaginado a verde mata
C7 F
As saracuras cantando em festa nas águas puras de uma cascata
C7 F
(Ouço o tinido da oito baixo da gaita velha do seu Ary
C7 F Bis
Fazendo eco dentro da noite o som mais lindo que eu já ouvi)
( )Int.
C7 F
O sol desponta por trás da mata o dia cresce a tarde vem
C7 F
A noite desce, o céu estrelado canta o roceiro lembrando alguém
C7 F
Um galo canta, outro responde na vizinhança da madrugada
C7 F
Que coisa linda é amanhecer com a sinfonia da passarada
( )Int.
C7 F
As noites lindas de lua cheia iluminou a minha infância
C7 F
Alto da serra, mãe natureza sonho contigo cá na distância
C7 F
Lá eu nasci, lá eu fiquei moço lá aprendi a dançar rancheira
C7 F
Lá conheci o meu primeiro amor uma serrana linda e faceira
( )Int.
C7 F
Saí no mundo deixei a serra toda florida na primavera
C7 F
A casa branca onde eu nasci hoje a tristeza virou tapera
C7 F
Tive notícias um outro dia que judiou mais meu coração
C7 F
O seu Ary morreu foi embora e a gaita velha foi no caixão
( )Int.
A Volta do Tordilho Negro Tom: D7 Intro: G D7 G
D7 G
Aquele tordilho negro que a muito tempo eu domei
D7 G
Na estância do paredão um certo dia voltei
D7 G
Fui atender o chamado da moça que a flor ganhei
C G
Pra chegada ter mais brilho eu fui no mesmo tordilho
D7 G
E as três da tarde cheguei
Int.
D7 G
A fazenda embandeirada de muito longe avistei
D7 G
Um peão pra abrir a cancela meti o tordilho e cruzei
D7 G
A linda moça na porta falou pro pai e escutei
C G
Vem chegando o domador aquele que eu dei a flor
D7 G
E agora me apaixonei
Int.
D7 G
Desci do tordilho negro e a mão da moça apertei
D7 G
Num aperto carinhoso que ela me amava notei
D7 G
Sem sentir nada por ela pedi licença e entrei
C G
Tava ansiosa que eu chegasse e mandou que eu sentasse
D7 G
Numa cadeira de rei
Int.
D7 G
Logo veio o chimarrão e a erva boa provei
D7 G
Deu-me outro sinal de amor aí me justifiquei
D7 G
Não resisti dei-lhe um beijo e pra cadeira voltei
C G
Dei-lhe a cuia com carinho apertei o seu dedinho
D7 G
Que amava lhe confessei
Int.
D7 G
Pedi o prazo de um ano com a linda moça casei
D7 G
Na garupa do tordilho pra minha casa levei
D7 G
Na estância do paredão dois presentes eu ganhei
C G
Duas coisas que um homem quer cavalo bom e mulher
D7 G
Meu sonho realizei
A Morte Não Marca Hora Tom: E Intro: E7 A B7 E C#7 F#m E B7 E
E B7 E
Alô, alô amigos vamos ser realista, sabemos que a morte, ela não marca hora
B7 E
Aquele que quiser falar depois da morte, terá que escrever antes, fiz isso e canto agora
B7 E
E como eu queria falar depois da morte, então estou falando que eu já sou outrora
B7 E
Dizendo adeus amigos , meus fãs, meus familiares, meu coração parou já estou indo embora
E7 A E
Televisões e rádios vocês estão ouvindo, também vê minha foto em todos os jornais
B7 E
Dizendo que eu morri e é pura verdade, o dono desta voz já não existe mais!
E B7 E
Aqueles que puderem venham em meu velório amigos e parentes, meus fãs venham também
B7 E
O último adeus eu quero de vocês será o maior presente que eu levo pro além
B7 E
Será a última noite que eu passo com vocês, deitado em minha caixa junto aos que quero bem
B7 E
Não é preciso choro sorriam para mim, respondo meu silêncio depois a padre vem
E7 A E
Recomendar meu corpo pra Deus lá no infinito, depois peguem as alças carreguem meu caixão
B7 E
Me leve por favor pra última morada, cantando a minha música de gaita a violão!
Declamado: Quero que as duplas cantem em dueto choram os ais, quero um bom declamador se não é pedir demais Quero dois bons trovadores em dez minutos de rima, enquanto o povo me atira todas as flores por cima Não ponham-me na parede quero túmulo sobre o chão, meu busto de bronze em cima abraçado ao violão O busto será mais tarde, fazer a família mande, marque o lugar que descansa a cantador do Rio Grande
B7 E
Aqui fica meu corpo minha alma vai pro céu pagar os meus pecados se eu fui pecador
B7 E
Se eu puder voltar espiritualmente quero fazer o bem ao povo sofredor
B7 E
A onde houver criança cuidando estarei curando os enfermos e amenizando a dor
B7 E
As que tiverem fome arranjarei o pão me ajude a fazer isto meu cristo salvador
E7 A E
Cantores e cantoras também vou proteger, cantar foi o que eu fiz quando na terra andei
B7 E
Chame pelo meu nome quem precisar de mim se Deus me der licença contigo eu estarei!
Abraçada Com a Tristeza Tom: F Intro: Bb F7 Bb F7 Eb Bb
F7 Bb
Eu quero ver tu abraçada com a tristeza pagando o mal que um dia fez pra mim
F7 Bb
Dizendo o mesmo, como eu na incerteza se o meu pranto um dia teria fim
F7 Bb
Eu quero ver tu amargando a mesma dor aquela dor que me deu pra amargar
F7 Bb
Esvoaçar como o perfume de uma flor e vai com o vento sem saber onde parar
F7 Bb
Ai, mulher teu dia vai chegar
F7 Bb
Passando o que eu passei o mundo vai te ensinar
F7 Bb
Ai, mulher agora é tua vez
F7 Bb
A hora está chegando pra pagar o que em fez
Intro.
F7 Bb
Eu quero ver os teus joelhos esfolados se arrastando para vir falar comigo
F7 Bb
Pedir perdão para os dias de desgraçados que a mim tu deste sem eu merecer castigo
F7 Bb
Eu quero ver qual a minha reação quando pedires tua mão pra levantares
F7 Bb
Tu já conheces o meu bobo coração mas desta vez ele não vai te perdoar
F7 Bb
Ai, mulher teu ai foi tão profundo
F7 Bb
Teu ai eu quero ouvir fazendo ecos no mundo
F7 Bb
Ai, mulher só estarei vingado
F7 Bb
Depois que a mesma chuva cair no teu telhado
Intro.
F7 Bb
Eu quero ver chegar o fim do teu pecado reconheceres como dói uma saudade
F7 Bb
Aí verás que o teu coração malvado do meu amor ele não tem piedade
F7 Bb
Eu quero ver tu por mim passar na rua noutra calçada de uma rua muito larga
F7 Bb
Não se constranja, não pare, continuas só pense nisso aqui se faz, aqui se paga
F7 Bb
Ai, mulher a vida é uma canoa
F7 Bb
Mais quando ela balança cai muita gente boa
F7 Bb
Ai mulher decore esta lição
F7 Bb
Quem não quiser sofrer nunca faça ingratidão
Intro.
Amor de Contrabando Tom: A Intro: D A7 D G A7 D
A7 D
Eu era um moço solteiro na vida sem uma querida pra me dar carinho
A7 D
Corria carreira, jogava baralho cruzava em atalho, encurtava caminho
G A7 D
No lombo do pingo balançando a espora pelo pago a fora cortando coxilha
G A7 G D A7 D
No cabo da adaga sempre fui ligeiro cortava o parceiro do queixo a virilha
Intro.
A7 D
Nas delegacias corria o meu nome me prendem este homem o covarde pedia
A7 D
De mim os valentes nunca davam parte por que desta arte também entendiam
G A7 D
Mas eu dava esmolas aos pobres nas estradas não fazia nada sem ser atacado
G A7 G D A7 D
Amava a criança, chegava em casebre benzia pra febre, deixava curado
Intro.
A7 D
No rio que divide Brasil e Uruguai um valente cai no pialo do amor
A7 D
Cá da minha pátria, lá na outra praia vi uma Uruguaia perfumada flor
G A7 D
Me joguei no rio atravessei a nado para o outro lado que proeza eu fiz
G A7 G D A7 D
Mi brasileirito a moça pronunciou contigo me vou para o teu país
Intro.
A7 D
Pulou na garupa coma mão acenando e disse chorando: adeus pátria querida
A7 D
Abraçada em mim amor não tem fronteira e a linda estrangeira mudou minha vida
G A7 D
Em arroio grande com ela casei de pelear deixei agora eu vivo amando
G A7 G D A7 D
Construí meu rancho na beira de um cerro meu último erro é esse contrabando
Intro.
Burro Picaço Tom: G
G D7 G
Comprei um burro picaço, de tres anos mais ou menos
D7 G
na hora de dar o recibo, o tropeiro foi dizendo
C D7 G
cuidado com este macho, que ele tem fama de ser perigoso
D7 G
por ter matado um peão, o nome do burro fico criminoso
G D7 G
Joguei lombilho no burro, o macho se estremeceu
D7 G
apertei a barrigueira, o meu burrao se encolheu
C D7 G
sentei em cima do burro, o povo de perto d medo correu
D7 G
mas falo que minha gente, pagao que me aguente ainda não nasceu
G D7 G
Cortei a crina do burro, no sistema meia lua
D7 G
pra cortar uma légua e meia, meu criminoso nem soa
C D7 G
pra passar uma tranqueira, passar uma porteira por cima ele vôa
D7 G
mas eh pó pra todo lado, no passo picado da perna da roa
G D7 G
Eu já vi burro ligeiro, mas igual este ainda não
D7 G
ajeitei cinco pacote, no filho do meu patrão
C D7 G
gosto muito de dinheiro, cinco mil cruzeiros não levam o machão
D7 G
e pra fala com franqueza, não existe riqueza que leve o burrão
Canarinho Cantador Tom: C#7 Intro: F# C#7 F#
C#7 F#
Canarinho cantador o que foi que aconteceu
C#7 F#
Tu cantavas tão alegre, de repente emudeceu
C#7 F#
Canarinho cantador o maior amigo meu
C#7 F#
Faz dueto quando eu canto mas agora entristeceu
C#7 F#
Se é porque ela foi embora, daqui desapareceu
C#7 F#
Isso ela fez muitas vezes antes que você nasceu
C#7 F#
Ela foi mais logo volta não pode viver sem eu
C#7 F#
Amigo não fique triste que ela não me esqueceu
Int.
C#7 F#
Canarinho eu aconselho para quem não aprendeu
C#7 F#
Quando a mulher vai embora e satisfação não deu
C#7 F#
Não chores, não vai atrás, faz quem nem se percebeu
C#7 F#
De volta ela vem chorando e diz que se arrependeu
C#7 F#
Canarinho estou lembrado, uma dia também sofreu
C#7 F#
Deixaste a gaiola aberta e alguém asas bateu
C#7 F#
Voou para muito longe de saudade aborreceu
C#7 F#
Não lhe traiu canarinho, e voltou pro cantinho seu
Int.
C#7 F#
Tua linda canarinha este ato cometeu
C#7 F#
Fez igual a minha amada comigo desentendeu
C#7 F#
Sem demora está de volta a consciência doeu
C#7 F#
Ela está pensando em mim e a paixão lhe comoveu
C#7 F#
Canta, canta canarinho, que ninguém te ofendeu
C#7 F#
A minha morena linda, vem ali, já resolveu
C#7 F#
Está deitada nos meus braços quantos beijinhos me deu
C#7 F#
Canta, canta canarinho, pro amor que não morreu
Canta meu povo Tom: G Intro: C D7 G Em Am D7 G
D7 G
(Canta meu povo, canta
D7
Não torne a vida em tristeza
Canta meu povo, canta
G
Canta meu povo que a vida é uma beleza)
C G
A vida para ser vivida, não é somente o dinheiro
D7 G
Amar e cuidar da saúde e ter Deus pra seu companheiro
C D7
Vem meu povo de mãos dadas formando a grande corrente
C G D7 G
Canta meu povo, não chora, Deus é a favor da gente
C G
Enquanto houver as igrejas enquanto houver as religiões
D7 G
Haverá sempre eternamente Deus em nossos corações
C D7
Deus construiu esse mundo em sete dias pra nós
C G D7 G
Canta meu povo, não chora, Deus quer ouvir a nossa voz
Cinzeiro Amigo Tom: Em Intro: Em Am D7 G Em B7 Em B7 Em
B7
Cinzeiro amigo velho pedaço de bronze
Em
Tu guardas cinzas dos cigarros que eu fumei
B7
Cinzeiro amigo não fala, não é indiscreto
Em B7 E
Me ouve fica bem quieto não conta às vezes que eu chorei
B7
Este cinzeiro, meu amigo que eu te falo
A E
É quem disfarça a minha triste solidão
B7
Juntinho dele é que procuro esquecer
E
De quem magoou o meu pobre coração
B7
Cinzeiro amigo em cada ponta de cigarro
A E
Reprisa a história tirada do peito meu
B7
É um romance de tristeza e amargura
E B7 Em
Que estou sofrendo por alguém que me esqueceu
Int.
B7
Cinzeiro na expressão mais comovida
Em
Meu companheiro das noites que não tem fim
B7
Quando a fumaça pelos ares vai se perdendo
Em B7 E
Estais sabendo que ela já esqueceu de mim
B7
Talvez um dia ela lembre com saudades
A E
Deste infeliz que te amou e abandonaste
B7
E este crime tu vai ter na consciência
E
Que o meu amor era só teu e tu mataste
B7
Cinzeiro amigo nas horas que estou mais triste
A E
E os restos de cigarro tu vai acumulando
B7
Ela talvez um dia acumule a tristeza
E Bis
E vai falar neste cinzeiro soluçando
Cobra Sucuri Tom: F# Intro: B F#7 B
F#7 B
Eu as veis tô me lembrando de um bom compadre que eu tinha
F#7 B
Valente como o diabo pior que galo de rinha
B7 E C#7 F#7
Quando o compadre puxava sua faca da bainha
B
Até a própria polícia prometia mais não vinha
Int.
F#7 B
Me contou um morador lá do rio Gravataí
F#7 B
Que na barranca desse rio ninguém mais pescava ali
B7 E C#7 F#7
Porque tinha aparecido uma cobra sucuri
B
E esta cobra fazia todo pescador fugir
Int.
F#7 B
Eu contei pro meu compadre ele agarro e pegou a rir
F#7 B
Me convidou pra ir lá mas eu já me arrependi
B7 E C#7 F#7
Pra ele não embravecer eu fui obrigado a ir
B
Lá na costa deste rio ver a cobra sucuri
Int.
F#7 B
Nós cheguemos na barranca até me deu um arrepio
F#7 B
Mas quando eu vi a cobra o meu compadre também viu
B7 E C#7 F#7
A água fez uma onda e na onda a cobra subiu
B
E ainda por desaforo deu uns quatro o cinco pio
Int.
F#7 B
Meu compadre vendo a cobra já foi largando a tamanca
F#7 B
Deu um jeitinho no corvo e da sua faca ele arranca
B7 E C#7 F#7
A cobra veio piando veio subindo a barranca
B
E eu também já fui subindo num pé de figueira branca
Int.
F#7 B
Lá de cima eu tava vendo como um homem se desdobra
F#7 B
Ai vi que meu compadre tinha destreza de sobra
B7 E C#7 F#7
Ele foi dando um jeitinho foi fazendo uma manobra
B
Em vez da cobra como ele, ele é quem comeu a cobra
Int.
F#7 B
Depois da cobra comida meu compadre embraveceu
F#7 B
Olhou para mim e disse porque foi que tu correu
B7 E C#7 F#7
Ora, ora meu compadre tu bem sabes quem sou eu
B
Eu tava loco de medo da cobra que tu comeu
Int.
Coração de Luto Tom: B Intro: Em Am Em B7 Em
B7
O maior golpe do mundo
Em
Que eu tive na minha vida
B7
Foi quando com nove anos
Em
Perdi minha mãe querida
B7
Morreu queimada no fogo
Em
Morte triste e dolorida
B7
Que fez a minha mãezinha
Em
Dar o adeus da despedida
B7
Vinha vindo da escola
Em
Quando de longe avistei
B7
O rancho que nós morava
Em
Cheio de gente encontrei
B7
Antes que alguém me dissesse
Em
Eu logo imaginei
B7
Que o caso era de morte
Em
Da mãezinha que eu amei
Solo: Em Am Em B7 Em (2X)
B7
Seguiu num carro-de-boi
Em
Aquele preto caixão
B7
Ao lado eu ia chorando
Em
A triste separação
B7
Ao chegar no campo santo
Em
Foi maior a exclamação
B7
Taparam com terra fria
Em
Minha mãe do coração
B7
Dali eu saí chorando
Em
Por mão de estranho levado
B7
Mas nao levou nem dois meses
Em
No mundo fui atirado
B7
Com a morte da minha mãe
Em
Fiquei desorientado
B7
Com nove anos apenas
Em
Por esse mundo jogado
Solo: Em Am Em B7 Em (2X)
B7
Passei fome passei frio
Em
Por esse mundo perdido
B7
Quando mamãe era viva
Em
Me disse filho querido
B7
pra não roubar não matar
Em
Não ferir sem ser ferido
B7
Descansa em paz minha mãe
Em
Eu cumprirei seu pedido
B7
O que me resta na mente
Em
Minha mãezinha é teu vulto
B7
Recebas uma oração
Em
Deste filho que é teu fruto
B7
Que dentro do peito traz
Em
O seu sentimento oculto
B7
Desde nove anos tenho
Em
O meu coração de luto
É Meu, É Só Meu Tom: Am Intro: C Dm7 G7 C
Am7 Dm7
Se um dia outro poeta tentar cantar mais do que eu
G7 C
Pra conquistar seu amor que pra mim sempre viveu
F G7
Eu vou cantar muito mais pra vencer quem a perdeu
Am7 Dm7 G7 C
E defendo seu amor, que é meu, é meu, é só meu
Intro.
Am7 Dm7
Ai de qualquer um poeta que neste mundo nasceu
G7 C
Querer me ganhar cantando o amor que Deus me deu
F G7
Faço o sol parar no céu, chover onde não choveu
Am7 Dm7 G7 C
E defendo o seu amor que é meu, é meu, é só meu
Intro.
Am7 Dm7
Os poetas que tentaram me vencer, não resolveu
G7 C
Fiz os poemas mais lindos que a mão de Deus escreveu
F G7
Mostrei ser o rei do verso, a minha idéia cresceu
Am7 Dm7 G7 C
E defendi o seu amor, que é meu, é meu, é só meu
Intro.
Am7 Dm7
Amo você mais que a vida, você já reconheceu
G7 C
Por isso que outro poeta que ouviu o cantar se rendeu
F G7
A minha musa inspiradora quem me vencer morreu
Am7 Dm7 G7 C
E defendi o seu amor que é meu, é meu, é só meu
Intro.
Eu Quisera Tom: B Intro: E C#m F#m B7 A E C#m F#m B7 E
B7 E
Eu quisera dormir nos teus braços e acordar na doçura dos beijos
B7 E
Com ternura acariciar o teu rosto lhe amando matar meus desejos
B7 E
Eu quisera construir um lar muitas flores plantar no jardim
B7 E
Eu quisera ser mais que um amigo mas eu não consigo seu amor pra mim
B7 E B7 E
É tão grande a nossa amizade dá saudade, e você sabe disso
B7 E
Vivo preso no seu lindo olhar que não quer me amar, mas me faz um feitiço
Intro.
B7 E
Eu quisera fazer qualquer coisa pra ganhar seu amor tudo eu faço
B7 E
Entraria na jaula da fera e tentava lhe ganhar no braço
B7 E
Sem revólver, sem faca, sem nada entraria com uma condição
B7 E
Se eu vencesse e saíssem com vida seria, querida meu o seu coração
B7 E B7 E
Lhe proponho qualquer aventura é loucura mas diga se quer
B7 E
E depois meu amor lhe direi que jamais olharei para uma outra mulher
Intro.
B7 E
Eu quisera não ser só amigo deste jeito é que você me trata
B7 E
Me declaro em versos agora essa valsa que é uma serenata
B7 E
Me responda somente por carta tenho medo de ouvir pessoalmente
B7 E
Se a resposta for não, morrerei se a resposta for sim lhe ouvirei docemente
B7 E B7 E
Ficarei na expectativa a missiva escrita eu quero ler
B7 E
Sendo sim meu amor me liberta sendo não fique certa de amor vou morrer
Intro.
Facão tres listas Tom: C#7 Intro: F# C#7 F#
C#7 F#
Eu mandei fazer no ano passado um facão três lista aço temperado
C#7 F#
Pra fazer parelha com relho trançado por que novamente fui desafiado
C#7 F#
Agora é um outro do pelo mais duro esse não é velho é um cara maduro
C#7 F#
Diz que vem armado pra brigar seguro o que eu faço nele pros meus fãs eu juro
B C#7 F#
O relho por cima e o facão por baixo e esse cara macho corto a laço e furo
C#7 F#
O velho e o filho do relho trançado vieram na briga e eu deixei marcado
C#7 F#
Calaram a boca com o lombo coçado agora é a vez do meu facão listado
C#7 F#
Esse outro cara é mais macho e tem crista e ele quem se gaba, bom propagandista
C#7 F#
Diz que atira bem e não é curto de vista ele é valentão e eu sou repentista
B C#7 F#
Meu relho te pega corta e abre rombo estreio em teu lombo meu facão três lista
C#7 F#
Eu vou bater forte na hora da briga te marco nas costa e ponteio a barriga
C#7 F#
Tu, é ordinário e Deus não me castiga o facão te pega e de mim tu desliga
C#7 F#
Pra marca do relho recomendo sal pra marca do três lista é outro material
C#7 F#
Põe erva de bicho que é medicinal ou procure a porte de algum hospital
B C#7 F#
Valentão que eu pego chora e me obedece e jamais esquece o facão especial
C#7 F#
Guardei teu recado e a tua proposta respondo cantando não sei se tu gosta
C#7 F#
O que me interessa é te dar a resposta depois te marcar com três lista nas costas
C#7 F#
Quem manda recado eu jamais esqueço quero que anote o meu endereço
C#7 F#
Eu moro na glória e medo eu não conheço e sabe os lugares onde eu apareço
B C#7 F#
Meu facão três lista no dia se solta e mondo de volta com couro do avesso
Falso Amigo Tom: C Intro: Fm Bbm Eb7 Ab Fm C# C7 Fm C7 Fm
C7 Fm
Sai da frente, falso amigo, ela é só minha não tente conquistar seu coração
C7 Fm
Faz muito tempo que a ela eu encontrei era pura, por ninguém tinha paixão
Bbm C7 Fm
Eu criei, eu acolhi, eu a conservei, como posso entregar a um ladrão
Bbm Ab C7 Fm
Ela me ama, eu a amo, nós nos amamos somente a morte nos dará separação
Intro.
C7 Fm
Ela tinha quinze anos, não esqueço era livre nunca teve namorado
C7 Fm
Não a roubei de ninguém, trouxe comigo já faz anos que ela vive a meu lado
Bbm C7 Fm
Falso amigo não és Deus, não és a morte pra levar contigo o meu bem amado
Bbm Ab C7 Fm
Vai fazer como eu fiz, não seja intruso desejar a mulher do outro é pecado
Intro.
C7 Fm
Ela é boa, ela é minha, ela é sincera ela é um anjo de carinho e de bondade
C7 Fm
E tu que eu pensei ser meu amigo escondia no teu peito a falsidade
Bbm C7 Fm
Tua carta ela queimou rindo de ti mostrando a mim a sua sinceridade
Bbm Ab C7 Fm
Foste pra mim o mais falso companheiro és um covarde, ladrão de felicidade
Intro.
C7 Fm
Falso amigo te afasta do meu caminho sabes bem que ela me ama e não te quis
C7 Fm
Vai procurar um coração que esteja livre faça o mesmo, como com ela eu fiz
Bbm C7 Fm
Ela é minha, eu sou dela, sai da frente ouça bem o que meus versos te diz
Bbm Ab C7 Fm
Com a infelicidade dos outros neste mundo ninguém pode ser feliz
Intro.
Fim do Nosso Amor Tom: Bm Intro: G D A7 D
Bm7 Em7
Passei a noite toda ela em você pensando
A7 D
Imaginando o seu viver sem meu carinho
B7 Em7
Será que outro fará o mesmo que eu fazia
A7 D
Tirando as pedras que sempre existe no seu caminho
G
Vai, vai querida
D
A liberdade foi você mesma que quis
Em7
Tomara Deus que arranje outro melhor que eu
A7 D
Eu só desejo que você sempre seja feliz
Introdução: G D A7 D
Bm7 Em7
E está noite que eu passei pensando em você
A7 D
Eu esqueci foi de pensar em mim também
B7 Em7
Deixa pra lá, eu penso em mim um outro dia
A7 D
Fecha uma porta, abre-se outra pra mais alguém
G
Vai, vai querida
D
Siga em frente na nova estrada e não pense em mim
Em7
Não vou chorar, vou entender e me conformar
A7 D
Todo o romance cedo ou mais tarde chega ao seu fim
Introdução: G D A7 D
Bm7 Em7
Não conseguimos nos entender jamais na vida
A7 D
Pra reviver um grande amor que já viveu
B7 Em7
Já não me amas, há muito tempo venho percebendo
A7 D
E foi por isso que o meu amor também morreu
G
Vai, vai querida
D
Me maltratou, não amo mais, não nos amamos
Em7
As pedras rolam , o mundo é grande, pelas estradas
A7 D
Talvez um dia, pra conversar, nos encontramos
Introdução: G D A7 D
Gaúcho Amigo Tom: D Intro: D A D A G F#m Em D
D A7 D
Tá garoando lá fora, boleia a perna gaúcho
A7 G
E chegue cá pro galpão, onde tem chimarrão (Bis)
A7 D
Não precisa ter luxo
A7 D
Vem me contar da tristeza que está abatendo no teu coração
A7
Eu soube que a china que amavas partiu,
G A7 D
De ti desistiu, foi pra outro rincão
A7 D
Não liga pra isso, agüenta o repuxo, tá certo gaúcho a china é potra,
A7 G A7 D
Goleia o amargo da cuia prateada, isso não é nada tu arruma outra.
(Refrão) (intro) (Refrão)
A7 D
Senta aqui perto do fogo desata esta mágoa e conte a história
A7 G A7 D
Eu também conto o que passou comigo, gaúcho amigo saí com a vitória
A7 D
Não lembro o dia mas foi certa vez, uma china me fez sair porta a fora
A7 G A7 D
Chamei a danada e segurei no braço, debulhei no laço e mandei ela embora
(Refrão) (intro) (Refrão)
A7 D
Não chores não tenha tristeza enxuga esse pranto que cai do teu rosto
A7 G A7 D
Tira da lembrança essa china maleva apaga essa treva de mágoa e desgosto
A7 D
Faça o que fiz uma outra arranjei com esta casei e garanto que presta
A7 G A7 D
Mas se me for falsa eu suspendo o pala e meto uma bala no meio da testa
(Refrão) D A G F#m Em D
Gaúcho de Passo Fundo Tom: D Intro: G D A7 D G D A7 D
D G A7 D
Me perguntaram se eu sou gaúcho, está na cara, repare o meu jeito
A7 D
Eu sou gaúcho lá de Passo Fundo e trato todo mundo com muito respeito
G D A7 D
Mas se alguém me pisar no pala meu revolver fala e o buchincho está feito.
D G A7 D
Não sou nervoso, nem carrego medo, eu me criei sem conhecer remédio
A7 D
Eu meto o peito em qualquer fandango, mas quando me zango até derrubo prédio
G D A7 D
Eu sou gaúcho e se me agride eu tundo, sou de Passo Fundo do Planalto médio
D G A7 D
Me perguntaram qual era a razão de ter orgulho em ser passofundense
A7 D
Eu respondi sou da terra do trigo tem povo amigo e quando luta vence
G D A7 D
É um pedaço do Rio Grande amado, orgulha o estado e o povo riograndense
D G A7 D
Já respondi a pergunta seu moço, me dá licença vou encilhar o cavalo
A7 D
Brasil a fora atravessei os estados, troteando apressado vim tirando o talo
G D A7 D
Pra ver as prendas mais lindas do mundo, chega em Passo Fundo no cantar do galo
Já Me Cansei Tom: D Intro: G Em7 A7 D Bm7 F#m7 Em7 A7 G D
D
Já me cansei
A7
De amar quem não merece
Já me cansei
D
De quem não gosta de mim
Fui bom demais
A7
Pra quem não reconhece
Um homem honesto
D
Não pode viver assim
D
Quem me encontrar
A7
Por aí muito sozinho
Não diga nunca
D
Que eu devo algum pecado
Eu dei as flores
A7
Para quem me deu espinhos
Jurando amor
D
Me trazia enganado
REFRÃO:
G
Não
Em7 A7 D
Não, esperava o fingimento deste alguém
Bm7 F#m7 Em7
Mas ela irá passar por aqui também
A7 D
Pior que eu mentindo que me fez bem
Esta mulher
A7
Nuca teve coração
Quem conhecer dirá
D
O mesmo que eu acho
E7
Ela me deve a maior ingratidão
Vai me pagar
D
Quando deus olhar prá baixo
Quando passares
A7
Na estrada onde eu passei
Verás meu rastro
D
Se a chuva não apagou
Mas vai pisar
A7
As mesmas pedras que eu pisei
A essa altura
D
Minha vida já mudou
REFRÃO:
G
Não,
Em7
Não me querias
A7 D
Mas fingia que me amavas
Bm7
Por muito tempo
F#m7 Em7
Ser amado eu pensava
A7
Se fosse franca
D
Hoje talvés lhe perdoava
Quando as lágrimas
A7
Rolarem em tua face
Quando o orgulho
D
Abandonar o teu peito
Seria bom
A7
Que o espelho te mostrasse
Toda a tristeza
D
De um grande amor desfeito
Passei por isso
A7
Só mais tarde eu entendi
Não era amado
D
Brincavas com meu amor
Quando sofreres
A7
Tudo aquilo que sofri
Irás gemer
D
Como eu a mesma dor
REFRÃO:
G Em7
Não, todos vão ver
A7 D
Tu chorando arrependida
Bm7
Por todo mal
F#m7 Em7
Que me causaste na vida
A7
A essa altura
D
Já curei minha ferida.
G F#m7 Em7 D
Judiaria Tom: D
D Em
Agora você vai ouvir aquilo que merece
A D
As coisas ficam muito boas quando a gente esquece
Em
Mas acontece que eu não esqueci a sua covardia
A sua ingratidão
A
A judiaria que você um dia
D
Fez pro coitadinho do meu coração
G
Essas palavras que eu estou lhe falando
D
Têm uma verdade pura, nua e crua
Em A
Eu estou lhe mostrando a porta da rua
D
Pra que vocês saia sem eu lhe bater
G
Já chega o tempo que eu fiquei sozinho
D
Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando
Em A
Agora quando eu estou melhorando
G D
Você me aparece pra me aborrecer
Lindo Rancho Tom: A Intro: D A E7 A
E7
Eu tenho um lindo rancho na minha fazendola
A
As horas que me folga eu toco na viola
E7
Feliz por toda a vida serei de Deus quiser
A
Quem cuida do meu rancho é um sonho de mulher
D A
Eu saio a cavalgar em busca da boiada
E7 A
Andando pelo campo eu canto uma toada
D A
O meu cavalo branco galopa sem parar
E7 A
Os meus peões entoam meu jeito de cantar
D A
(Io lerô leri, io lerô lará
E7 A
Io Lerô leri, lari, lari rurá)
E7
Não troco meu viver por luxo da cidade
A
Aquele corre-corre não é felicidade
E7
Aqui dá a laranja, banana, dá maçã
A
O gado dá a carne, a ovelha dá a lã
D A
Nas várzeas do meu campo eu crio os animais
E7 A
No alto da coxilha eu planto os meus trigais
D A
E quando morre o dia pro rancho estou voltando
E7 A
Os meus peões entoam pra ela eu vou cantando
D A
(Io lerô leri, io lerô lará
E7 A
Io Lerô leri, lari, lari rurá)
E7
A lua no terreiro sento a beira do rancho
A
Pra minha doce amada canto que me desmancho
E7
Bonita e carinhosa apaga outras que eu tive
A
Feliz no lindo rancho assim a gente vive
D A
Não troco o lindo rancho por nada neste mundo
E7 A
Aqui a liberdade eu respiro bem profundo
D A
E quando chove muito eu lido no galpão
E7 A
Os meus peões entoam comigo esta canção
D A
(Io lerô leri, io lerô lará
E7 A
Io Lerô leri, lari, lari rurá)
Mocinho Aventureiro Tom: B Intro: (C#7 F# B7 E) B7 E B7 E
B7 E
Era mocinho ainda me lembro, dezoito anos completei
B7 E
Eu resolvi sair de casa, clareava o dia eu me aprontei
B7 E
A minha mãe me perguntou, diga meu filho pra onde vais
B7 E
Não respondi, só dei-lhe um beijo e abracei meu velho pai
B7 E
Ao despedir choram os que ficam também chora quem se vai
B7 E
Piquei na espora o meu tordilho, olhei pra trás por despedida
B7 E
Chorava irmão, chorava irmã, chorava o pai e mãe querida
B7 E
Também chorava estrada afora no meu cavalo galopando
B7 E
Olhava a mata orvalhada, ouvia os pássaros cantando
B7 E
Pela mocinha que eu amava, eu também ia chorando
Int. (F# B7 E)
B7 E
Eu destinei correr a mundo, fazem dez anos e não voltei
B7 E
Duzentas léguas está distante, quem me amava eu lá deixei
B7 E
Não fui feliz nesta jornada, por isso não voltei pra trás
B7 E
Mas no momento em que melhore, eu vou rever meus velhos pais
B7 E
Quero abraçar os meus irmãos e de lá não sair jamais
F C7 F
Os irmãos devem estar casados e os meus pais envelhecidos
C7 F
Por não saber notícias minhas, pensam que eu tenha morrido
C7 F
E a mocinha que ainda amo se ela casou felicidades
C7 F
Se não casou ainda me espera, vamos unir pra eternidade
C7 F
Juntinho dela e meus parentes, morre pra sempre a saudade
fim: D7 G C F D7 G C F
O Colono Tom: E Intro: E B7 E
E B7 A E
Não ri seu moço daquele colono agricultor que ali vai passando
B7 E
Admirado com o movimento desconfiado lá vai tropeçando
B7 A E
Ele não veio aqui te pedir nada são ferramentas que ele anda comprando
B7 E
Ele é digno de nosso respeito de sol a sol vive trabalhando
B7 A G#m F#m E
Não toque flauta não chame de grosso pra te alimentar na roça está lutando
Intro.
B7 A E
Se o terno dele não está na moda não há motivo pra dar gargalhada
B7 E
Este colono que ali vai passando é um brasileiro da mão calejada
B7 A E
Se o seu chapéu a da aba comprida ele comprou e não te deve nada
B7 E
É um roceiro que orgulha a pátria e colhe o fruto da terra lavrada
B7 A G#m F#m E
E se não fosse esse colono forte tu ias ter que pegar na enxada
Int.
B7 A E
E se tivesse que pegar na inchada queria ver-te mocinho moderno
B7 E
Pegar num coice de um arado nobre e um machado pra cortar o cerno
B7 A E
E enfrentar doze horas de sol num verão forte tu suava o terno
B7 E
Tirar o leite e arrancar mandioca no mês de julho no forte do inverno
B7 A G#m F#m E
Tuas mãozinhas, finas, delicadas criavam calos viravam um inferno
Int.
B7 A E
Esse colono enfrenta tudo isso e muito mais eu não disse a metade
B7 E
Planta e colhe com o suor do rosto pra sustentar nós aqui na cidade
B7 A E
Não ri seu moço mais desse colono vai estudar numa faculdade
B7 E
Tire o VR e chegue lá na roça repare lá quanta dificuldade
B7 A G#m F#m E
Faça algo por nossos colonos e que Deus lhe pague por tanta vontade
Intro.
Olhar Feiticeiro Tom: E Intro: D A E7 A
E7
Fui perseguido pelo seu olhar tentei fugir por uma razão
A
Porque em pedaços eu carregava dentro do peito o meu coração
D E7
Eu tive medo de sofrer de novo é muito triste uma desilusão
D A E7 A
Mas seu olhar insistentemente me faz novamente cair na prisão
E7
Para fingir que não me amava eu quis fazer meu coração ruim
A
Mas seu olhar meigo e poderoso tomou aos poucos conta de mim
D E7
Deixei meus olhos recair nos seus e os nossos lábios se uniram assim
D A E7 A
E apaguei meu antigo desgosto provando o gosto do seu carmim
REFRÃO
D
Ah, meu amor
A
Por outro alguém já morri de desejo
E7 Bis
Mas digo agora que provei seu beijo
A
Não há ninguém que tenha mais calor
Introdução: D A E7 A
E7
Agora sim eu sei que sou amado não tinha medo se houvesse rivais
A
Você sozinha se prendeu por mim seu grande amor não perderei jamais
D E7
Você meu bem mudou a minha vida já rolei tanto pelos vendavais
D A E7 A
Hoje em meus braços tudo é calmaria pareço o mar depois dos temporais
Introdução: D A E7 A
E7
Teus olhos lindos me atraíram tanto como eu adoro teu corpo moreno
A
Nos teus cabelos negros como a noite o teu amor é doce veneno
D E7
Te amo tanto como a própria vida chego a sentir meu coração vivê-la
D A E7 A
Sinto em meus lábios a sede do amor onde eu bebo gotas de sereno
Introdução: D A E7 A
Que droga de vida Tom: C Intro: C G7 F G7 C G7 F C G7 C
G7
Que droga de vida que eu estou levando com esta mulher está me matando
F G7 C
Com tantas mulheres que existe no mundo suspiro profundo com outra sonhando
G7
Que droga de vida que estou alegando com esta mulher me sacrificando
F G7 C
Há outras mulheres da alma mais pura a minha procura e eu vivo enjeitando
G7 C G7 C
Que droga de vida mais a culpa é minha não é uma rainha pra me chicotear
F C G7 C
Que tenha um coração igual a um tesouro e eu sou um tolo deixo me judiar
G7
Que droga de vida que eu estou passando com esta mulher só me castigando
F G7 C
Tem outras mulheres que tem mais beleza mais tenho certeza que estou acordando
G7
Que droga de vida que estou amargando com esta mulher me amargurando
F G7 C
Vou mostrar pra ela que eu venço o duelo em outro castelo alguém está me esperando
G7 C G7 C
Que droga de vida que viver tristonho quero ser risonho com um novo amor
F C G7 C
Quero ser feliz tenho esse direito de tirar do peito essa triste dor
G7
Que droga de vida que vivo chamando pra essa mulher que esta me escutando
F G7 C
Tem outras mulheres que estão me querendo e eu padecendo e ela me esperando
G7
Que droga de vida mais está acabando com essa mulher o fim tá chegando
F G7 C
Com outra mulher estou de namoro coração de ouro estou te amando
G7 C G7 C
Darei bela vida será mesmo assim levarei para mim uma linda mulher
F C G7 C
Deixei para outra cruel e fingida da droga de vida faça o que quiser
Querência amada Tom: A Intro: E A E B7 E
A
Quem quiser saber quem sou olha para o céu azul
B7 A B7 E
E grita junto comigo viva o Rio Grande do Sul
A
O lenço me identifica qual a minha procedência
B7 A B7 E
Da província de São Pedro padroeiro da querência
B7 E B7 E
Ó meu Rio Grande de encantos mil disposto a tudo pelo brasil
B7 E B7
Querência amada dos parreirais da uva vem o vinho
E
Do povo vem o carinho bondade nunca é demais
A
Berço de flores da cunha e de borges de medeiros
B7 A B7 E
Terra de Getúlio Vargas presidente brasileiro
A
Eu sou da mesma vertente que deus saúde me mande
B7 A B7 E
E que eu possa ver muitos anos o céu azul do rio grande
B7 E B7 E
Te quero tanto torrão gaúcho morrer por ti me dou o luxo
B7 E
Querência amada planícies e serras
B7
Os braços que me puxa da linda mulher gaúcha
E
Beleza da minha terra
A
Meu coração é pequeno porque deus me fez assim
B7 A B7 E
O Rio Grande é bem maior mas cabe dentro de mim
A
Sou da geração mais nova poeta bem macho e guapo
B7 A B7 E
Nas minhas veias escorrem o sangue herói dos farrapos
B7 E B7 E
Deus é gaúcho de espora e mango foi maragato ou foi chimango
B7 E B7
Querência amada meu céu de anil este Rio Grande gigante
E
Mais uma estrela brilhante na bandeira do Brasil
Relho Trançado Tom: E Intro: A E7 A E7 D A E7 A
E7
Um mau elemento me desafiou
A
De certo não sabe ainda quem eu sou!
E7
Me pediu resposta,aqui eu estou,
D A E7 A
Esperando a briga que tu me marcou!
E7
Tu sabe onde eu moro e por onde eu passo,
A
A raça que eu tenho e a força do braço.
E7
Trás o teu trabuco e as balas de aço,
D A E7 A
Tu erras os tiros e eu te passo o laço!
E7
Meu relho trançado eu carrego comigo
A
É a arma que eu tenho prá fraco inimigo!
E7
Tu puxa o trabuco e eu sou um perigo
D A E7 A
E marco o teu lombo no sistema antigo.
E7
Velhinho ordinário, tu já é arroz,
A
Pelo teu recado o filho vem depois!
E7
Eu conheço a tropa e o mugir dos bois
D A E7 A
Traz o filho junto, que eu bato nos dois!
E7
Cão que muito ladra não morde ninguém
A
Quem manda recado é certo que não vem!
E7
Mas, se acaso vir, já me preparei bem:
D A E7 A
Meu relho trançado muita fama tem!
E7
Tu, antes de vir, compra a uma gamela,
A
Ponha sal bem grosso e água morna nela
E7
Prá salgar teu lombo, também as canela,
D A E7 A
Depois cala a boca, língua de tramela!
Int.: A E7 A E7 D A E7 A
Santa Catarina Tom: F Intor: F C7 F
C7
Quero te saudar cantando minha Santa Catarina
F
Eu não fui nascido aí, mas tudo aí me fascina
C7
As tuas praias de mar majestosa obra divina
F
As montanhas verdejantes com a água do mar combina
Bb C7
Tua linda Florianópolis se espelha no verde mar
Bb F C7 F
Contrasta com a natureza e uma sereia a cantar
Bb C7
A lua derrama prata depois que a noite desce
Bb F C7 F
O sol se transforma em ouro depois que o dia amanhece
C7
Linda Santa Catarina da extensão da grandeza
F
Tuas serras são encantos e os teus vales é só beleza
C7
Tuas cidades festivais não há sinal de tristeza
F
Tua gente me comove com tanta delicadeza
Bb C7
Tuas louras e morenas tem perfume da flor
Bb F C7 F
Canto Santa Catarina quase morrendo de amor
Bb C7
Mulher feia nesta terra não poderia nascer
Bb F C7 F
Dentro de tanta beleza só beleza pode haver
C7
Meu povo catarinense, meu amigo, meu irmão
F
Faz divisa com o Rio Grande no meio do coração
C7
Catarinense e o gaúcho tem a mesma tradição
F
É só me estender o braço que eu te alcanço o chimarrão
Bb C7
Finco o espeto na divisa, carne gorda e bem assada
Bb F C7 F
Me alcance a tua farinha que alcanço a faca prateada
Bb C7
Tomamos o nosso vinho, selo da nossa amizade
Bb F C7 F
Brindamos Getúlio Vargas e Anita Garibaldi
Só Espero Ser Feliz Tom: C7 Intro: F C7 F
C7 F
Adeus amigos companheiros de serestas eu me despeço desta noite dos senhores
C7 F
Levo lembranças, recordações das nossas festas das serenatas, noites lindas, tantos amores
C7 F
Hoje pra sempre me despeço da boemia deixo a cidade, volto para o interior
C7 F
Eu tenho alguém que lá espera noite e dia já me cansei e vou viver pra aquele amor
Int.
C7 F
Minha querida estou de volta para ti sofreste muito com minha ausência lá na cidade
C7 F
Eu fui rapaz muito boêmio, me diverti minha adorada, primeiro amor, me deu saudade
C7 F
Trouxe o violão toda herança do meu passado quero cantar depois do nosso casamento
C7 F
As serenatas ao teu ouvido, só a teu lado e te amar por toda vida fiz juramento
Int.
C7 F
Não chores muito, meu grande amor, tenha alegria por que o boêmio que tu amas hoje se cala
C7 F
O meu passado encerro hoje nesta melodia e o violão vai pra parede da nossa sala
C7 F
Quero beijar a tua boca com ternura te abraçar forte junto ao meu coração
C7 F
Quero esquecer as minhas noites de aventuras quando eu cantar só para ti esta canção
Int.
C7 F
Deus abençoe o nosso lar por toda vida quero moral, quero respeito e orações
C7 F
Também prometo ser fiel minha querida do bom casal são todas estas obrigações
C7 F
Por me esperar por tanto tempo e ser sincera eu agradeço por todo o bem que me quis
C7 F
Serás pra mim sempre a primeira primavera e o teu boêmio só espera ser feliz Bis
Int.
Tordilho Negro Tom: A Intro: D A7 D
A7
Correu notícia de um gaúcho lá na estância do paredão
D
Tinha um cavalo tordilho negro foi mal domado ficou redomão
G A7
Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão
D
Dava o tordilho negro de presente pra quem montasse sem cair no chão
G A7
Eu fui criado na lida de campo não acredito em assombração
D
Fui na estância topar o desafio correu boato na população
Int.
A7
Era um domingo clareava o dia puxei o pingo e o povo reuniu
D
Joguei os trastes no lombo do taura murchou a orelha tive um arrepio
G A7
Botei a ponta da bota no estribo algum gaiato por perto sorriu
D
Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna montou e caiu
G A7
Saltei do lombo e gritei pro povo este será o último desafio
D
Tordilho negro berrava na espora por vinte horas ninguém mais nos viu
Int.
A7
Mais de uma légua o pingo corcoveou manchou de sangue a espora prateada
D
Anoiteceu o povo pelo campo procurando o morto pela invernada
G A7
Compraram vela fizeram o caixão a minha alma estava encomendada
D
A meia noite mais de mil pessoas deixaram da busca desacorçoadas
G A7
Dali a pouco ouviram o tropel olharam o campo noite enluarada
D
Eu vinha vindo no tordilho negro feliz saboreando a marcha troteada
Int.
A7
Boleei a perna na frente do povo deixei a rédea arrastar no capim
D
Banhado em suor o tordilho negro ficou pastando ao redor de mim
G A7
Tinha uma prenda no meio do povo muito gaúcha eu falei assim
D
Venha provar a marcha do tordilho faça o favor monte no selim
G A7
Andou no pingo mais de meia hora deu me uma rosa lá do seu jardim
D
Levei pra casa meu tordilho negro é mais uma história que chega no fim
Int.
Triste Madrugada Tom: E Intro: E E7 A B7 E
B7 E B7
Vem vindo a madrugada, como é triste lá vou eu perambulando pelas rua
A B7 E
Sou um vulto sem destino a caminhar companheiro da querida imagem sua
A B7 E
Você dorme nesta hora, sei que dorme e não sabe que eu me encontro tão sozinho
B7 E
Relembrando o passado tão feliz quando era todo meu o seu carinho
Int.
B7 E B7
Eu queria nesta hora estar juntinho dos teus braços a chorar no seu ouvido
A B7 E
Escutar dos teus lábios soluçando fica sempre aqui comigo amor querido
A B7 E
Como é triste esta fria madrugada acordado estou sonhando com você
B7 E
Minha bela e querida namorada não quer mais o meu amor não sei porque
Int.
B7 E B7
Se eu morresse nesta triste madrugada seria tão alegre para mim
A B7 E
Eu deixava de sofrer por teu amor minha mágoa, minha dor teria fim
A B7 E
Lá na campa onde eu ia repousar você talvez levaria-me uma flor
B7 E
Lia o meu nome escrito na santa cruz este infeliz aqui morreu por teu amor
Int.
Tropeiro Velho Tom: E7 Intro: A E7 A
E7 A
Tropeiro velho de tanta tristeza esconde o rosto na aba do chapéu
E7 A
Olha os cravados no fogo do chão olha a fumaça subindo pro céu
E7 A
Quebra de um tapa o seu chapéu na testa esqueça os teus oitenta janeiros
E7 A
Repare os campos lá vem a boiada pela estrada gritando tropeiro
A7 D A
Tropeiro velho não levanta os olhos não tem mais força é o peso da idade
E7 A
Acabrunhado à beira do fogo está morrendo de tanta saudade Bis
Int.
E7 A
Tropeiro velho sou um moço novo uma proposta te farei agora
E7 A
Me dá teu pala o relho e o chapéu bombacha e botas e o par de esporas
E7 A
Me dá o cavalo e o arreio completo vou continuar no teu lugar tropeando
E7 A
Tropeiro velho levantou os olhos sentado mesmo me abraçou chorando
A7 D A
Beijou meu rosto e foi fechando os olhos entregou tudo e morto tombou
E7 A
Morreu feliz porque vou continuar as tropeadas que ele tanto amou Bis
Int.
E7 A
Enterrei ele na beira da estrada pra ver a tropa que passa e se vai
E7 A
Vejam na cruz vocês vão saber tropeiro velho era o meu próprio pai
E7 A
Adeus meu pai tropeiro dos pampas teu pensamento cumprirá teu filho
E7 A
Estou fazendo aquilo que fizeste grita a boiada em cima de um lombilho
A7 D A
Tropeiro velho hoje descansa em paz estou fazendo aquilo que ele fez
E7 A
Os anos passam também fico velho vou esperando chegar minha vez
Int.
Última Carta Tom: D Intro: D A7 D A7 D
D
Eu recebi uma carta
A7
De um amor que já gostei
Saudades mandou lembranças
D
Por isto já esperei
Mas agora é muito tarde
A7
Tuas cartas eu já queimei
Em
E o teu retrato morena
A7 D
Por desaforo rasguei
Quantas noites sem dormir
A7
Por tua causa passei
Perdi momentos preciosos
D
Nas vezes que te visitei
Quantos versos de autoria
A7
Pra você eu dediquei
Em
Não respondo a sua carta
A7 D
De ser traído cansei
O prazer que ainda me resta
A7
Que de tudo eu me vinguei
O amor que deste a outro
D
Eu primeiro que gostei
Os lábios que outro beija
A7
Eu primeiro que beijei
Em
Eu não estou me gabando
A7 D
Teu nome não declarei
Na firma do nosso amor
A7
Um erro grande eu achei
Botaste um sócio honorário
D
Por isto eu me retirei
Resposta da tua carta
A7
É estes versos que cantei
Em
Sociedade com outro
A7 D
No amor nunca gostei
Última Ginetiada Tom: C#7 Intro: F# C#7 F#
C#7 F#
Eu encilhei o meu cavalo e levei outro fui convidado pra uma linda ginetiada
B Cº F# C#7 F#
Sai do rancho virava de meia noite a estrela Dalva repontava a madrugada
C#7 F#
Cheguei na festa o dia vinha clareando chegava o povo de carreta e a cavalo
B Cº F# C#7 F#
As oito horas tinha um concurso de rédeas, as dez e meia outro concurso de pealo Bis
Int.
C#7 F#
Levei um zaino e um tordilho bom de rédeas com dois cavalos e com sobra de recursos
B Cº F# C#7 F#
Passei do zaino os arreios pra tordilho, já levantei com o primeiro concurso
C#7 F#
As dez e meia outro concurso de pealo passei pro zaino os arreios novamente
B Cº F# C#7 F#
Soltaram o potro, meu laço estava armado, botei certinho nas duas patas da frente Bis
Int.
C#7 F#
Ao meio dia o churrasco foi um colosso cantei um xote pra saudar a gauchada
B Cº F# C#7 F#
No entrevero vi tanta prenda bonita, no meio delas minha antiga namorada
C#7 F#
E a meia tarde uma sanfona só chorava, deu um fandango e eu já me misturei
B Cº F# C#7 F#
O sanfoneiro era o Adelar Bertussi, por ser dos bons tirei a prenda e dancei Bis
Int.
C#7 F#
Entrou a noite o fandango se animou, como foi lindo aquele divertimento
B Cº F# C#7 F#
A minha antiga namorada estava bela chamou seu pai e já marquei o casamento
C#7 F#
Passei por lá uma semana e me casei genro fiquei do seu Antônio Maximino
B Cº F# C#7 F#
Me despedi da gauchada e retornei eu vim no zaino e ela veio no tordilho Bis
Int.
Um Mundo de Amor Tom: Dm Intro: Dm A7 Dm
A7
Que bom se eu pudesse um dia levar alegria pra quem tem tristeza
Dm
Que se eu fosse mais que os nobres pra levar aos pobres o pão sobre a mesa
D7 Gm
Quem bom seu pudesse sair fazer o surdo ouvir e mudo falar
Dm A7
Que bom se eu pudesse fazer o paralítico andar e correr
Dm
E o bom ceguinho eu fizesse enxergar
C
(Eu não queria ser cristo senhor
Bb A7
Nem eu o cantor que vive de canções
Gm Dm
Eu simplesmente só queria ser
A7
Um homem qualquer que tivesse o poder
Bb A7 Dm
Pra dar alegria a tantos corações)
Int.
A7
Que bom se eu pudesse agora para as mães que choram buscar seu filho amado
Dm
Que bom se eu pudesse acalmar a viúva a chorar, o esposo sepultado
D7 Gm
Que bom se eu pudesse a amante curar num instante seu coração da dor
Dm A7
Se eu pudesse os enfermos curar e as guerras pudesse acabar
Dm
E fazer do mundo um mundo de amor
( )Int.
A7
Que bom se eu pudesse ao ladrão lhe tornar cidadão de roubar ele deixasse
Dm
Que bom se eu tornasse o bandido num bom pai, bom marido da prisão eu lhe soltasse
D7 Gm
Que bom se ao ébrio eu pudesse e ele viesse do álcool deixar
Dm A7
Que bom que seria e que prazer profundo se eu pudesse dar paz a este mundo
Dm
Para todos crescer, viver e amar
( )Int.
Vai Cantador Tom: D Intro: A7 D A7 D
D A7 D
Ponteando sua viola lá vai indo o cantador
A7
Nos seus versos bem rimados vai cantando a sua dor
G D
Sua voz cheia de mágoa sai do peito sofredor
A7 D
Na sua melancolia eu ouvi quando dizia saudades de um grande amor.
A7
Vai cantador, desabafa tua mágoa, pra onde tu vais eu venho
D
Notes bem que eu também tenho, os meus olhos rasos d'água.
D A7 D
Escuta minha tristeza no ponteio da viola
A7
Os acordes doloridos é o pouco que me consola
G D
Pareço um menino triste que ainda não teve escola
A7 D
Pareço com o jogador que jogou o próprio amor agora pede esmola.
A7
Vai cantador, tu vais voltar como eu quem vai atrás de guarida
D
Nos caminhos desta vida saudades nunca morreu.
D A7 D
Viola quando eu morrer vou te deixar de herança
A7
Pra aquela ingrata mulher uma dia terá lembrança
G D
De chegar na campa fria nem que seja por vingança
A7 D
Depositar uma flor para o triste cantador que eternamente descansa
A7
Vai cantador que de volta estou chegando não há consolo alem
D
Irás aonde eu fui também, também voltarás chorando.
Infância Frustrada Tom: E Intro: D A E7 A
E7 A
O fim do ano está chegando novamente
E7
Me faz lembrar da minha infância tão cruel!
D A
Eu me frustrava, como eu me sentia mal
E7
Naquele dia: vinte e cinco do Natal
A
Pobre de mim! Não tinha o bom Papai Noel.
REFRÃO
E7 A
Papai Noel, quanta tristeza você me dava
E7 A
Papai Noel, no meu ranchinho você não chegava!
Int.
E7 A
Naquele tempo pensei que o bom Papai Noel
E7
Ele viesse pra criançada toda em geral
D A
Acreditava ardorosamente no bom velhinho
E7
Que também vinha poro menino pobrezinho
A
Vem até hoje mais só quem pode ganha o Natal
E7 A
Papai Noel velhinho esnobe, é comercial
E7 A
Papai Noel por isso os pobres não ganham Natal
E7 A
Papai Noel hoje eu entendo quem é você
E7
É um comerciante que só propaga na televisão...
D A
Não vem do céu, como eu pensava, antigamente
E7
Ainda judias do pobrezinho do inocente
A
Como judiava do coitadinho do meu coração
E7 A
Papai Noel hoje eu me vejo em cada criança
E7 A E7 A
Papai Noel que continuas na desesperança
Velho Casarão Tom: E Intro: E A B7 E
B7 E
Velho casarão já quase tapera da grande figueira sombreando o telhado
B7 E
Se ela falasse contava a história de quem te plantou há um século passado
B7 E
Mas como eu sou neto de quem lhe plantou eu conto a história casarão amado
A B7
Nas suas paredes tem furo de bala das revoluções que a história fala
A B7 E
Serviu de trincheira a varanda e a sala pra seu construtor meu avô afamado
Int.
B7 E
Ali meu avô os doze filhos criou sou filho que um empunhou a bandeira
B7 E
Meu avô morreu e ficou o meu pai mandando na estância pela vida inteira
B7 E
Meus tios foram embora pra outra querência ficou o casarão que foi sempre trincheira
A B7
Na frente o meu pai seu chimarrão tomava comigo no colo ele me embalava
A B7 E
Com a minha mãe os dois cantarolavam para mim dormir na sombra da figueira
Int.
B7 E
Lá por trinta e dois houve outra revolta as forças chegaram e foram invadindo
B7 E
Meu pai minha mãe abraçados aos fuzis velho casarão outra vez resistindo
B7 E
Lá do meu berço eu sai engatinhando pra ver e ouvir a bala zunindo
A B7
As forças recuaram acabou a desgraça a figueira grande abafou a fumaça
A B7 E
Meu pai demonstrou ter ficado com a raça do meu velho avô que brigava sorrindo
Int.
B7 E
Casarão querido da grande figueira ali fiquei moço faceiro e pachola
B7 E
Meu pai me ensinou a ser bom cantador e o primeiro acorde de uma viola
B7 E
Depois veio a morte e levou os meus pais sai pelo mundo minha fama minha rola
A B7
Quando ficar velho, velho casarão volto pra contigo tombar no chão
A B7 E
Da grande figueira quero o meu caixão e pra minha alma o céu por esmola
Int.
Veneno da Terra Tom: Ab7 Intro: Db Ab7 Db
Ab7 Db
Veio o progresso destruiu as matas e os passarinhos já foram embora
Ab7 Db
Os que não foram o veneno matou ai que tristeza o Rio Grande de outrora
Ab7 Db
Sei que o progresso é muito importante mais muita coisa ele também destrói
Ab7 Db
A natureza silvestre e saudável não tem mais, o coração me dói
Ab7 Db
Não vejo as águas dos rios e riachos tão cristalina como antigamente
Ab7 Db
Onde as espécies matavam a sede e a natureza sorria pra gente
Gb Ab7 Db
Veneno bravo do progresso louco poluiu tudo desgraçadamente
Int.
Ab7 Db
É muito lindo verduras plantadas ver os trigais, os arrozais também
Ab7 Db
Mais á na base do puro veneno então me diga que graça isso tem
Ab7 Db
Ganância triste querem plantar tudo por que não plantam só a metade
Ab7 Db
Preservem as matas e mãe natureza que dá saúde para humanidade
Ab7 Db
Como é que antes plantavam a colhiam sem o veneno não havia a fome
Ab7 Db
Por que um inseto combatia o outro e não morria envenenado o homem
Gb Ab7 Db
Mas gananciosos derrubaram as matas e é só veneno que o povo consome
Int.
Ab7 Db
Quero a volta das verdes matas quero as espécies do animal nativo
Ab7 Db
Quero os peixes de águas puras e também quero o progresso vivo
Ab7 Db
Quero retorno dos passarinhos quero a pureza dos campos e da serras
Ab7 Db
Pra não matar o homem do amanhã não ponham mais veneno na terra
Ab7 Db
Quero que morra o cientista burro e no caixão leve todo o veneno
Ab7 Db
Quero que nasce um cientista humano com outra química para o terreno
Gb Ab7 Db
Vão se unir as matas e as plantações, e amanhecer molhados de sereno
Int.
Verde e Amarelo Tom: F Intro: F C7 F
Sou caboclo amante da minha terra de um ranchinho lá da serra
C7
Eu cheguei estou aqui
Sou tão simples como a flor da pitangueira mas eu conheço a bandeira
F C7 F
Desta terra brasileira pátria amada onde eu nasci
Bb
Não desfaça da minha simplicidade da vergonha e da hombridade
C7
Que eu trouxe da verde mata
Bb F
Sou caboclo, sou a água da cachoeira
C7 F
Sou o sabiá laranjeira sou a lua cor de prata
Int.
Sou caboclo, da bandeira o amarelo sou os trigais dourado e belo
C7
Sou a soja e o arrozal
Sou o verde da bandeira, o campo, é céu o Brasil é meu troféu
F C7 F
O caboclo sem chapéu cantando o hino nacional
Bb
Sou vinte e duas estrelinha cor da água sou um brasileiro sem mágoa
C7
A grandeza do universo
Bb F
Sou a haste da bandeira, sou azul
C7 F
Sou o cruzeiro do sul sou a ordem o progresso
Int.
Sou caboclo deste Brasil continente sou a bandeira imponente
C7
Amo ela e não é pouco
Se um irmão do meu verso desmerece menos do que eu conhece
F C7 F
A bandeira que enaltece este meu Brasil caboclo
Bb
O bom Jesus nasceu de Maria santa e este caboclo que canta
C7
De outra Maria nasceu
Bb F
Outra Maria eu casei e me beija a boca
C7 F
É a mais linda cabocla brasileira que nem eu
Int.
Vida de Solteiro
Tom: C7
Intro: F C7 F
C7
Nascido e criado lá meu Rio Grande não tem quem me mande eu sou meu patrão
F
Encilho meu pingo quando amanhece e quando anoitece estou noutro rincão
C7
Chego numa festa de chapéu tapeado não sou mal criado trato com respeito
F
Eu toco violão e sou bom cantador ser namorador é meu maior defeito
Int.
C7
Gosto de carreira e de briga de galo tenho um bom cavalo para condução
F
Por onde eu passo eu namoro um pouco mas eu não sou louco prender o coração
C7
As moças perguntam porque não me caso eu não me atraso pra dar a resposta
F
Eu sou muito novo e se eu me casar irei carregar uma mulher nas costas
Int.
C7
As velhas implicam por que não me amarro só ponho no barro algum namoradinho
F
Conheço as morenas, das loiras eu entendo mas não me arrependo de viver sozinho
C7
Em porta de baile eu arrasto as esporas briga sem demora logo me aparece
F
Puxo meu facão e no meio da sala eu encho de bala quem não me obedece
Int.
C7
A vida é tão curta por isso aproveito vivo desse jeito até quando eu quiser
F
Quero aproveitar a vida de solteiro gasto meu dinheiro e não quero mulher
C7
Se eu me casar eu perco a liberdade vou sentir saudade das noites de farra
F
Mais quando eu cansar de viver na orgia aí, qualquer dia uma moça me agarra