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Parada Dos Tropeiros
Tom: A
		
   A               E7                        A
Alembro do meu passado, que já vai muito distante,
               E7                   A
 o pai era tropeiro, eu era seu ajudante.
 D                       A
 A festança na pousada, não esqueço um instante, 
     E7             A               E7                A E7 A E7 A
 a tropa parou na estrada, e o progresso seguiu pra diante. 
    A            E7                A
 Tropeiro e boiadeiro mudaro de profissão, 
                 E7                     A
 transporte de boiada é nos possante caminhão. 
      D                  A
 A rodovia asfartada atravessa o sertão, 
      E7        A                  E7       A E7 A E7 A
 o posto de gasolina sempre foi pousada de peão. 
     A          E7                  A
 Progresso brasileiro deixou a recordação,
                E7                     A
 tropeiro e boiadeiro atravessava o sertão
.   D                      A
 Abrindo trio e picada, formando povoação, 
   E7              A              E7           A A7 A A7 A
 aonde passa o asfarto sempre tem o rastro de peão. 
       A         E7                      A
 A lembrança tropeira no meu coração guardado,
                 E7                     A
 o laço e a chinchadeira na garupa do cavalo 
      D                 A
 na batida da porteira no caminho do passado, 
      E7          A           E                     A A7 A A7 A
 a image do véio pai, vejo galopando sempre ao meu lado
Velho pai
Tom: A
		
A                     E7                      A
O meu pai já tá velhinho não pode mais trabalhar
                        E7                        A
Brincando com seus netinhos passa o tempo a recordar
                   E7                     A
Quando pega na viola pra tristeza disfarçar
                    E7                      A
Canta modas do passado e depois pega a chorar.
                 E7                     A
Ele conta sua vida de quando era solteiro
                   E7                    A
Das proezas que fazia no tempo de boiadeiro
                      E7                        A
Sempre foi arespeitado por esse Brasil inteiro
                        E7                        A
E cumpriu sempre com a lei, e com o dever de um brasileiro
                           E7                   A
Quando encontrar um velhinho, arespeite a sua idade
                     E7                     A
É uma sombra do passado é o espelho da saudade
                    E7                    A
Respeite como seu pai com carinho a amizade
                    E7                      A
Ele só dá bom conselho para o bem da mocidade
                    E7                       A
Todo velho já foi moço, todo o moço foi criança
                      E7                      A
A velhice é o fim da vida onde morre a esperança
                      E7                       A
Mas quem sempre faz o bem a glória no céu alcança
                      E7                         A
Seu nome fica na história e o passado por lembrança
Velhas cartas
Tom: C
		
C                   G7              C
Antigas cartas guardadas que o tempo amarelou
              G7                      C
É lembrança do passado que no meu peito ficou
C7                F         G7               C
Cada frase é uma saudade do tempo do nosso amor
C             G7                              C
Hoje é um risco de tinta relendo o meu pensamento
              G7                        C
Cada letra é um suspiro que ficou no esquecimento
C7            F      G7                C
Resto de amor é saudade no livro do sofrimento
C             G7                 C
O mensageiro canário fechou o zoio e morreu
           G7                          C      C7
Até a florzinha da carta o seu perfume perdeu
       F    G7                            C
Só ficou a falsidade na jura que ocê escreveu
C              G7
Do nosso amor é o que resta, a esperança perdida
                      G7
Não vejo mais seu sorriso, que alegrava minha vida
C7                      F     G7                       C
Só leio as palavras tristes, das velhas cartas esquecidas.
Cana Verde
Tom: A
Intro: 2x) ( A E7 A E7 A )
A       E7            A
Abre a porta ou a janela
      E7                 A
Venha ver quem é que eu sou
      E7           A
Sou aquele desprezado
      E7           A
Que você me desprezou
      E7            A
Eu já fiz um juramento
      E7            A
De nunca mais ter amor
       E7            A
Por viver penar chorando
      E7               A
Pra todo lugar que eu for
        E7              A
Quem canta seu mal espanta
      E7        A
Chorando será pior
     E7             A
O amor que vai e volta
     E7              A
A volta sempre é melhor
       E7          A
Chora viola e sanfona
       E7          A
Chora triste o violão
      E7           A
O que é madeira chora
      E7          A
Que dirá meu coração
     E7            A
Sanfona quarenta e oito
      E7            A
Tá querendo alguma coisa
      E7         A
Eu soube pela notícia
             E7         A
Que homem casado fede raposa
Mamãe, Mamãe, Mamãe
Tom: E
		
  E         E7       A        B7             E
O M que eu trago guardado na palma da minha mão
    A             B7                  E
É nome de mãe gravado no fundo do coração.
  A                                    B7
Mamãe, mamãe, mamãe, como eu gosto de você
   A       B7         E       B7           E
Minha mãe como faz falta tua vida em meu viver.
     E     E7        A      B7              E
Eu quero beijar tua mão a benção hó mãe querida
    A               B7                    E
Pedindo a Deus proteção e muitos anos de vida.
   A                                   B7
Mamãe, mamãe, mamãe como eu gosto de você
  A         B7        E       B7           E
Minha mãe como faz falta tua vida em meu viver.
    E           E7     A        B7             E
Em meus passos teus cuidados em meu viver teu amor
      A            B7                       E
Em minha alegria canta e chora com a minha dor.
  A                                    B7
Mamãe, mamãe, mamãe como eu gosto de você
  A        B7         E       B7           E
Minha mãe como faz falta tua vida em meu viver.
A Marca da Ferradura 
Tom: G
Intro: G D7 G D7 G
G                     D7                     G
Vou contar o que aconteceu com um rico fazendeiro
                  D7                        G
Um homem sem religião o seu Deus era o dinheiro
                    D7                      G
Foi assim que ele disse no meio dos companheiros
                 D7                         G
Na Aparecida do Norte que é a terra dos romeiros
     G7              C                       G
Na igreja entro a cavalo nesse meu burrão ligeiro
                         D7                        G (intro)
Quem quiser fazer uma aposta tenho muitos mil cruzeiro.
G               D7                      G
Ele teve um resposta sem demora ali no meio
                   D7                      G
De um véinho religioso que lhe deu esse conseio
                  D7                       G
Na Aparecida do Norte nós devemos ir de jueio
                D7                     G
O coitado do véinho ele já surrou de reio
    G7              C                         G
Quero mostrá pra voceis que de nada eu não receio
                   D7                         G   (intro)
Saio daqui no meu burro só no artar que eu apeio.
G              D7                  G
Ele saiu de viagem na Aparecida chegou
                 D7                    G
Era de manhã cedinho quando a missa começou
                    D7                    G
Chegando no pé da escada seu burrão arrefugou
                  D7                     G
Sua espora sangradeira sem piedade funcionou
     G7          C                         G
O burrão foi judiado mais na igreja não entrou
                   D7                      G    (intro)
Se o dono não respeitava seu burrão arrespeitou.
G                D7                    G
Esta cena verdadeira muita gente presenciou
                  D7                    G
O burro deu um corcovo o seu dono ele matou
                   D7                       G
O dinheiro compra tudo mais a morte não comprou
                 D7                     G
A alma do fazendeiro com certeza não salvou
    G7             C                     G
Bem na porta da igreja onde o burrão refugou
                D7                  G
A marca da ferradura lá na escada ficou.
Couro de Boi
Tom: E
		(declamado)    (fazer solo durante declamado)
Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.
Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
o velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.      
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
"Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá".
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar: 
 E                 B7                        E
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
E                   B7                    E  B7
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
A                       E                
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
B7                                          E
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir
Solo (E,B7,E,B7)
E                B7                     E
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
E                 B7                     E     B7
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
A                     B7                  
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
B7                                   E
Metade daquele couro, chorando ele pediu
Solo (E,B7,E,B7)
E                B7                         E
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
E                  B7                      E   E7
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
A                         E
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando.
B7                                             E
Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando
Solo (E,B7,E,B7)
E                  B7                 E
Disse o menino ao pai: um dia vou me casar
E                    B7                 E   E7
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
A                      E
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
B7                                       E
Essa metade do couro vou dar pro senhor levar
Solo
e|-4-5-7-9--9--9--7-5-5-5-9--7-7-7-5-4-4-4-7-5-5-5-4-2-2-2-5-4----
B|-5-7-9-10-10-10-9-7-7-7-10-9-9-9-7-5-5-5-9-7-7-7-5-4-4-4-7-5----
G|----------------------------------------------------------------
D|----------------------------------------------------------------
A|----------------------------------------------------------------
E|----------------------------------------------------------------
Bate Co Pé, Bate Ca Mão
Tom: A
Intro: A E7 A E7 A E7 A
 A       E7           A
(Bate co pé, bate ca mão
                       E7
Quando eu olho pro meu bem
                 A
Bate forte o coração)  (2x)
A                 E7                A
Morena cabelo ondeado a minha tentação
                    E7
Nas ondas do teu cabelo
                    A
Naufragou o meu coração
e Bate...
A       E7           A
Bate co pé, bate ca mão
                       E7
Quando eu olho pro meu bem
                 A  E7 A
Bate forte o coração
                       E7
Os teus olhos são ligeiros
                      A
Brilha mais do que o luar
                    E7
Dois amor quando se ama
                 A
Vive sempre a cantar.
e Bate...
       A       E7           A
Bate co pé, bate ca mão
                       E7
Quando eu olho pro meu bem
                 A  E7 A
Bate forte o coração
               E7
A você moça bonita
                   A
Da cidade e do sertão
                 E7
Cantando esta modinha
                  A
Pra alegrar o coração.
 e Bate...     
A       E7           A
Bate co pé, bate ca mão
                       E7
Quando eu olho pro meu bem
                 A  E7 A
Bate forte o coração
                E7
No ponteio da viola
                 A
Bate forte o coração
                   E7
Neste samba brasileiro
           E7              A
Ai bate co pé, ai bate ca mão.
e Bate...
A       E7           A
Bate co pé, bate ca mão
                       E7
Quando eu olho pro meu bem
                 A  E7 A
Bate forte o coração 
Bailão Gaúcho
Tom: A
Intro: A E7 A E7 A
A                        E7
Ao Rio Grande do Sul adorado
                        A
Conservando lindas tradição
                            D
Os gaúchos dançando arrasta-pé
        E7                    A   (intro)
E as prendas enfeitando os bailão.
A                          E7
Dança o xote e dança a vaneira
                        A
Rancheira e também vaneirão
                            D
Os gaúchos dançando arrasta-pé
       E7                     A   (intro)
E as prendas enfeitando os bailâo.
A                            E7
Nos bailãos se reúne as famílias
                   A
Os gaúchos tomando mé
                        D
E um viva para o Rio Grande
      E7              A   (intro)
Os gaúchos no arrasta-pé.
Boiadeiro Saudoso
Tom: A
Intro:A E7 A E7 A
A                   E7                     A
Entre vales e montanhas galopando o pensamento
                      E7                          A
Traz de volta meu passado, não esqueço um só momento.
                    D                            A
Velho pai no seu cavalo junto com seus companheiros
                  E7                      A   (intro)
Invernada ia cortando e a boiada ia trazendo.
A                    E7                    A
Guardo com muito carinho, tenho por recordação
              E7                   A
Um areio prateado, a guaiaca e o gibão
                      D                        A
Hoje cortas as invernadas num picape bem possante
                   E7                      A   (intro)
Tem por nome boiadeira, a buzina é o berrante.
A                    E7                      A
Se filho de um boiadeiro , ai, boiadeiro também
                        E7                        A
Sigo os passos do meu velho tradição que a gente tem.
                   D                      A
Nosso rancho é alegria, fica no vale formoso
                   E7                    A  E7 A
A riqueza que eu tenho do boiadeiro saudoso

 

O Sanfoneiro Só Tocava Isso
Tom: A
Intro: A E7 A E7 A
A              E7                   A
O baile lá na roça foi até o sol raiar
                E7                   A
A casa estava cheia, mar se podia andar
               E7              A
Estava tão gostoso aquele reboliço
                   Bm   E7          A  (intro)
Mas é que o sanfoneiro, só tocava isso
A                    E7                      A
De vez em quando arguém vinha pedindo pra mudar
             E7               A
O sanfoneiro ria querendo agradar
                E7                     A
Diabo que a sanfona tinha quarquer inguiço
                    E7               A  (intro)
Mais é que o sanfoneiro, só tocava isso

 

Caipirinha do Arraiá
Tom: E
Intro: 4x) A E7 A E7 A
E7      A
Ai, ai, ai, dança aqui dança lá
              E7                    A
a rainha sertaneja caipirinha do arraiá
            E7          A            E7             A
É o tique taque do coração Vamo qui vamo, ai no bailão
E7      A
Ai, ai, ai, dança aqui dança lá
              E7                    A
a rainha sertaneja caipirinha do arraiá
E7      A
Ai, ai, ai, dança aqui dança lá
              E7                    A    (intro)
a rainha sertaneja caipirinha do arraiá
          E7              A           E7           A
É caipirinha, bem brasileira o arrasta-pé é na poeira
(refrão)
         E7            A             E7           A
É caipirinha ou da cidade, Brasil alegre, felicidade
(refrão)
Dom de Deus
Tom: E
Intro: E B7 E
E
Amanhece lá no campo A natureza manifesta.
                                                 B7
Cantando dois passarinho Principiando a grande festa.
        A                              B7
Ai, no gaio da paineira Onde canta o sabiá.
     A          E         B7        E   B7 E
A melodia é o vento Espaiando pro lugar.
E
No roçado o trabalho Em dueto a oração.
                                         B7
Da enxada ao maquinário Ajudando a prantação.
             A                              B7
Da semente nasce o fruto Que a chuva faz crescer.
   A               E         B7        E    B7 E
A terra embala a vida O alimento pra viver.
E
Quando chega de tardinha A vida vai se recolhendo.
                                           B7
Toca o sino da igrejinha O céu vai escurecendo.
          A                            B7
Depois a lua aparece A gente pega na viola.
      A           E           B7           E    B7 E
Em dueto vai cantando Que o mundo foi à escola.
E
Caipira é sempre caipira Passe o tempo que passa.
                                        B7
Aprendi com a natureza E nunca vai se mudar.
       A                                    B7
Nossa voz canta bem alto Chega lá no firmamento.
      A               E      B7            E   B7 E
No verso vai nossa prece A Deus agradecimento.

 

Festa Na Roça
Tom: G
Intro: 2x) G D7 G D7 G
G         D7
Festa na roça
                 G
É a festa do arraial
                       D7
O povo canta, dança e pula
                   G
Vamos todos chacoalhar
          D7        G
Festa na roça é alegria
          D7           G
O ano inteiro, é todo dia
          D7
Festa na roça
                 G
É a festa do arraial
                       D7
O povo canta, dança e pula
                   G    (intro)
Vamos todos chacoalhar
G         E7             G
Festa na roça que bom que é
        E7            G
É no catira e Arrasta-Pé
G         D7
Festa na roça
                 G
É a festa do arraial
                       D7
O povo canta, dança e pula
                   G   (intro)
Vamos todos chacoalhar
           D7            G
Festa na roça é o sanfoneiro
             D7             G
Que vai dançando lá no terreiro
G         D7
Festa na roça
                 G
É a festa do arraial
                       D7
O povo canta, dança e pula
                   G   G D7 G D7 G D7 G
Vamos todos chacoalhar
Sodade Meu Bem Sodade
Tom: Am
   
Am   G7              Am   
    Sodade meu bem sodade 
      F        G7  Am  
    sodade do meu amor 
     G7              Am 
    Sodade meu bem sodade 
      F          G7    Am   
    Sodade do do meu amor 
           Am   E5+/G#    C/G   D7/F# 
    foi embora e não disse nada 
        F7m    E7     Am 
    Nem uma carta deixou 
        G              Am    
    Os óios da cobra verde 
     G                  Am  
    Hoje foi que arreparei 
         G                 Am 
    Se arreparasse a mais tempo 
          F       G    Am G7 C E7 Am G7 C E7 Am 
    Não amava a quem amei 
            Am E5+/G#  C/G  D7/F# 
    quem levou o meu    amor 
         F7m  E7      Am 
    Deve ser  o meu amigo 
           Am   E5+/G#    C/G  D7/F#      
    Levou pena deixou   glória 
       F7m   E7       Am 
    levou sodade consigo 
        G            Am 
    Arrenego de quem diz 
      G                   Am 
    Que o nosso amor se acabou 
     G                    Am 
    Ele agora esta mais firme 
             F  G      Am G7 C E7 Am G7 C E7 Am  
    do que quando começou 
      G              Am 
    Sodade meu bem sodade 
       F       G     Am E5+/G# D/F# F E7 Am 
    sodade do meu amor 
Chora Minha Viola
Tom: F
Intro:  C F  C F C F C   F
  F                                           Bb C
Viola que eu trago agarrada bem junto ao meu peito
                Bb                  F
Só você sabe o jeito desde meu coração
   F                                       Bb C
Magoado porque meu amor me deixou foi se embora
             Bb                   F
Faça dueto comigo.. Chora minha viola..
F                   C                Bb              F
Ai.. Esse Amor do Diabo já fez um estrago no meu coração..
Bb                C                                    F
Ai.. Só judia de mim porque me faz assim tanta ingratidão
     C              Bb                 C
Sapateio ponteio a viola que ainda consola
            F
Este meu coração..
     C                 Bb              C
Ela sabe contar o meu tédio ela é o remédio
            F
Pra minha solidão..

 

Mardita Cachaça
Tom: G
Intro:  G D
Toda vida a gente Vê quem comete um desatino
Procura se inocenta pondo a culpa no destino
Veja só o que aconteceu com o caboclo Zé Simão
Que tinha mulher e três filhos dentro do seu coração
Caboclo trabaiadô chegava a ser invejado
Ela cuidava da casa e ele do seu roçado
O bom pai e bom marido por toda gente estimado
Levado por maus amigos ficou um pingueiro viciado
 G           D
Uma tarde muito feia principiava a escurecê
     G                                        D
A muié triste esperando onde o Simão tava a bebê
                                         G
O tempo ficou medonho ameaçando um temporal..
                   D                     G
A muié rogava a Deus pro seu marido voltá..
G           D
Ponhô na cama as criança enquanto elas durmia
    G                                        D
Foi em busca do marido enfrentando a ventania
                                           G
Mai na hora que a coitada procurava o bebrrão
                 D                      G
O Destino preparou a mais cruel da traição
G           D
O Vento abriu a porta derrubou o lampião
   G                                        D
Bem na cama das criança pegando fogo por chão
                                          G
Quando a mãe desesperada viu o que aconteceu
                     D                 G
Não resistiu tanta dor ali na hora morreu
G           D
Zé Simão oiava os fios queimado que nem carvão
   G                                        D
Meu Deus qual é a Rozinha o Ditinho o Bastião
                                         G
Zé Simão enlouqueceu ao ver tamanha desgraça
                  D                       G
Hoje grita pela rua.. Mardita seja a cachaça

 

Aparecida do Norte
Tom: G
 G
Já cumpri minha promessa na Aparecida do Norte
              D7                 G       D7 G
E graças a Nossa Senhora não lastimo mais a sorte
Falo com fé: - Não lastimo mais a sorte
                        D7           G
Já cumpri minha promessa na Aparecida do Norte.
 Eu subi tuda a ladeira sem carência de transporte
                      D7           G           D7 G
E beijei o pé da Santa da Aparecida do Norte
Falo com fé: - Da Aparecida do Norte
                   D7                     G
Eu subi toda a ladeira sem carência de transporte.
Não tenho melancolia, tenho saúde sou forte
                     D7           G       D7 G
Tenho fé em Nossa Senhora da Aparecida do Norte
Falo com fé: Da Aparecida do Norte
               D7            G
Não tenho melancolia, tenho saúde sou forte
Padroeira do Brasil Aparecida do Norte
                             D7                G      D7/G
Eu também sou brasileiro sou um caboclo de suporte
Falo com fé: Sou caboclo de suporte
                   D7           G
Padroeira do Brasil Aparecida do Norte
Todo meado do ano enquanto não chega a morte
                            D7           G       D7/G
Vou fazer minha visita na Aparecida do Norte
Falo com fé: Na Aparecida do Norte
           D7                            G
Todo meado do ano enquanto não chega a morte.
Duas Cartas
Tom: G
 G                               C               G  D7   G
Eu arrecebi uma carta foi meu bem quem me escreveu
                               C
Abri a carta prá ler, minha coragem não deu
                  D7
Só pude ler duas linha, minha vista escureceu,
                                               G
Ao ler a triste notícia que meu bem desprezou eu!
G                                  C        G  D7  G
Daquele dia em diante dobrou o sofrimento meu
                              C
Acabou  minha alegria, meu viver se entristeceu,
                    D7
Mas homem deve ser homem, cumprir o destino seu,
                                             G
Dei ela por esquecida, disse o derradeiro adeus!
 G                                 C       G  D7 G
Com esse gorpe doído que o meu coração sofreu
                             C
Maginei a minha vida, que será que aconteceu,
                  D7
Na carta não explicava o plano que era o seu,
                                              G
Não cumpriu o juramento que a ingrata  prometeu!
G                               C          G  D7  G
Quando foi um certo dia outra carta apareceu,
                               C
Na carta vinha dizendo do que fez  arrependeu.
                     D7
Eu mandei dizer prá ela que siga o caminho seu
                                            G  D7 G
Procure um outro amor que você prá mim morreu!

 

Flor Gaúcha
Tom: E
 E                 B7                  E
Você partiu soluçando, na noite de São João.
           B7                                 E  E7
Fiquei tristonho, chorando, com meu pobre violão.
 A              E             B7             E
Sentindo saudade sua, sem ter consolação.
E            B7                           E
Depois que você partiu, tudo aqui se transformou.
     B7                                 E  E7
Minha vida ficou triste, o rancho desmoronou.
A                     E             B7             E
Meu coração não suporta, sofrendo tamanha dor.
E                 B7                    E
Violão, meu companheiro, nele comecei tocar.
        B7                            E  E7
Cantei sua despedida, eu vi você soluçar.
A               E               B7             E
Na brisa da lua cheia, contemplei o teu olhar.
E                 B7                            E
Os canário já não cantam, porque entenderam meus ai.
             B7                              E  E7
Os pombo que nós criemos voaram pra outro pombais.
A                 E              B7          E
Com certeza adivinharam que você não volta mais.
E               B7                       E
O jardim que nós plantemos morreu, tudo já secou
                            B7                 E  E7
A roseira do quintal tá murcha, não dá mais flor
A           E                        B7        E
Por tua causa, gaúcha, que o nosso amor se acabou

 

A Carta
Tom: F
  F             C7                             F
Eu vou te mandar  uma carta escrita por minha mão
     C7                                  F      F7
Por fora vai o teu nome por dentro a reclamação
Bb            F                             C7
Em cima escrevo saudade em baixo aperto de mão
                            F         Bb    C7        F
No meio vai minhas queixas extraída do coração.
  F            C7                      F
Morena resolva logo quero vossa decisão
       C7                             F      F7
Você leia bem a carta me responda sim ou não
Bb                     F                      C7
É melhor se desprezado do que viver  na ilusão
             F         Bb    C7        F
Amando sem ser amado esse ingrato coração.
  F         C7                              F
No bairro que você mora eu já tenho informação
           C7                        F      F7
Namora um ama outro me fazendo judiação
Bb                     F                        C7
Pra te ver nos braço de outro prefiro a separação
        F           Bb       C7         F
Vou  embora pra bem longe deixo a minha saudação

 

A Cruz da Viola
Tom: G
 G                   D7                      G
A roça é o nosso emprego o trabalho é nossa vida
              D7                        G
A viola me disfarça  em tôdas horas sentida
     D7                                    G
Vendo morrer  a esperança  vendo a lavoura esquecida
G7               C            D7             G
Abençoai todos os roceiros  o Senhora Aparecida
G               D7                         G
São Paulo foi uma aldeia  que no alto foi erguida
    D7                                  G
Hoje é o braço direito  da nossa terra querida
         D7                              G
Pescadores encontraram  nas águas do Paraiba
G7               C                D7         G
A imagem tão milagrosa  da Senhora Aparecida,
G                 D7                       G
Sempre fui bom violeiro  gosto de modas sentida
                D7                      G
Já passei horas amargas  no caminho desta vida
                D7                        G
Nunca perdi a esperança  a batalha está vencida
G7              C             D7          G
Procuro servir a Deus  e a Senhora Aparecida.
  G              D7                        G
Quando deixar de cantar  com a vóis enfraquecida
                 D7                          G
Vou deixar uma lembrança  que nunca será esquecida
              D7                         G
Vou fazer da minha viola  uma cruz tôda florida
G7                  C                D7       G
 Vou levar nos pés do altar  da Senhora Aparecida

 

Exemplo de Fé
Tom: G
G                                 D7
Dia oito de setembro fui com grande devoção
                                        G
Na Aparecida do Norte  contei minha situação
C                                       G
Sou pobre  trabalhador  tô passando privação
      D7            C           D7        G
O meu fio tá doente  não tenho nem um tostão.
G                                        D7
Pedi prá Nossa Senhora  com as força do coração
                                         G
Que  levasse o meu fiinho ou que desse a salvação
                                    G
Ele nasceu aleijado  arrastando pelo chão
       D7           C        D7        G
Minhas lágrimas rolava  por ver tanta judiação.
G                                          D7
Ó Senhora  Aparecida  eu tô aqui pra agradecer
                                            G
De longe venho de joelho  por meu pedido atender
                                   G
Recebi  seu milagre  acabou o meu sofrê
           D7            C           D7     G
O meu filho tá curado  eu trouxe prá você  vê.
G                                    D7
Ó Nossa Senhora e o bom Deus Nosso Senhor
                                     G
O meu fio tá curado minha vida endireitou
                                     G
Atenda todos pedidos dos doente sofredor
   D7               C   D7        G
Padroeira do Brasil mãe de todos pecador

 

História da Minha Vida
Tom: F 
F                                          C7
Eu vou  conta pra vocês  o que eu na vida passei
                                              F
Desde o tempo de criança  quando sem pai eu fiquei
       F7                        Bb
Nóis morava no sertão  fio mais veio era eu
  F                      C7           F
Eu só tinha doze ano  quando meu pai faleceu
F                                   C7
Minha mãezinha querida  quase morreu de chorar
                                     F
Nesse tempo de menino  comecei a trabalhar
     F7                             Bb
Quando o sol  vinha nascendo  eu já tava no roçado
     F                  C7           F
Quando o alrmoço chegava  de suor tava molhado
(declamado)
Mais depois a minha mãe resolveu de se casar
Nóis fiquemos assim bem triste, muito triste a soluçar
F                                             C7
No dia que ela casou   do meu pai me fez  lembrar
                                       F
Meu coração tinha dor  não pude nada falar
  F7                           Bb
O malvado que levou   nossa mãe do coração
  F                 C7           F
Cinco fio aqui ficou   tão sozinho no sertão
F                                         C7
Peço a Deus pra me ajudar   nesta triste solidão
                                               F
Eu sozinho a trabalhar   pra tratar  dos meus irmão
   F7                          Bb
Santa virgem lá do céu carinhosa de bondade
   F                C7                  F
Cuida bem de nossa mãe  que nós dela tem saudade

 

Artista de Circo
Tom: G
 G
Vou dizer cantando toda minha história
                                D7
Sofrimento e glória e alegria e dor
Sou que nem abelha, que em constante lida
                                  G
Pr'a ganhá a vida vai de flor em flor
Nasci na barraca e desde menino
    G7                     C
Foi o meu destino sempre a viajá
                            G
O artista de circo é como neblina
                                    D7
Que estando no espaço ninguém lhe domina
                        G
E vai para onde o vento levá.
G
Se estou no trapézio arriscando a sorte
                                  D7
Enfrentando a morte prá ganhar o pão
E lá das altura si aplauso eu mereço
                             G
Sorrindo agradeço, acenando a mão
Quando estou no drama que a platéia chora
 G7                     C
Eles ignora que tudo é ilusão
                             G
O meu próprio drama eu nunca revelo
                             D7
Sinto a dor no peito bater em duelo
                             G
No cenário triste do meu coração.
G
Para o bom artista o circo é seu mundo
                             D7
De cada segundo tem nova emoção
Só aquele recanto coberto de pano
                          G
Sabe o desengano do meu coração
                                       G
Todas as vezes que eu entro para o picadeiro
   G7                     C
Vejo o circo inteiro me admirá
                          G
Porém ao contrário, a realidade
                                   D7
Muitas vezes sorrindo quando na verdade
                              G
Sinto no meu peito o coração chorá.
G
De aventureiro sei que arguém me chama
                            D7
Porém esta fama não mereço não
Todos que assim dizem não sabe direito
                                  G
Que dentro do peito tenho um coração
Porque é no circo que a vida eu ganho
               G7         C
E não me acanho de assim dizer
                               G
Tenho até orguio de ser desta vida
                                  D7
Eu nasci no circo e de cabeça erguida
                            G
Digo que no circo eu quero morrer.

 

Pé da Letra
Tom: G
 G              C            D               G
Viajei de madrugada, na minha besta bainha
     C                D             G
Fui numa festa do peão, na Fazenda Lagoinha
 A                                            D
Pertinho de Porto Alegre, eu cheguei lá de "tardinha"
        C           D        G
Fazendeiro Zé Valente, "Famia" da gente minha.
G                C                    D         G
Soltei a mula no pasto, depois de dar um repasso
  C                       D          G
Dei um volta na sala, soltei meu peito de aço
  A                                       D
Vi uma gaúcha trigueira, fiz um verso no embaraço
  C            D                   G
Quando repiquei a viola, ela caiu no meu braço.
G                  C                      D      G
Eu falei em casamento, me respondeu com frieza
        C                D                   G
Não me caso com violeiro, eu tenho muita riqueza
      A                             D
Sou rainha do gado, sou rica por natureza
           C               D               G
Só gostei da sua viola, desculpe minha franqueza.
G             C              D               G
Respondi no pé da letra, sou lá de Minas Gerais
       C                   D                G
Tenho garimpo e diamante, sou um grande industrial
       A                                  D
Sou dono de muita terra, crio boiada em Goiás
      C                                 G
Eu compro sua fazenda, e todo o seu credencial.
G              C                   D          G
O povo bateu palma, é isso mesmo "rapaiz"
                C              D            G
Ela perguntou meu nome, eu só dei as iniciais
  A                                  D
Ela me abraçou chorando, apresentando seus pais
       C                  D            G
O prazo do casamento, violeiro é você quem faz.

 

Cortando Estradão
Tom: D
 D                     A        D
Montado a cavalo, cortando estradão
 A                         D
Assim é a vida, que leva o peão
 G
Não tenho morada, não tenho rincão
      A                      D
Eu não tenho dona do meu coração
 D              A                 D
Montar touro bravo, é a minha paixão
     A                                 D
Não encontro macho que jogue eu no chão
  G
Pra jogar o laço também sou dos bom
      A                        D
Em qualquer rodeio eu sou campeão
G                 D
Ah, como é bom viver
     A                           D
Sozinho no mundo sem nada a pensar
          G                          D
Se o sol vem saindo eu já vou partindo
       A                         D
E quando anoitece estou noutro lugar.
 D           A                   D
Se olho no bolso, me falta dinheiro
 A                             D
Amanso três touros por trinta cruzeiros
          G
Se pego transporte de uma boiada
    A                         D
Já sou convidado pra ser boiadeiro
  D           A                  D
Por toda a cidade por onde eu passei
      A                     D
Uma moreninha eu sempre deixei
    G
Mas sou camarada pois sempre avisei
       A                              D
Não goste de mim porque eu jamais gostei
Antiga Viola
Tom: A
Intro: 2x) A E7 A E7 A
A                E7
A minha antiga viola
                     A
Feita de pau de pinhero
                    E7
É minha eterna lembrança
                     A
Do meu tempo de violeiro
    C            A
A saudade dos catira
   E7                A    (intro)
Do meu sertão brasileiro.
A                E7
O recortado e catira
                    A
Fais lembrá dos mutirão
                      E7
O xote alembro as gauchas
                  A
O churrasco no galpão
    C                 A
As moda de viola é triste
      E7               A   (intro)
Fais chorá quem tem paixão.
A                E7
O baião é lá do Norte
                  A
Paulista é o cateretê
                     E7
Quando escuto Cana-Verde
             A
Alembro de Tietê
   C              A
Numa festa do Divino
    E7                 A    (intro)
Que me encontrei com você.
A                 E7
A valsa é uma serenata
                 A
Na janela das morena
                   E7
O rasqueado fais lembrá
                 A
O cantar das siriema
    C            A
Do tempo de boiadeiro
      E7          A    (intro)
Nas madrugada serena.
A                E7
Cantei muitos desafio
                      A
Já fui cabra fandangueiro
                  E7
Na congada já fui rei
                   A
Em todo sertão mineiro
  C                 A
Hoje só canto a saudade
    E7             A
Do folclore brasileiro. 

Bandeira Paulista
Tom: C
Intro: G D7 G D7 G
       C
Sou caboclo brasileiro
       D7          G
Das colinas altaneiras
                   D7
Onde canta os violeiros
                 G
Canta o sabiá colera
     A             D7
Sou matuto das queimada
                  G
Desta terra brasileira
  C                 G
Onde é bem representada
    E7                A    (intro)
Nas cor da nossa bandeira.
       C
Sou caboclo legionário
       D7           G
Um Bandeirante Paulista
                 D7
Combatente voluntário
                G
Brasileiro realista
       A            D7
Cada cruiz no calendário
                     G
É dum herói nacionalista
    C             G
E cubrimo seu calvário
    D7                 G    (intro)
No emblema das treze lista.
           C
Marchando com todo orgulho
      D7          G
No desfile da parada
                D7
O dia nove de julho
                   G
Data sempre relembrada
     A              D7
Abraçando com a Bandeira
                    G
Das treze lista pautada
 C                     G
São treze lanças guerreira
   D7                  G    (intro)
Guardando a paz consagrada.
      C
Bandeira preta listada
     D7              G
Gravada em nossa memória
                     D7
No berço dos bandeirantes
                       G
No livro da nossa história
       A               D7
Cada lista é uma trincheira
                        G
Cada trincheira é uma glória
   C                G
E trás do topo vermelho
    D7           G   (intro)
Monumento da vitória 
Brasil Sertanejo
Tom: E
Intro: 2x) E A E B7 E
E                           B7
Oh! Meu querido Brasil Sertanejo
                            E
A linda jóia de todo o universo
         A                    E
Do meu sertão o que sinto e vejo
       B7                   E    (intro)
Vou traduzir tudo nestes versos.
E                                B7
Grandes riquezas são as verdes matas
                            E
Cheio de encanto o teu céu azul
        A                E
A lua branca ouve a serenata
     B7                 E    (intro)
O Minuano da canção do Sul.
E                            B7
A flor da mata é a linda cabocla
                            E
Dos zóio preto e o rosto moreno
        A                       E
Lá no roçado o sol lhe beija a boca
           B7                  E   (intro)
E quando dorme vem beijá o sereno.
E                             B7
De madrugada os passarinhos canta
                       E
Tudo levanta fazendo oração
          A                 E
O carro canta e tudo é harmonia
       B7               E    (intro)
A sinfonia deste meu sertão 
João Boiadeiro
Tom: G
Intro: G D7 G D7 G
G                     D7
Meu pai rei dos boiadeiros
                   G
Vendia gado e comprava
                  D7
Eu bem desde pequenino
                   G
Nas viagens me levava
             D7
Idade de 15 anos
                   G
A dura lida enfrentava
                  D7
Meu baio se adivertia
                      G    (intro)
Quando a boiada estourava.
G                  D7
Pra deixar de boiadeiro
                   G
Por mamãe fui obrigado
                     D7
Eu quero ver o meu filho
                     G
Um grande homem estudado
                  D7
Que tristeza para mim
                  G
Num colégio internado
                        D7
larguei mão dos meus estudos
                    G    (intro)
E voltei lidá com gado.
G                   D7
Me chamo João Boiadeiro
                     G
Sou caboclo arrespeitado
                  D7
Pelo toque do berrante
                        G
Eu já sei que estou magoado
                    D7
Disfarço na minha viola
                  G
Meu coração machucado
                D7
Recordando da morena
                       G     (intro)
Que ficou lá noutro Estado.
G                 D7
Trinta anos boiadeiro
                   G
Essa lida não me cansa
                     D7
Leitura dá pro meu gasto
                    G
Assino cheque de fiança
                       D7
Já comprei muitas fazendas
                        G
Tenho meus peão de confiança
                    D7
Minha cabocla me alegra
                        G
Recordando a nossa infância. 
Paranaense
Tom: G
Intro: 2x) G D7 G D7 G
G              D7
Paraná, paranaense
                 G
Tá mandando me chamá
                  D7
Mineira ficou chorando
                 G   (intro)
Paulista mandô vortá.
G               D7
Gosto da paranaense
                   G
E das paulistas também
                 D7
As gaúchas me agrada
                    G    (intro)
As mineiras me quer bem.
G               D7
Arriei o meu cavalo
                    G
E passei lá por Goiás
                  D7
Fui despedi da mineira
                     G    (intro)
Que ficô em Minas Gerais.
G                 D7
Mineirinha, mineirinha
                 G
Eu não posso te levá
                    D7
Vou rever a minha terra
                   G    (intro)
Meu amor ficou por lá. 
Sonho De Caboclo
Tom: G
Intro: G D7 G D7 G
G                  D7
Sonho com beira de rio
                     G
sonho com peixe no ansol,
   C                  D7
com fogueira se esta frio,
                      G
com praia quando faz sol.
G            D7           G
Meu triste sonho é uma mulher,
          D7              G    (intro)
só penso nela que não me quer.
G                  D7
sonho com mata fechada,
                      G
cherando forte o paudaio,
 C                 D7
sonho com as madrugada,
                      G
com estrelinha de orvalho.
(refrão)
 G                  D7
Sonho com galo cantando
                    G
a manha verde e amarela
  C             D7
minha viola chorando
                     G
estrofe com o nome dela.
(refrão)
G                  D7
sonho com a lua cerena
                       G
quero esquecer nao consigo
    C                  D7
é que eu sonho com a morena
                   G
que nunca sonha comigo.
(refrão) 
A Madrasta
Tom: F
Intro: F Bb F C7 F
(declamado)
Quando Inhá Rita morreu uma fia ela dexô
Seu Mendonça, fazendeiro a segunda vez casô;
A madrasta ruim, perversa, muito da mocinha judiô.
F                  Bb                    F
A esperança da mocinha é que logo se casava
                   C7                     F
Com um moço da fazenda que há tempo namorava
                  Bb
A madrasta feiticeira com a sua farsidade
                  F        C7        F     C7 F
Desmanchô o casamento e a sua felicidade.
F                Bb                      F
A pobre moça chorava e a madrasta lhe bateu
                      C7                     F
Reclamando triste a sorte no seu quarto recoieu
                  Bb
Preparando um veneno e chorando ela bebeu
                  F           C7       F   C7 F
Chamando por sua mãe entre lamento morreu.
F                     B7                     F
O seu pai que tanto amava deu a triste despedida
                  C7                    F
Oiando caixão sumindo da sua filha querida
                Bb
Maginando o passado chorou lágrimas sentida
                      F         C7          F    C7 F
A tristeza pouco a pouco deu o fim na sua vida.
F                Bb                       F
A madrasta criminosa vive chorando até agora
                  C7                     F
Lá no pé da sepurtura pede perdão e implora
                Bb
Arrependida rezando prá Deus e nossa Senhora
                    F         C7           F
Do remorso e do pecado a madrasta também chora

 

Carro de Boi
Tom: G
Intro: D7 G D7 G
G                 D7                        G
Meu véio carro de boi, pouco a pouco apodrecendo
    Am             D7                         G
Na chuva, sor e sereno, sozinho, aqui desprezado
      G7                 C                    G
Hoje ninguém mais se alembra que ocê abria picada
                  D7                       G   D7 G
Abrindo novas estrada, formando vila e povoado .
G                 D7                      G
Meu véio carro de boi, trabaiaste tantos ano
   Am              D7                      G
O progresso comandando no transporte do sertão
      G7          C                     G
Hoje é um traste véio, apodreceu no relento
                     D7                        G    D7 G
No museu do esquecimento, na consciência do patrão.
G                 D7                     G
Meu véio carro de boi, a sua cantiga amarga
    Am             D7                     G
No peso bruto da carga, o seu cocão ringidor
    G7             C                          G
Meu véio carro de boi, quantas coisa ocê retrata
                     D7                    G   D7 G
A estrada a a verde mata,e o tempo do meu amor.
G                  D7                          G
Meu véio carro de boi, é o fim da estrada cumprida
 Am                 D7                     G
Puxando a carga da vida, a mais pesada bagage
    G7              C                       G
E abraçando o cabeçaio, o nome dos boi dizendo
                     D7                      G
O carreiro foi morrendo, chegou no fim da viage.

 

Amor Desprezado
Tom: G
Intro: G D7 G D7 G D7 G
G                  D7
Tristeza mora no peito De um amor desfeito
             G                     D7
Só fica a paixão É farço teu juramento
                                G
Tudo é fingimento Tudo é ingratidão
 D7                     G       D7            G
Choro aqui no meu ranchinho Da triste recordação
                    D7
Teu despreso me condena Você não tem pena
           G     (intro)
Do meu coração
G                      D7
Alembro que ela foi embora O meu peito chora
              G                  D7
Tudo me martrata Só a lua me consola
                                     G
Cobre a minha vióla Com lençor de prata
   D7               G    D7                 G
O meu triste desengano Foi amar aquela ingrata
                 D7
E na hora da partida Fiz a despedida
           G     (intro)
Numa serenata
G                 D7
Ela me deixou sozinho Neste meu ranchinho
              G                      D7
E foi prá cidade A saudade pouco a pouco
                              G
Mata este cabloco Sem ter piedade
 D7                     G    D7                G
Quando eu óio teu retrato Teu sorriso é farcidade
                D7
Sómente minha vióla É que me consola
               G    (intro)
Da triste saudade
G                    D7
O amor que não comprende Chorando arrepende
              G                       D7
Do erro que fais Deixando o peito maguado
                             G
Amor despresado Não esquece mais
 D7               G   D7              G
Coração sofre calado Soluço prá longe vai
                     D7
Vive da triste lembrança Não perde a esperança
                  G   D7 G
Sofre os dois iguais

 

Desprezo
Tom: G
Intro: 2x) G C G D7 G
G                           D7
Eu bem sei que você me despreza
                        C
Porque sua beleza tem fama
                               G
Eu bem sei que o seu grande prazer
             D7                 G
É me ver padecer e rolando na lama
            C       D7          G    (intro)
Cabocla bonita, por que não me ama?
G                  D7
Abandonô meu ranchinho
                  C
Aonde a saudade mora
                         G
Enganada você foi pra cidade
             D7                 G
Onde a falsidade e no ouro se chora
            C        D7         G    (intro)
Cabocla bonita, por que foi embora?
G                 D7
As foia nasce da rama
                  C
Perfume nasce da flô
                  G
No coração falsidade
             D7               G
Quem ama saudade do seu veio amô
            C        D7        G    (intro)
Cabocla bonita, por que me enganô?
G                D7
Minha viola de pinho
                 C
Chora comigo também
                   G
Eu quero viver sozinho
                D7                     G
Neste meu ranchinho não amar mais ninguém
           C        D7       G    (intro) D7 G
Cabocla bonita, eu te quero bem .

 

Dois Morenos
Tom: G
Intro: G D7 G D7 C G
G                    D7
Aqui chegáro dois moreno
                      G
Que nesta terra vai cantá
                    D7
(Pra alegrá os corações
                  G    (intro)
Coração que sabe amá). (bis)
G                  D7
Cada um tem sentimento
                      G
De quem foi pra não vortá
                D7
(Bate, bate coração
                   G  D7 G D7 G D7 G (intro)
Mais não adianta chorá) (bis)
G                     D7
A saudade é a companheira
                     G
De quem vive despresado
                D7
(Bate, bate coração
                 G   (intro)
Neste peito magoado)(bis)
G                   D7
Eu também já fui alegre
                    G
E já tive um bem-querê
                D7
(Bate, bate coração
                G   (intro)
Da saudade de você) (bis)

 

Recordação de Gaucho
Tom: A
Intro: A E7 A E7 A
A                     E7
Foi nascido no rio grande
                  A
E lá mesmo foi criado,
                   E7
Cavargando pelos pampa,
                          A
Sempre alegre, atrás do gado
               E7
Mas um dia resorvi
                   A
Conhecer outros estado
                    E7
E hoje eu vivo distante
    D     E7      A     (intro)
Do meu rincão adorado
A                  E7
Arreei meu pingo amigo,
                       A
Já vinha rompendo a aurora,
                   E7
Minha véia me abraçava
                      A
Meu fio, não vá s'embora.
                 E7
As gauchinha chorava.
                     A
- vorte logo, sem demora.
                          E7
Disse um adeus pro rio grande,
  D        E7         A    (intro)
Piquei o macho na espora.
A                 E7
Tá fazendo muitos ano
                       A
Que eu deixei o meu rincão.
                    E7
Eu recordo das festança,
                   A
Das noite de são joão.
                  E7
O rodeio nas estância,
                A
O meu tempo de peão,
               E7
Uma gaúcha marvada
 D     E7          A    (intro)
Que feriu meu coraçao.
A                      E7
Quero vortá pros meus pago,
                    A
Quero vê meus conhecido
                     E7
E pedir perdão pros véio,
                     A
Que muito já tem sofrido.
                     E7
Quero morrer na estância,
                   A
Lugar onde fui nascido
                    E7
Quero rever minha terra,
  D       E7         A   (intro)
O meu rio grande querido.

 

Triste Despedida
Tom: G
Intro: G D7 G D7 G
G                 D7
Eu vivo triste calado
                     G
Nem viola não toco mais
                   D7
Larguei de puxá boiada
                    G
Há muito tempo pá trais
                   D7
Ai nóis era dois irmão
                   G
Nossos destinos iguais
                D7
Nacemo prá boiadero
                 G   D7 G D7 G D7 G
Herança do véio pai.
G               D7
Idade de quinze ano
                G
Eu já era capatais
                      D7
Nóis vinha com uma boiada
                   G
Nas campinas de Goiás
                     D7
Quinhentos boi pantanero
                     G
Mil e quinhento marruais
                  D7
Puxado de Mato Grosso
                 G    D7 G D7 G D7 G
Destino Minas Gerais
G            D7
A boiada estorou
                    G
Querendo vortá pa trais
                     D7
Meu irmão pulou na frente
                  G
Gritando cos marruais
                D7
Mataro ele e cavalo
                  G
No meio do carrascais
                    D7
Já repiquei meu berrante
                      G  D7 G D7 G D7 G
E dando os tristes sinais.
G                 D7
Os cumpanhero chegaro
                G
Rodaro dos animais
                   D7
Eu chamei ele pro nome
                     G
Já não me respondeu mais
                 D7
Com o ramo da macega
                      G
Cubrimo os restos mortais
                 D7
E fizemo seu interro
                     G  D7 G D7 G D7 G
Na sombra dos pinheirais.
G                       D7
Prantemo uma cruis de cedro
                   G
Com inscrição naturais
                   D7
Aqui dorme um boiadero
                 G
No meio dos matagais
               D7
Saimo com a boiada
                G  D7 G
Entre soluços e ais
                     D7
Dando a triste despedida
                     G  D7 G
Um adeus para nunca mais

 

Adeus Bela
Tom: F
Intro: 2x) F Bb F C7 F
F       Bb                C7
Adeus, Bela, engraçada morena,
                          F
bela virgem destes sonho meu
     Bb                 C7
Eu parto chorando e tu fica
                         F    (intro)
acenando o lencinho do adeus.
F         Bb               C7
Vô deixar uma triste lembrança
                       F
é o são dessa varsa de dô,
     Bb                 C7
Lembrando da jura em criança,
                       F     (intro)
que fizemo para nosso amô.
F      Bb                C7
Quando tu vai rezar na capela,
                           F
dentre a vela, orando ao Senhô,
     Bb                    C7
Sentirá o remorso no peito, por
                         F    (intro)
ser grande traiçoeira do amô.
F         Bb               C7
Quando a rola gemer à tardinha,
                         F
quando o dia chegará no fim,
     Bb                 C7
No silêncio da noite sozinha,
                      F    (intro)
em soluço recorda de mim.

 

Ai, Meu Bem
Tom: A
Intro: A E7 A E7 A
A
Eu não sei se canto ou choro,
                    E7
eu não sei qual é o mió.
Se cantando eu fico triste,
               A
chorando será pió.
A
Ai, ai, ai ai, meu bem,
                   E7
você diz que vai e vai.
                       A    (intro)
Se você vai, eu vou também.
A
Valei-me Nossa Senhora,
                     E7
dai juízo a quem não tem,
Dá juízo àquela ingrata,
                       A
pra torná a me querer bem.
(refrão)
A
A foia do lírio vira,
                 E7
eu também quero virá.
Você sabe que eu sou seu,
                 A
não precisa suspirá.
(refrão)
A
No arto da samambaia,
                  E7
lírio roxo deu semente.
Você fai carinho aos outros,
                      A
sabendo que a gente sente.
(refrão)
A
No tempo que eu te amei,
                 E7
foi tempo pra padecê,
Eu não quero mais amor
                     A
que não saiba compreendê.
(refrão)

 

Camisa Preta
Tom: G
Intro: G D7 G D7 G
(declamado)
Naqueles ermo deserto Eu fiquei memo espantado
Quando avistei um ranchinho Tão veio tudo escorado
E um caboclo rezano No chão tava ajueiado
Trazia sua camisa Preta de luto fechado.
Senti uma coisa estranha Que moveu meu coração
Cheguei , chamei o caboclo Perguntei qual é a razão
Caboclo respondeu Sem tirá o zóio do chão
Venha mais perto seu moço Vancê vai sabe a razão
De me vê aqui sozinho Nesta triste solidão.
(cantado)
G                 D7
Por esta camisa preta
                    G
Que muito tenho chorado
                 D7
É o maió significado
                       G
De quem não posso esquecê
  G7             C
Tudo dia de tardinha
    D7
Que começa escurecê
  C                 D7
Venho fazer minha préce
                      G    (intro)
A quem não posso mais vê.
G                 D7
Foi esta camisa preta
                       G
Que escondeu minha alegria
                   D7
Que meu coração sentia
                   G
Nunca mais posso cantá
    G7             C
Eu vivo triste sozinho
    D7
Passo o tempo a soluçá
   C             D7
Um consolo percurando
                     G    (intro)
Que só Deus que pode dá.
G                 D7
Por esta camisa preta
                          G
Que eu trago cubrindo o peito
                  D7
É um sinar de respeito
                     G
Da mais triste despedida
    G7                 C
Quem guiô o primero passo
    D7
A quem devo a minha vida
  C                 D7
Morreu aqui neste rancho
                   G
Minha mãezinha querida.

 

Filho de Carpinteiro
Tom: G
Intro: G Am G D7 G
G                    Am                   G
Era um pobre carpinteiro Mar vivia do dinheiro
 C                    D7                      Am
Que lhe dava a construção Tinha um filho jornaleiro
                    D7                   G
Labutando o dia inteiro Ajudava o ganha pão
(menino grita)
Jornaleiro
Olha o jornaleiro
jornaleiro.
(intro)
G                 Am                G
Quando amanhece o dia O coitadinho saía
 C                  D7                   Am
Com o frio da madrugada Anunciando a novidade
                  D7                     G
Do sertão e da cidade Gritando pela carçada
Jornaleiro
Olha o jornaleiro
jornaleiro
(intro)
G                  Am                    G
Quem via aquele menino Magrinho bem pequenino
 C                 D7                   Am
Pé no chão esfarrapado O povo sempre ajudava
                      D7                    G
Seu jornais tudo comprava Do pobrezinho, coitado
(declamado)
Uma tarde de setembro triste fato acontecia
Um pobre homem coitado a sua vida perdia
Do último andar de um prédio um carpinteiro caia
Jornais tudo anunciava a notícia no outro dia
Jornaleiro
Olha o jornaleiro
jornaleiro
G                 Am                       G
Pobrezinho jornaleiro Anunciando o dia inteiro
  C               D7                Am
Sem destino lá se vai Sua lágrima rolava
                        D7                      G
Quando em vois arta gritava A morte do próprio pai.
Jornaleiro
Olha o jornaleiro
jornaleiro
Olha o jornaleiro

 

Lar Feliz
Tom: G
Intro: G C G D7 G C G D7 G
G
Desejo apena que Deus abençoe
                         D7
meu lar que se acha em festa,
com o nascimento de quem veio enriquecê
               G
minha casa modesta.
Bem sei que o nosso dever
             G7            C
é crescer, casar e multiplicar.
                      G
Eis a razão por que agora encontrei
      D7              G
mai prazê em viver e amá.
     Am            D7           G
Ao senti a maior emoção que eu tive
       Am             D7             G
quis sorri, mas confesso que não me contive.
         Am        D7                     C
Hoje eu vivo a cantar esses verso que eu fiz
                  G
em homenagem à imagem de arguém
      D7                  G
que nasceu pra me fazer feliz.
( G D7 G G7 C G D7 G C G D7 G )
G
Desejo apena que Deus abençoe
                         D7
meu lar que se acha em festa,
com o nascimento de quem veio enriquecê
               G
minha casa modesta.
Bem sei que o nosso dever
             G7            C
é crescer, casar e multiplicar.
                      G
Eis a razão por que agora encontrei
      D7              G
mai prazê em viver e amá.
Gondoleiro Do Amor
Tom: E
 E          B7           E 
Teus olhos são negros, negros 
       B7       E    E7 
Uma noite sem luar... 
 A       F#7         B7 
São ardente, são profundo 
 E         B7      E    E7 
Como o negrume do mar. 
 A         C#7      F#m 
Sobre o barco dos amores 
 B7                 E 
Da vida boiando a flor 
 A         F#7       B7 
Doram teus olhos a fronte 
 E       B7        E 
Do gondoleiro do amor. 
 E         B7       E       B7 
Amor nas treva é um astro 
 E       B7         E     E7 
No silêncio uma canção 
A        F#7      B7 
É brisa nas carmaria 
E     B7          E   E7 
Que nasce do coração. 
     A         C#7     F#m 
Por isso eu te amo querida 
   B7                     E   E7 
Quer no prazer, quer na dor 
 A      F#7             B7 
Rosa cantou sobre a estrela 
 E       B7        E    E7 
Do gondoleiro do amor. 
E         B7      E    B7 
O teu rostinho moreno 
E        B7        E      E7 
O teu zóio encantador 
A         F#7      B7 
O teu lábio tem veneno 
E        B7        E   E7 
Onde se morre de amor 
  A      C#7     F#m 
Tua jura é falsidade 
  B7               E   E7 
Teu sorriso enganador 
  A       F#7        B7 
Leva prá longe a saudade 
 E       B7        E 
Do gondoleiro do amor. 

Boi De Carro
Tom: G
Intro: G C D7 G 
G                 C           G 
Na manguera Da fazenda do Lajado 
                   D7                G   G7 
Conheci um boi maiado Descaído como quê 
          C                       G 
Tempo de moço Quando eu era candiero 
                  D7                  G 
Boi Maiado era ligero Trabaiava com você. 
G               C             G 
Boi de carro Hoje véio rejeitado 
                    D7                    G   G7 
Seu congote calejado Da canga que te prendeu 
         C                           G 
Boi de carro Eu ainda sô teu cumpanheiro 
                    D7                        G 
Eu to véio sem dinheiro Teu destino é iguá o meu 
G                 C              G 
Boi de carro Sem valia tá afrontado 
                      D7                     G  G7 
De puxá carro pesado Costume que os patrão fais 
         C                         G 
Eu trabaiei Trinta ano e fui quebrado 
                    D7                            G 
Do lugá foi despachado Diz que eu já não presto mais. 
G                C              G 
Boi de carro Seu oiá triste parado 
                     D7                 G  G7 
Ruminando já cansado Cô desprezo do patrão 
         C                      G 
Boi de carro Eu também to ruminando 
                   D7                  G 
Essa mágoa vô levando Dos home sem coração. 
G                C             G 
Boi de carro O seu dia tá marcado 
                       D7                     G   G7 
Pro corte foi negociado P'rá mata no fim do méis 
         C                          G 
Adeus maiado Meu sentimento é profundo 
                     D7                   G   D7 G 
Vou andando pelo mundo Esperando a minha veis 
Velho Candieiro
Tom: D
 
D7            G 
Vai, vai, vai boi 
        D7                         G 
Cabeça baixa, passo lento no estradão. 
 D7            G 
Vai, vai, vai boi 
       D7                      G 
Estrada afora vai puxando o carretão 
   D7               G 
Recordo e tenho saudade 
   D7               G 
Daquele tempo que foi... 
   D7              G 
Recordo meu velho pai 
    D7              G 
Tocando o carro de boi 
(coro) 
     D7              G 
Só me resta uma saudade 
      D7          G 
Na minha imaginação: 
    D7              G 
Um carro cantando longe 
 D7          G 
Na subida do grotão 
(coro) 
       D7               G 
Meus cabelos tão branquinhos 
      D7             G 
Já marcou muitos janeiros... 
       D7            G 
São os restos da saudade 
    D7              G 
Dos tempos de candieiro. 
Saudade De Matão
Tom: D
Intro: D Fº Em A7 D 
D                    Fº Em 
Neste mundo eu choro a dor, 
            A7       D 
Por uma paixão sem fim 
                     Fº 
Ninguem conhece a razão 
            Em       A7      D 
Porque eu choro num mundo assim 
                 Fº  Em 
Quando lá no céu surgir 
        A7      D 
Uma pequenina flor 
                   Em 
Pois todos devem saber 
   G#  D 
Que a sorte me tirou 
     A7         D 
foi uma grande dor 
       A7            D 
Lá no céu, junto a Deus 
       A7                  D 
Em silêncio a minh´alma descansa 
      A7             D 
E na terra, todos cantam 
              A7                            D 
Eu lamento a minha desventura desta grande dor 
    G   D7  G 
Ninguém me diz 
                   D7 
Que sofreu tanto assim 
     Am             D7 
Esta dor que me consome 
            G 
Não posso viver 
Quero morrer 
    D7  G                  Am 
Vou partir pra bem longe daqui 
                    D7 
Já que a sorte não quis 
     G  D7  G    Intro 
Me fazer feliz 
                 Fº  Em 
Quando lá no céu surgir 
        A7      D 
Uma pequenina flor 
                   Em 
Pois todos devem saber 
   G#  D 
Que a sorte me tirou 
     A7         D 
foi uma grande dor 
A Caneta e a Enxada
Tom: B
Intro: ( F# B F# B ) 
“Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão 
Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação. 
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação, 
Mas a caneta soberba não quis pegar sua mão. 
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.” 
B                    F#                          B 
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não 
                   F#                     B 
Você tá suja de terra, de terra suja do chão 
      C#                               F# 
Sabe com quem tá falando, veja a sua posição 
            E          B         F#         B      
E não se esqueça a distância de nossa separação. 
(intro) 
    B               F#                        B 
Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião 
                    F#                      B 
Eu escrevo pros governos a lei da constituição 
     C#                                         F# 
Escrevi em papel de linho, pros ricaço e pros barão 
     E                B            F#         B      
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição. 
(intro) 
     B         F#                       B 
A enxada respondeu: de fato eu vivo no chão, 
                      F#                    B 
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão 
    C#                                      F# 
Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de Adão 
        E              B              F#         B    
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução 
(intro) 
  B                 F#                   B 
Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração 
                F#                    B 
A tua alta nobreza não passa de pretensão 
      C#                                      F# 
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não 
     E        B            F#        B 
É a palavra bonita que se chama educação! 
Filho Pródigo
Tom: D
Intro: ( D G D E B E A D ) 
D                                                  Em 
Eu tinha bom gado de corte, eu tinha bom gado leiteiro. 
                   A7                        D 
Eu tinha um cavalo baio e um abundante celeiro 
                                             Em 
Eu era muito respeitado eu fui campeão de rodeio 
                    A7                             D 
E por todas a redondezas queriam ouvir meus conselhos 
     G                                             A 
Por causa de um par de olhos azuis claros como o luar 
     G                     D                A 
Eu disse, meu pai vou me embora eu vou procurar. 
     G       A    D 
Sem ela não posso ficar 
D                                                 Em 
Andei lado a lado com a morte por esse mundo a vagar 
                     A7                       D 
Eu que era amigo da sorte fui companheiro do azar 
                                            Em 
Então me tornei vagabundo a dor e a fome chegou 
                     A7                           D 
Comi maltrapilho e imundo o pão que o diabo amassou 
   G                                                A 
Depois de muitas andanças me encontrei com ela num bar 
    G                  D                A 
Sorrindo e bebendo com outro naquele lugar 
   G          A     D 
Decide que eu ia voltar 
D                                            Em 
Ao longo caminho da volta a vergonha e a solidão 
                        A7                                    D 
Sem saber se seria bem vindo por meus pais e também meus irmãos 
                                                  Em 
Ao longe avistei minha casa bateu forte o meu coração 
                          A7                           D 
O pranto escorreu em meu rosto molhando a poeira do chão 
     G                                             A 
Meu pai com seus braços abertos disse meu filho voltou ai ai ai 
     G                    D              A 
Três dias três noites de festas o sino tocou 
     G            A            D 
anunciando que a paz retornou 
Hino Sertanejo
Tom: D
Intro: ( G C D7 G ) 
               D7                   G 
Este Brasil grande, que nasceu no mato, 
              D7            G 
Desenha o formato casa de sapé, 
C                  D7              G 
No peito queimado, trazendo o retrato 
           D7              G 
O caboclo nato, a cor do café! 
G          C 
Brasil, Brasil! 
             D7 
Mas como é grande 
          G    Intro 
O meu Brasil! 
             D7                 G 
Ponteio da viola, o hino brejeiro, 
              D7               G 
O som brasileiro saudando a nação, 
C                  D7               G 
Saúda o roceiro, que está na vanguarda 
              D7                G 
Soldado sem farda, herói do sertão! 
(coro) 
              D7                G 
Campina e riacho, cascata e moenda, 
                D7                 G 
A velha fazenda de engenho e terreiro, 
C                   D7         G 
Cantiga de dançar, luar, serenata, 
              D7                 G 
O cheiro da mata, sertão brasileiro! 
(coro) 
                D7                     G 
Nossos bandeirantes, da História a pujança, 
                D7                     G 
Pendão de esperança dum sertão de outrora, 
C                D7             G 
Abrindo picada, rompendo fronteira 
                        D7          G 
Honrando a bandeira do Brasil de agora! 
(coro) 
             D7             G 
Esta terra é de todos um pouco: 
             D7                    G 
O Brasil caboclo, ele é vosso e é meu! 
C                   D7             G 
Todos trabalhando, unidos e com calma, 
                   D7             G 
E em nossa alma um pouquinho de Deus 
Recado
Tom: G
Intro: ( G C D7 C D7 G ) 
G                    D7 
Você vai prá minha terra 
                          G 
Dê lembranças aos meus amigo 
                 D7 
E diga prá minha mãe 
                    G 
Não ter cuidado comigo 
          G7      C 
Diga que eu vivo bem 
                  G 
E que moro na cidade 
                 D7 
O que tá me judiando 
                    G     
É a marvada da saudade 
( G C D7 C D7 G ) 
G                     D7 
Se encontrá por um acaso 
                     G 
A muié que eu mais amei 
                      D7 
Não diga que me encontrô 
                       G 
E não conte que eu chorei 
           G7         C 
Dizem que home não chora 
                     G 
Quem fala não tem razão 
                      D7 
Quem disser isso não sabe 
                     G      
Quanto dói a ingratidão 
( G C D7 C D7 G ) 
G                 D7 
Diga prá minha veinha 
                     G 
Prá vendê minha viola 
                  D7 
Que dê um sumiço nela 
                        G 
Ou dê a um pobre de esmola 
          G7         C 
Eu não posso mais cantá 
                  G 
Até fiz um juramento 
                    D7 
Não posso mexê no pinho 
                       G     
Mais aumenta o sofrimento 
( G C D7 C D7 G ) 
G                 D7 
Sinto saudade da véia 
                        G 
E também dos seus carinhos 
                D7 
Saudade do amanhecê 
                      G 
Do cantar dos passarinho 
           G7      C 
E diga prá quele povo 
                      G 
Que esta saudade me mata 
                     D7 
Eu não vorto mais pra lá 
                         G     
Prá não matá aquela ingrata 
( G C D7 C D7 G ) 
Rei Do Gado
Tom: E
Intro: ( E B E B E ) 
     E              B 
Num bar de Ribeirão Preto 
                           E 
vi com meus olhos essa passagem 
Quando champagha corria à rodo, 
                         B      B7 
nas altas rodas da granfinagem 
E                  B 
E logo chegou um peão 
                             E 
trazendo na testa o pó da viageM 
Pediu uma pinga para o garçom 
         B               E     
Que era prá rebater a friagem 
( E B E B E ) 
  E              B 
Levantou um almofadinha 
                             E 
falou pro dono, eu não tenho fé 
Quando um caboclo que não se enxerga 
                            B   B7 
num lugar desse vem por os pés 
 E                       B 
Senhor que é o dono da casa 
                               E 
não deixe entrar um homem qualquer 
Principalmente nessa ocasião 
            B                E     
Que esta presente o rei do café 
( E B E B E ) 
E                   B 
Foi uma salva de palmas 
                        E 
gritaram viva pro fazendeiro 
Que tem um milhão de pé de café, 
                          B     B7 
por esse rico chão brasileiro 
E                 B 
O seu nome é conhecido 
                          E 
lá no mercado dos estrangeiro 
Portanto veja que esse ambiente 
              B              E     
Não é prá qualquer tipo rampeiro 
( E B E B E ) 
E                 B 
Num modo muito cortês 
                        E 
respondeu o peão prá rapaziada 
Essa riqueza não me assusta, 
                           B   B7 
topo em aposta qualquer parada 
E                B 
Cada pé do seu café 
                             E 
Eu amarro um boi da minha boiada 
Prá vocês todos isso eu garanto 
           B                 E     
Que ainda sobra boi na invernada 
( E B E B E ) 
E                   B 
Foi um silêncio profundo 
                              E 
o peão deixou o povo mais pasmado 
Pagando a pinga com mil cruzeiros 
                                 B     B7 
disse ao garçon prá guardar o trocado 
E                      B 
Quem quiser saber meu nome 
                       E 
que não se faça de arrogado 
É só chegar lá em andradina 
          B               E	 
E perguntar pelo rei do gado 
( E B E B E ) 
Cavalo Preto
Tom: E
Intro: ( E B7 E B7 A E )
E                   B7
Tenho meu cavalo preto
                    E
Com o nome de ventania
 A                 B7
Um laço de doze braça
                   E
O couro de uma novilha
 A                    B7
Tenho um cachorro bragato
                       E
Que é pra minha companhia
                   B7
Sou um caboclo folgado
                      E      ( E B7 E B7 A E )
Ah, eu não tenho familía
E                    B7
Quando monto meu cavalo
                   E
Eu viajo o dia inteiro
 A                       B7
Vou de um estado para outro
                    E
Eu não tenho paradeiro
  A                    B7
Quem quiser ser meu patrão
                      E
Que ofereça mais dinheiro
                   B7
Eu sou muito conhecido
                    E     ( E B7 E B7 A E )
Por esse brasil inteiro
E                 B7
Tenho uma capa gaucha
                                E
Que eu troquei por um boi carreiro
 A                      B7
Tenho dois pelegos grandes
                       E
Que é pura lã de carneiro
  A                B7
Um me serve de colchão
                            E
E o outro cubro o corpo inteiro
                        B7
Adeus que eu já vou partindo
                     E
Vou pousar noutra cidade
 A                   B7
Depois de manhã bem cedo
                   E
Quero estar em Piedade
  A                  B7
Deus me deu este destino
               E
E muita felicidade
                            B7
Quando eu passo com o meu preto
                       E   B7 E
Deixo um rastro de saudade

 

Pingo D'água
Tom: D
Intro: ( G D7 G C D7 G )
	    D7                           G
Eu fiz promessa pra que deus mandasse chuva
	              D7                 G
Pra cresce a minha roça e vingá as criação
	      D7                 G
Pois veio a seca e matô meu cafesá
	        D7	               G   ( G D7 G C D7 G )
Matô tudo meu arroz e seco tudo algodão
          D 	                  G
Nessa coieita meu carro ficô parado
                 D7                     G
Minha boiada carreira quasi morre sem pastá
           D7                           G
Eu fiz promessa que o primeiro pingo d'água
	              D                           G    ( G D7 G C D7 G )
Eu moiava as frô da Santa que tava em frente do altá.
        D7                         G
Eu esperei uma semana, um mês inteiro.
	          D7                    G
A roça tava são seca, dava pena até de vê
         D7                      G
Oiava o céu, cada nuvem que passava.
	              D7		          G     ( G D7 G C D7 G )
Eu da santa me lembrava, pra promessa não esquecê
            D7                 G
Em pouco tempo a roça ficou viçosa
                 D7                      G
As criação já pastava, floresceu meu cafesá
          D7                           G
Fui na capela e levei treis "PINGO D'ÁGUA"
                     D7
Um foi o pingo da chuva...
                  G
Dois caiu do meu oiá...

 

Amei
Tom: G#
Intro: ( G# C# G# D#7 G# )
G#      D#7
Amei, amei, amei,
                G#
Não quero mais amar.
       D#7
Amei, amei, amei,
                 G#
Não quero mais amar.
    C#      G#
Porque chorei,
         D#7             G#
Quem eu amei só me faz penar.
   C#        G#
Porque chorei,
         D#7             G#    ( G# C# G# D#7 G# )
Quem eu amei só me faz penar.
(repete 2x)
Sereno da Madrugada
Tom: G
Intro: ( G C G Bm Am G )
G              C              G
Sereno da madrugada como é triste
        C        D7                 G
Como a voz que acompanha o som da lira
         Bm           Am              G
Faiz lembrar daqueles tempos já passados
       C           D7               G    ( G C G Bm Am G )
Que minha'lma de paixão "inda" suspira
G                 C               G
Eu também já fui amado e fui querido
         C         D7            G
Hoje eu vivo neste mundo desprezado
         Bm          Am           G
Nem a morte me tira esta triste sina
     C           D7          G     ( G C G Bm Am G )
Aqui acha um coração abandonado
G              C              G
Tu és rica de amor e pode gozá-lo
       C            D7              G
Eu sou pobre, minha jura num tem valor
        Bm        Am            G
Com orgulho tu despreza quem te ama
       C        D7           G    ( G C G Bm Am G )
Algum dia sofrearás a mesma dor
G              C               G
Adeus mundo de ilusão e de mentira
        C            D7               G
Adeus morena, seu desprezo e que me mata
      Bm         Am                G
De saudade e de paixão eu vou morrendo
         C           D7              G
Adeus, adeus, para sempre adeus ingrata.

 

João de Barro
Tom: C
intro: ( C G7 C G7 C )
C            G7
O João de Barro
                   C
Pra ser feliz como eu
                G7
Certo dia resolveu
                      C
Arranjar uma companheira
          G7
Num vai e vem
                     C
Com o barro da biquinha
                G7
Ele fez sua cazinha
                     C    ( C G7 C G7 C )
lá no galho da paineira
        G7
Toda manhã
                    C
O pedreiro da floresta
                  G7
Cantava fazendo festa
                        C
Pra aquela que tanto amava
            G7
Mas quando ele
                    C
Ia buscar uns raminhos
                     G7
Para construir seu ninho
                   C     ( C G7 C G7 C )
seu amor lhe enganava
            G7
Mas neste mundo
                      C
O mal feito é descoberto
                       G7
João de Barro viu de perto
                  C
Sua esperança perdida
         G7
Cego de dor
                       C
Trancou a porta da morada
                 G7
Deixando a sua amada
                    C    ( C G7 C G7 C )
Preza pro resto da vida
           G7
Que semelhança
                   C
Entre o nosso fadário
                       G7
Só que eu fiz ao contrário
                       C
Do que o João de Barro fez
         G7
Nosso senhor
                      C
Me deu forças nessa hora
                        G7
E a ingrata eu pus pra fora
                      C  G7 C
Por onde anda eu não sei

 

Saudade É Demais
Tom: D
Intro: ( D Fº Em A7 D )
D                    Fº Em
Neste mundo eu choro a dor,
            A7       D
Por uma paixão sem fim
                     Fº
Ninguem conhece a razão
            Em       A7      D
Porque eu choro num mundo assim
                 Fº  Em
Quando lá no céu surgir
        A7      D
Uma pequenina flor
                   Em
Pois todos devem saber
   G#  D
Que a sorte me tirou
     A7         D
foi uma grande dor
       A7            D
Lá no céu, junto a Deus
       A7                  D
Em silêncio a minh´alma descansa
      A7             D
E na terra, todos cantam
              A7                            D
Eu lamento a minha desventura desta grande dor
    G   D7  G
Ninguém me diz
                   D7
Que sofreu tanto assim
     Am             D7
Esta dor que me consome
            G
Não posso viver
Quero morrer
    D7  G                  Am
Vou partir pra bem longe daqui
                    D7
Já que a sorte não quis
     G  D7  G    (intro)
Me fazer feliz
                 Fº  Em
Quando lá no céu surgir
        A7      D
Uma pequenina flor
                   Em
Pois todos devem saber
   G#  D
Que a sorte me tirou
     A7         D
foi uma grande dor

 

Adeus Morena Adeus
Tom: A
Intro: A A7 D A E7 A
                                               E7
Na casa de Mane Pedro, foi numa festa de São João,
                                               A
Cantei modas de viola, cateretê, lá do meu sertão;
                     E7             D
Toadas Paraguaianas de mexer o coração
                       A          E7            A    
Eu fiz as velhas chorarem e as moças sentir paixão.
(intro)
A                                               E7
No terminar esta festa eu vim embora, deixei alguém.
                                                A
Saí tocando viola pela estrada a fora como ninguém.
                      A7                   D
Quando cheguei na estação que ia pegar o trem
                     A         E7          A     
Ouvi uma voz me chamando que queria vir também!
(intro)
A                                                     E7
Menina tenha paciência, volte pra casa e vai com seu pai.
                                                           A
Eu sigo para muito longe, vou pegar o trem, vou pro Paraguai,
                        A7                D
Não levo você comigo, porque isso não se faz.
                A       E7            A
Adeus morena, adeus; adeus para nunca mais!
                A       E7            A      
Adeus morena, adeus; adeus para nunca mais!
(intro)
A Morte da Caboclinha
Tom: D
Intro: G A7 D Bm Em A7 D
D		     Em   A7		     D
Ai, como é triste a saudade, em meu peito quanta dor.
G	    D	          A7	               D
Mataram a caboclinha me deixaram me deixaram sem amor.
	          Em  A7		      D   D7
A morte da caboclinha foi uma injuria fatal.
G	             D	  A7	                   D
Pelo amor da caboclinha eu jurei, eu jurei de me vingar.
   D		Em A7		 D
Quem matou a caboclinha foi o Juca traidor.
G	         D	 A7	            D
Por ela não ter jurado pelo Juca traiçoeiro seu amor
	        Em      A7	                  D   D7
No dia doze de junho com o Juca eu me encontrei
G	                 D	         A7
Lhe cravei um punhal no peito, foi assim,
                          D
e assim foi que eu me vinguei
D	       Em     A7		      D     D7
Chora minha pobre mãe na grade de uma prisão
G	    	D	A7		        D
Ô meu filho, a caboclinha foi a sua, foi a sua perdição.
G	    	D	A7		        D
Ô meu filho, a caboclinha foi a sua, foi a sua perdição.
Saco De Estopa
Tom: E
Intro: E B7 E B7 E 
               E 
Num saco de estopa 
               B7 
com embira amarrado 
Eu trago guardado é a minha 
    E 
paixão 
Uma bota velha, 
               B7 
chapéu cor de ouro 
                             E 
Bainha de couro e um velho facão 
                   B7 
Tenho um par de espora, 
                E 
Um arreio e um laço 
             B7             E 
Um punhal de aço e rabo de tatu 
              E7            A 
Tenho uma guaiaca ainda perfeita 
              E        B7        E  B7  E 
Caprichada e feita só de couro cru 
                E 
Do lampião quebrado, 
              B7 
só resta o pavio 
Pra lembrar do frio 
               E 
Eu também guardei 
Um pelego branco que perdeu 
   B7 
o pêlo 
                              E 
Apesar do zelo com que eu cuidei 
            B7               E 
Também o cachimbo de cano Colombo 
              B7                  E 
Quantos pernilongos com ele espantei 
              E7 
Um estribo esquerdo, 
                A 
que guardei com jeito 
             E        B7          E 
Porque o direito na cerca eu quebrei 
           E              B7 
A nota fiscal já toda amarela 
Da primeira sela que eu mesmo 
     E 
comprei 
                           B7 
Lá em soledade na Casa da Cinta 
                              E 
Duzentos e trinta, na hora paguei 
            B7              E 
Também o recibo já todo amassado 
             B7               E 
Primeiro ordenado que eu faturei 
           E7                A 
É a minha traia num saco amarrado 
                E 
Num canto escostado, 
       B7          E  B7 E 
que eu sempre guardei 
Pra mim representa um belo 
    B7 
passado 
                                 E 
A lida de gado que eu sempre gostei 
                               B7 
Assim enfrentei esse trabalho duro 
                               E 
E fiz meu futuro sem violar a lei 
           B7                  E 
O saco é relíquia com meus apetrechos 
                 B7                  E 
Não vendo e não deixo ninguém pôr a mão 
                E7             A 
Nos trancos da vida aguentei o taco 
            E         B7     E 
E o ouro do saco é a recordação 
Canta Moçada
Tom: G
Intro: C C7 F G C 
    G                 C 
Fim de baile, fim da noite  
 G            C  
É começo de sofrê  
 G                 C 
No peito fica a saudade  
     G                 C 
De quem teve um bem querê.  
         C7                     F 
Canta , canta moçada que é de madrugada  
 G           C    F         C            Refrão                              
canta moçada Que é de madrugada 
   G          C 
O galo ta cantando  
       G      C 
Não demora amanhecê  
  G                 C 
Meu cavalo ta arriado  
 G                   C 
Querendo eu levo você.               
    G          C 
O suspiro são dobrado  
     G        C 
As morena soluçando  
   G                 C 
Meu amor eu já vou embora  
    G                 C 
O baile ta se acabano.                  
     G             C 
A lembrança desse baile  
     G           C 
É uma saudade malvada  
     G                 C 
Foi bem triste a despedida  
   G             C 
Adeus minha namorada. 
Moça Folgozona
Tom: G
Intro: ( D7 G ) 5 vezes 
 
G                                            D7 
Quero contar pra vocês do modo que eu fui criado  
                                                G 
Sempre montando a cavalo galopeando atrás  do gado.  
                 G7                            C 
Sou filho de boiadeiro por meu pai fui ensinado,  
                        G    D7              G Introdução  
Trago meu laço nos tentos na garupa do bragado.  
 
G                                          D7 
Negociando com boiada sempre foi a minha vida  
                                                G 
Compro  gado em Mato Grosso e tendo grande partida  
                  G7                      C 
Minha boiada estourou na Serra da Aparecida 
                     G    D7                G  Introdução  
Já tava ficando triste vendo a boiada perdida.  
 
G                                              D7 
Veio uma moça e me disse vou mostrar minha proeza 
                                          G 
Tenha calma boiadeiro não é preciso tristeza ?  
                     G7                      C 
Já vou pegar minha besta por nome de Fortaleza,  
                      G    D7                   G Introdução  
Jogo em cima desse gado, já lhe faço uma surpresa.  
 
G                                        D7 
Quando vi dali a pouco vi a boiada juntada  
                                         G 
Virei e disse pra ela quero lhe gratificar 
                    G7                        C 
Não precisa me dar nada, não fiz isso pra ganhar  
                        G    D7                   G Introdução  
Quando uma boiada estoura eu já sei que vou brincar.  
 
G                                      D7 
A moça ma acompanhou a te sair na chapada  
                                               G 
Eu falei pra folgazona: - Quer ser minha namorada  
                 G7                            C 
Ela virou e me disse: - Já sou uma mulher casada,  
                        G      D7             G  Introdução  
Risquei a espora no macho e sai tocando a boiada.
Boi Amarelinho
Tom: D
D                                            A7 
Eu sou aquele boizinho que nasceu no mês de maio  
       G               A7                          D 
Desde que eu vim ao mundo foi só pra sofrer trabalho 
                                             A7 
Fizeram logo o batismo lá na margem do riozinho: 
G                   A7                     D 
Por causa da minha cor fui chamado amarelinho. 
 
D                                             A7 
Meu pai era um boi turuna que nasceu num sapezal  
G                  A7                        D 
Seu nome era barbatão com o sobrenome de marruá 
                                                A7 
Quando eu tinha um ano e meio já fizeram amansação 
G                      A7                    D 
Me amanssaram eu no carro e depois no carretão  
 
  D                                    A7 
Carreiro que guiava só me fazia  judiação  
G                  A7                   D 
Dei uma chifrada nele que varou o coração. 
                                                       A7 
Aí, o meu patrão já disse: - vou mandar esse boi pro corte 
 G                     A7                         D                        
Não trabalha no meu carro boi que já teve uma morte. 
 
  D                                              A7 
Eu estava no alto da serra e avistei dois cavaleiro  
G                    A7                           D                        
Com dois laço na garupa e dois cachorro perdigueiro  
                                          A7 
Pois er ao senhor patrão que vinha me visitar  
G                     A7                    D                        
Com o malvado carniceiro que já vinha negociar.  
  
  D                                          A7 
Adeus campos de Varginha, terra de Minas Gerais  
G                    A7                     D                        
Os olhos que me vê hoje, amanhã não me vê mais! 
                                         A7 
Eu cheguei no matador não encontrava  saída  
G                   A7                     D                        
Amarraram eu no mourão entreguei a minha vida  
 
  D                                         A7 
O malvado carniceiro já correu amolar o facão  
G                 A7                    D                        
Me largou uma facada bem certa no coração  
                                             A7 
Botei o joelho na terra vendo meu sangue correr  
G                    A7                      D                        
O malvado com a caneca ainda aparava pra beber  
 
                                               A7 
Vou fazer minha promessa pra quem meu sangue tirar  
G                         A7                        D                        
Que o mundo dá muitas voltas e sem camisa há de ficar.
Ferrerinha
Tom: C
Intro: C C G7 C C

       C9          G/B         G#º        G7
Eu tinha um companheiro por nome de Ferrerinha
        C9         G/B         G7             C
Nóis lidava com boiada, desde nóis dois rapaizinho
                      G7                      G/B
Fomo  buscá  um boi bravo no campo do espraiadinho
     F               G7           G/B        C
Era vinte e oito quilômetro da cidade de Pardinho.
C C G7 C C
         C9           G/B       G#º             G7
Nóis chegamo  no tar campo cada um seguiu prum lado
      C9            G/B       G7           C
Ferrerinha foi num potro redomão muito cismado
                G7                        G/B
Já era de tardezinha eu já 'tava bem cansado
           F           G7           G/B         C
Não encontrava o Ferrerinha, nem o tar boi arribado!
C C G7 C C
        C9         G/B          G#º           G7
Naquilo avistei o potro que vinha vindo assustado
       C9             G/B            G7          C
Sem arreio e sem ninguém foi vê o que tinha se dado
                   G7                     G/B
Encontrei o Ferreirinha numa restinga deitado
        F       G7               G/B        C
Tinha caído do potro e andô pro campo arrastado.
C C G7 C C
         C9           G/B         G#º         G7
Quando avistei Ferreirinha meu coração se desfez
      C9           G/B        G7        C
Eu rolei do meu cavalo com tamanha rapidez
                 G7                        G/B
Chamava ele por nome, chamei duas ou três veis
     F             G7         G/B     C
E notei que 'tava morto pela sua palidez.
C C G7 C C
        C9            G/B        G#º             G7
Pra deixá  meu companheiro é coisa que eu não fazia
       C9        G/B       G7        C
Deixá naquele deserto arguma onça comia
                  G7                        G/B
'Tava ali só eu e ele, Deus em nossa companhia
      F           G7          G/B         C
Veio muitos pensamento  só um é que resolvia.
C C G7 C C
       C9           G/B           G#º         G7
Pra levar meu companheiro vejam o quanto eu padeci
      C9         G/B            G7          C
Amarrei ele pro peito e numa arve eu suspendi
                       G7                       G/B
Cheguei meu cavalo em baixo e na garupa  eu desci
        F          G7           G/B        C
E co'o cabo do cabresto eu amarrei ele ne mim
C C G7 C C
      C9           G/B           G#º         G7
Saí pra aquelas estrada, tão triste, tão amolado
         C9           G/B            G7         C
Era um frio de mês de junho, seu corpo 'tava gelado
                 G7                            G/B
Já era uma meia noite quando eu cheguei no povoado
        F             G7            G/B      C
Deixei na porta da igreja e foi chamá o delegado.
C C G7 C C
      C9         G/B            G#º            G7
A morte desse rapaz mais do que eu ninguém sentiu
        C9           G/B            G7        C
Deixei de lidá  com gado, minha inclinação sumiu
                       G7                         G/B
Quando lembro esta passagem, franqueza me dá arrepio
     F          G7           G/B          C
Parece que a friage  das costa inda não saiu!
Cabocla
Tom: Am

(Ponteio:)

Am       Dm                            Am
19 19 19 110 110 110 110 17 17 110 110 19
         E7                      Am
15 15 15 17 17 17 17 14 14 14 14 15
         Dm          Bb           Am
15 15 15 17 17 17 17 13 13 17 110 19
         Cº          E7          Am  E7  Am
19 19 19 18 14 15 17 15 14 12 11 12

                 A7          Dm
Cabocla como é triste meu viver
          E7                     Am
Sem esquecer um só momento teu amor
            Dm/F        E/G#      Am
Tu me dei- xaste no sertão abandonado
50  63  62   61

                 Cº
Este caboclo magoado
      E7           Am  E7  Am
 padecendo grande dor.

     A            A7          D
Sua casinha lá no arto da montanha
                E7                          A
Agora é tão estranha tem mesmo a cor da saudade
       A7     D         E7           A
Que cruer-   dade da cabocla minha amada
      D         E7                   A
Esqueceu sua morada e a minha felicidade!
       A7     D         E7           A
Que cruer-   dade da cabocla minha amada
      A7        D           E7       A   E7  Am
Esqueceu sua morada e a minha felicidade!

(Ponteio)

           A7                    Dm
Pedi a um santo prá minha felicidade
                  E7                  Am
Eu quero por caridade o amor dessa muié
              Dm/F        E/G#            Am
Quem tan-to quer, quem te ama e quem te adora
   50    63  62  61

             Cº         E7          Am  E7  Am
Tão triste chora neste rancho de sapé!

          A            A7          D
Me desprezaste por um outro da cidade
                 E7                         A
A maior infelicidade é desprezar quem quer bem
   A7     D          E7            A
A sorte  foge, o dinheiro se escasseia
       D             E7                      A
Torna vim morá na ardeia fica igual a eu também!
   A7     D          E7            A
A sorte  foge, o dinheiro se escasseia
       A7            D
Torna vim morá na ardeia
         E7          A   E7  Am
 fica igual a eu também!

Cabocla Teresa
Tom: A

Declamado:

Lá no alto da montanha, / numa casinha estranha /
Toda feita de sapê, / parei uma noite o cavalo, /
Por causa de dois estalos / que ouvi lá dentro bater.

Apeei com muito jeito, / ouvi um gemido perfeito, /
Uma voz cheia de dor: / "Você Teresa descansa, /
Jurei de fazer vingança / por causa do meu amor".

Pela réstea da janela, / por uma luzinha amarela /
De um lampião quase apagando / vi uma cabocla no chão, /
E um cabra tinha na mão / uma arma alumiando.

Virei meu cavalo a galope, /risquei de espora e chicote /
Sangrei a anca do tal, / desci a montanha abaixo /
Galopeando o meu macho, / e o seu doutor fui chamar.

Voltamos lá pra montanha, / e naquela casinha estranha /
Eu e mais seu doutor, / nos vimos um cabra assustado /
Que chamando nos dois pro lado, a sua história contou:

    A7M      D7M        A7M   D7M       A7M     F#7     Bm  Bm7M
Há tempo eu fiz um ranchinho,      pra minha cabocla morar
     E     D7M      E/G#       D7M   E7      A7M   E7
Pois era ali nosso ninho, bem longe deste lugar
    A7M    D7M      A7M   D7M   A7M      F#7     Bm  Bm7M
No alto   lá da montanha,      perto da luz do luar
   E    D7M    E/G#     D7M  E7        A7M    Bbº Bm  E  A  E7
Vivi um ano feliz, sem nunca isso esperar.

   A7M   D7M      A7M   D7M     A7M      F#7       Bm  Bm7M
E muito tempo passou,       pensando em ser tão feliz
    E    D7M     E/G#   D7M   E7        A7M   E7
Mas a Teresa doutor, felici- dade não quis
 A7M     D7M           A7M   D7M     A7M   F#7         Bm  Bm7M
Pus meu sonho neste olhar,       paguei   caro o meu amor
     E     D7M        E/G#       D7M     E7       A7M    Bbº Bm  E  A  E7
Por causa de outro caboclo, meu rancho ela abandonou.

    A7M    D7M       A7M   D7M    A7M     F#7    Bm  Bm7M
Senti meu sangue ferver,       jurei a Teresa matar
   E      D7M    E/G#   D7M     E7       A7M      E7
O meu alazão arreei,  e ela eu fui procurar
  A7M     D7M       A7M   D7M   A7M     F#7        Bm  Bm7M
Agora eu já me vinguei,       é esse o fim de um amor
E       D7M        E/G#     D7M      E7       A7M    Bbº Bm  E  A  E7  A
Essa cabocla eu matei, é a minha história doutor.
Velho pai 
Tom: A

A                     E7                      A 
O meu pai já tá velhinho não pode mais trabalhar 
                        E7                        A  
Brincando com seus netinhos passa o tempo a recordar 
                   E7                     A 
Quando pega na viola pra tristeza disfarçar 
                    E7                      A      
Canta modas do passado e depois pega a chorar. 
 
                 E7                     A  
Ele conta sua vida de quando era solteiro  
                   E7                    A  
Das proezas que fazia no tempo de boiadeiro  
                      E7                        A  
Sempre foi arrespeitado por esse Brasil inteiro 
                        E7                        A        
E cumpriu sempre com a lei, e com o dever de um brasileiro   
 
                           E7                   A  
Quando encontrar um velhinho, respeite a sua idade 
                     E7                     A  
É uma sombra do passado é o espelho da saudade 
                    E7                    A  
Respeite como seu pai com carinho a amizade 
                    E7                      A     
Ela só dá bom conselho para o bem da mocidade 
 
                    E7                       A  
Todo velho já foi moço, todo o moço foi criança  
                      E7                      A  
A velhice é o fim da vida onde morre a esperança  
                      E7                       A  
Mas quem sempre faz o bem a glória no céu alcança  
                      E7                         A  
Seu nome fica na história e o passado por lembrança  
 
Velhas cartas 
Tom: C

C                G7                   C
Antigas cartas guardadas que o tempo amarelou
               G7                     C
É lembrança do passado que no meu peito ficou
C7              F         G7              C
Cada frase é uma saudade do tempo do nosso amor
C                  G7                  C
Hoje é um risco de tinta relendo o meu pensamento
                  G7                    C
Cada letra é um suspiro que ficou no esquecimento
C7                F      G7            C
Resto de amor é saudade no livro do sofrimento
C              G7                     C
O derradeiro canário fechou o zoio e morreu
               G7                     C      C7
Até a florzinha da carta o seu perfume perdeu
              F    G7                   C
Só ficou a falsidade na jura que ocê escreveu

 
Brasil Caboclo
Tom: A
Intro: A E A E A
 Vocal:
"Amanhecer na minha roça, vem surgindo o clarão
 Caboclo deixa a palhoça pra fazer a plantação
 O carro de boi gemendo no arco do chapadão
 Os passarinho cantando fazendo um barulhão
 Esse é o Brasil caboclo, esse é meu sertão"
E         A                 E
Casinha de palha lá no ribeirão
                             A
Uma linda cabocla e um cavalo bão
E            A  A7            D
Som de uma viola alegra a solidão
Refrão
D                 A     E
Esse é o Brasil Caboclo
E               A
Esse é o meu sertão
Introdução
E          A                E
Sino da cascata, caia no brotão
                             A
A lua de prata, ouvindo a canção
E             A   A7              D
Depois da serenata, o gemer do violão
Refrão + Introdução
E         A                 E
Sino da capela, dobra em oração
                            A
Cigarra cantando tarde de verão
E          A    A7             D
Cabocla sambando, noite de São João
Refrão + Introdução
Menino da porteira (tom original)
Tom: D
Intro:
  A      D         A      D
E------------2-2-2-3-5-3-2------
B--5-5-5-3-----------------5-3--
G-------------------------------
D-------------------------------
A-------------------------------
E-------------------------------
D                   
Toda vez que eu viajava
                     A
Pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava
                 D
A figura de um menino
 
Que corria abrir a porteira
                  A
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
          G     A     D
Que é pra eu ficar ouvindo
      G               
Quando a boiada passava
                  A
E a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda
            D
Ele saia pulando 
Obrigado boiadeiro
                         A
Que Deus vá lhe acompanhando
Por este sertão afora
       G      A7   D    A7 D A7 D A7 D A7 D
Meu berrante ia tocando 
D
Nos caminhos desta vida
                       A
Muito espinho eu encontrei
Mas nenhum caso mais triste
                   D
Do que este eu passei
                          
Na minha viagem de volta
                      A
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
     G   A7      D
O menino não avistei 
 G
Apeei do meu cavalo
                        A
Num ranchinho à beira chão
Vi uma mulher chorando
                   D
Quis saber qual a razão 
Boiadeiro veio tarde
                    A
Veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho
        G       A    D A7 D A7 D A7 D A7 D
Foi um boi sem coração 
D
Lá pra banda de Ouro Fino
                A
Levando gado selvagem
Quando passo na porteira
                D
Até vejo a sua imagem 
                        
O seu rangido tão triste
                   A
Mais parece uma mensagem 
Daquele rosto trigueiro
      G      A    D
desejando-me boa viagem
     G                
A cruzinha do estradão
                       A
Do meu pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
                   D
Que não esqueço jamais 
Nem que o meu gado estoure
                   A
Que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão
     G          A    D    A7 D A7 D A7 D A7 D
Berrante eu não toco mais 
   
Maringá
Tom: A
         A                       Dm
Foi numa leva que a cabocla Maringá
               G7                            C   
Ficou sendo a retirante que mais dava o que falar
        E7                         Am
E junto dela veio alguém que suplicou
         F           Dm           E7             A
Pra que nunca se esquecesse de um caboclo que ficou
 
   E7          A
Maringá,  Maringá
              A7+                           Bb0
Depois que tu partiste tudo aqui ficou tão triste
                       Bm
Que eu “garrei” a imaginar
               E7
Maringá,  Maringá
 
Para haver felicidade é preciso que a saudade
                    A
Vá bater noutro lugar
    G7          Gb7
Maringá,     Maringá
                     Bm        B7          E7
Volta aqui pro meu sertão pra de novo o coração
                    A
De um caboclo a sossegar
 
                            Dm
Antigamente uma alegria sem igual
             G7                      C
Dominava aquela gente na cidade de Pombal
           E7                            Am
Mas veio a seca, tudo a chuva foi-se embora
      F               Dm
Só restando então as águas
          E7             A
Dos meus “‘óio” quando chora
    E7          A
Maringá,   Maringá
Adeus Mariana
Tom: D
D
Nasci lá na cidade, me casei na serra
                                A7
Com minha Mariana, moça lá de fora
            G              A7
Um dia estranhei o carinho dela
     G        D               A7      D      A7
Disse adeus Mariana, que eu já vou embora
 
D
É gaúcha de verdade, de Quatro Costados
                                     A7
Só usa chapéu grande de bombacha e espora
                       G           A7
E eu que estava vendo o caso complicado
   G          D            A7        D    A7
Disse adeus Mariana que eu já vou embora
 
D
Nem bem rompeu o dia me tirou da cama
                                    A7
Selou o meu tordilho e saiu campo afora
                    G      A7
E eu fiquei danado e saí dizendo
  G      D            A7      D     A7
Adeus Mariana que eu já vou embora
D
Ele não disse nada, mas ficou cismada
                                 A7
Se era dessa vez que eu daria o fora
                      G         A7
Segurou açoiteira e veio contra mim
     G           D                A7       D      A7
Eu disse larga Mariana que eu não vou me embora
D
E ela de zangada foi quebrando tudo
                                   A7
Pegou a minha roupa  jogou porta afora
                     G        A7
Agarrei fiz uma trouxa e saí dizendo
   G    D           A7       D
Adeus Mariana, que já vou embora
Baile na roça
Tom:G
Intro: G  D7  G
G          D7                                      G
Baile na Roça meu bem, se dança assim: pego na cintura dela e ela garra“cá” em mim (BIS)
        D7                    G  
E o sanfoneiro toca toca alegria, 
                 D7                    G 
Vamo vamo minha gente, até clarear o dia
Refrão
Introdução
Refrão
       D7                                     G  
Dança dança com a morena, dança dança com a loirinha
             D7                        G  
Começa o baile na tuia, e termina na cozinha.
Refrão
Introdução
Refrão
      D7                                G  
Viva o baile na roça, viva a noite de S. João
              D7                        G       
Vê o povo brasileiro conservando a tradição.
Moda da mula Preta
Tom: A
A                                            E7
Eu tenho uma mula preta tem sete palmos de altura
                                       A      E    A
A mula é descanelada, tem uma linda figura
                                       E7
Tira fogo na calçada no rampão da ferradura
                                      A     E    A
Com morena delicada, na garupa faz figura
   D            E7                   A     E7    A
A mula fica enjoada, pisa só de andadura
                                    E7
Ensino na criação vejo quanto ela regula
                                            A      E    A
O defeito do mulão se eu contar ninguém calcula
                                        E7
Moça feia e marmanjão na garupa a mula pula
                                        A
Chega a fazer cerração todo pulo desta mula
      D          E7                    A     E    A
Cara muda de feição, sendo preto fica fula
                                            E7
Eu fui passear na cidade só numa volta que dei
                                        A     E    A
A mula deixou saudade no lugar onde passei
                                             E7
Pro mulão de qualidade, quatro milhões injeitei
                                        A   E    A
Pra dizer a verdade, nem satisfação eu dei
     D           E7                      A    E    A
Fui dizendo boa tarde pra minha casa voltei
                                            E7
Soltei a mula no pasto veja o que me aconteceu
                                    A    E    A
Uma cobra venenosa a minha mula mordeu
                                          E7
Com o veneno desta cobra a mula nem se mexeu
                                             A    E    A
Só durou umas quatro horas depois a mula morreu
    D             E7                       A    E    A
Acabou-se a mula preta que tanto gosto me deu
Moreninha Linda
Tom: G
G                 D7
Meu coração tá pisado
                       G
Com a flor que murcha e cai
  C              D7
Pisado pelo desprezo
                       G
De um amor quando desfaz
   C                   D7
Deixando triste a lembrança
                 G
Adeus para nunca mais
           D7                  G
Moreninha linda do meu bem querer
               D7             G  D7 G D7 G
É triste a saudade longe de você
                D7                    G
O amor nasce sozinho não é preciso plantar
C                  D7                  G
A paixão nasce no peito, farsidade no olhar
 C                D7                    G
Você nasceu para outro, eu nasci pra te amar
            D7                G
Moreninha linda do meu bem querer
              D7               G  D7 G D7 G
É triste a saudade longe de você
                  D7
Eu tenho meu canarinho
                     G
que canta, quando me vê
C                     D7                   G
Eu canto por ter tristeza, canário por padecer
C                 D7                       G
Da saudade da floresta, e eu saudade de você
Cortando Estradão
Tom:D
    D        A                   D
Montado a cavalo, cortando estradão
           A                 D
Assim é a vida, que leva o peão
             G                 
Não tenho morada, não tenho rincão
               A              D 
Eu não tenho dona do meu coração
   D           A                  D
Montar touro bravo, é a minha paixão
              A                      D
Não encontro macho que jogue eu no chão
             G
Pra jogar o laço também sou dos bom
               A               D
Em qualquer rodeio eu sou campeão
REFRÃO
G                  D
Ah, como é bom viver
            A                   D
Sozinho no mundo sem nada a pensar
                G                  D
%Se o sol vem saindo eu já vou partindo
           A                      D
E quando anoitece estou noutro lugar%
   D        A                  D1
Se olho no bolso, me falta dinheiro
             A                     D
Amanso três touros por trinta cruzeiros
              G
Se pego transporte de uma boiada
             A                D
Já sou convidado pra ser boiadeiro
    D         A                   D
Por toda a cidade por onde eu passei
         A                  D
Uma moreninha eu sempre deixei
             G               
Mas sou camarada pois sempre avisei
              A                      D
Não goste de mim porque eu jamais gostei
REFRÃO
Cana Verde
Tom: A
 A      E7         A             E7                A
Abra a porta ou a janela /  E vem ver quem é que eu sou
     E7           A          E7           A
Sou aquele desprezado / Que você me desprezou
     E7        A           E7                A
Eu já fiz um juramento / De nunca mais ter amor
    E7             A            E7                 A
Pra viver penar chorando  /  Por todo lugar que eu for
     E7               A           E7           A
Quem canta seu mal espanta /   Chorando será pior
       E7              A             E7             A
Por um amor que vai e volta  /  A volta é sempre melhor
      E7         A               E7           A
Chora viola e sanfona   /   Chora triste o violão
         E7          A            E7            A
Tudo que é madeira chora  /   Que dirá meu coração

 

Chico Mineiro
Tom: G
Cada vez que me "alembro" do amigo Chico Mineiro, das viagens que eu fazia 
era ele meu companheiro. Sinto uma tristeza, uma vontade de chorar, se "alembrando" 
daqueles tempos que não há mais de voltar. Apesar de ser patrão, eu tinha no coração o 
amigo Chico Mineiro, caboclo bom e decidido, na viola delorido e era peão dos 
boiadeiros. Hoje porém com tristeza recordando das proezas das viagens e motins,
 viajamos mais de dez anos, vendendo boiada e comprando, por esse rincão sem-fim. 
Mas porém, chegou o dia que o Chico apartou-se de mim.

 

     G             D7
Fizemos a última viagem
                        G
Foi lá pro sertão de Goiás.
                     D7
Foi eu e o Chico Mineiro
                    G
também foi um capataz.
     C
Viajemo muitos dia
        D7            G
pra chegar em Ouro Fino
             E7      Am
aonde nós passemo a noite
      D7          G
numa festa do Divino.
     G                 D7
A festa estava tão boa
                     G
mas antes não tivesse ido
                D7
o Chico foi baleado
                    G
por um homem desconhecido.
     C
Larguei de comprar boiada.
     D7             G 
Mataram meu companheiro.
             E7      Am
Acabou-se o som da viola,
         D7           G 
acabou-se o Chico Mineiro.
G                      D7    
Depois daquela tragédia
                    G
fiquei mais aborrecido.
                       D7
Não sabia da nossa amizade
                      G
porque nós dois era unido.
      C
Quando vi seus documento
      D7        G
me cortou o coração
             E7         Am
de sabê que o Chico Mineiro
       D7           G
era meu legítimo irmão.

 

Rio de Lágrimas
Tom: D
   D
O rio de Piracicaba
      A7             D
Vai jogar água prá fora
Quando chegar a água
     A7                   D
Dos olhos de alguém que chora
                    A7
Lá no bairro onde eu moro
                 Bm
Só existe uma nascente
                     A7
A nascente dos meus olhos
                  D
Já brotou água corrente
                   G
Pertinho da minha casa
                D
Já formou uma lagoa
                       A7
Com lágrimas dos meus olhos
                     D
Por causa de uma pessoa
                      A7
Eu quero apanhar uma rosa
                   Bm
Minha mão já não alcança
              A7
Eu choro desesperado
                   D
Igualzinho a uma criança
                       G
Duvido alguém que não chore
                   D
Pela dor de uma saudade
                        A7
Eu quero ver quem não chora
                    D
Quando ama de verdade

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